Chefes da Máfia 3 - ZeeNuNew

Capítulo 29

"Os heróis não existem. E se eles existissem, eu não seria um deles".

- Brodi Ashton

*

POV Presidente Uareksit

Eu queria odiá-los, mas como eu poderia, quando eu vendi minha alma? Toda vez que entrava no meu escritório, o escritório de todos os escritórios, eu via seus rostos, eu ouvia as suas vozes.

Fantoche. Eles me chamaram assim e era verdade. Durante meses eu tinha quase esquecido como eu havia chegado até aqui. Era bastante simples com um deles trancado na cadeia e outro só Deus sabia onde. Agora que eles estavam de volta, o propósito da minha vida parecia exigir que eu os respeitasse e sorrisse para eles. E o pior de tudo é que as pessoas realmente acreditavam neles. Eles eram como os Kennedys, os Vanderbilt ou os Rockefellers.

A Constituição afirma que "nenhum título de nobreza será concedido pela Tailândia" e ainda assim, os Panichs eram uma família como nenhuma outra. Eles eram uma dinastia e enquanto os historiadores dissessem que isso não durava, eles estariam errados. Dinastias tinham um jeito de desaparecer na escuridão, fazendo você acreditar que eles não estavam lá até que eles voltassem com uma vingança.

Sempre acreditei que os Panichs eram como baratas. Seu dinheiro estava manchado de sangue e drogas... Mas era dinheiro do mesmo jeito. E quando o meu Nat conheceu Max, eu só sabia que haveria um preço a pagar. Mas, eu também sabia que ele e nossa família, seria cuidada. Eu odiava os Panichs, mas eu odiava mais o fato de que eu precisava deles. Ser "um dos homens mais poderosos do mundo" vinha com um preço, quando isso acabasse eu seria capaz de relaxar novamente.

— Sr. Presidente, — Fae disse enquanto rebolava como de costume, com seu smartphone na mão.

— Não há mais conferências de imprensa. — eu gemi quando eu me inclinei para trás em minha cadeira.

— Na verdade, o diretor dos Federais está aqui. Ele deseja ter uma palavra com você, — ele respondeu.

Eu sabia que os Panichs tinham algum tipo de vingança contra o homem, mas eu não tinha ideia do porquê. O pobre coitado estava, provavelmente, sem a menor ideia do por que o mundo inteiro estava fora de controle e agora estava preocupado com seu trabalho.

— Eu pensei ter dito a ele para ir para a Turquia? — eu questionei.

Ele assentiu com a cabeça. — Eu vou mandá-lo entrar.

Suspirando, me levantei atrás de minha mesa e ajeitei a gravata quando ele entrou com as mãos nos bolsos. Sua cabeça estava erguida e ele parecia comandar um ar de importância.

— Sr. Ayut, pensei que estaria em um avião agora. — eu estendi minha mão para ele, mas ele não aceitou. Em vez disso, ele olhou ao redor do Gabinete como se estivesse escolhendo algo que ele queria levar com ele.

Ele passou a mão sobre o vaso azul e, em seguida, verificou a poeira.

— Como você está apreciando seu escritório, Sr. Presidente? — ele perguntou quando foi para os sofás e tomou um assento. Desfazendo o botão da jaqueta, ele cruzou as pernas e me encarou.

— Está subindo no meu conceito.

Ele balançou a cabeça antes de se voltar. — É bom falar com você.

— Espere, você veio até aqui para me perguntar como eu estou

me sentindo no Gabinete? — de todas as coisas que deveriam ser discutidas agora, essa era de menos importância na lista.

Ele pausou. — Não. Eu simplesmente queria ver o macaco vestido em um terno que achava que ele poderia me dar ordens.

— Como? — ele tinha cruzado a linha. — É hora de você se acertar-

— Ou o que? Você vai chamar seus guardas? — ele riu. — Esta casa, o inferno neste país maldito, pode estar sob a impressão de que você manda nas coisas, mas nós dois sabemos que você não é capaz de fazer nada sozinho. Você não vai me demitir e não porque você não quer dar vitória aos terroristas, mas porque você foi ordenado a não fazer. Você é um macaco no terno que não merece este escritório e a confiança das pessoas que você serve. Eu dediquei minha vida para garantir que a sujeira permanecesse nas ruas e fora de casa, fora deste governo, mas aqui está você, nadando nela e sujando tudo. Eu vou destruir o seu povo, e, em seguida, você vai desaparecer como o pior presidente da história. Eu só vim aqui hoje guardar a sua imagem de antes.

Basta. Eu tive o suficiente dessas malditas pessoas falando comigo como se eu fosse uma criança do caralho.

— Eu sou o presidente do maldito país e você trabalha para mim, Diretor Darin. Seja qual for a guerra que você iniciou com os Panichs precisa acabar. Beije o maldito anel e siga em frente. As pessoas estão morre-

— Eu não dou a mínima para as pessoas, — disse ele sem emoção. — Eu me preocupo com ordem, uma questão de equilíbrio, sobre a maldita república. Nunew e Zee Panich não são deuses. Eles são homens, homens que não devem ser capazes de ter o mundo girando a seus pés. De alguma forma essas jovens e imprudentes crianças arrogantes conseguiram ir da venda de crack nas ruas a possuir o presidente da Tailândia em seu bolso traseiro. Você acha que eu comecei uma guerra? A guerra ia vir, não importa o quê. Os Panichs não vão parar; eles não entendem o seu lugar no mundo, e quanto mais fortes eles se tornam, mais eles se esquecem que eles também podem sofrer. A lição só agora começou a ser aprendida por vocês.

Isso clicou em minha mente tão rapidamente que meu rosto caiu em estado de choque.

— Você matou Thahan Panich.

Mais uma vez, ele parecia não se incomodar. Era como se o homem não tivesse nenhuma emoção dentro dele. Eu estava olhando para a casca de um homem... a um vulto escuro... à morte.

— Estou restaurando a ordem e não vou parar até que todos eles tenham partido... até aquela pequena criança entre eles. — passando para o vaso novo, ele o pegou e permitiu quebrar contra o chão.

— A propósito, você pode querer perguntar a eles sobre o que aconteceu com o seu filho, — ele disse quando ele limpou as mãos e se virou para sair. Ele abriu a porta e lá estava Fae. Ela olhou para ele e recuou para ele passar.

— Me coloque em contato com Nat, agora, — eu lati para ela. Ela acenou com a cabeça, já discando.

Ele tocou.

E tocou.

E tocou, porra.

Isso era tudo que eu podia ouvir no fundo da minha mente enquanto eu tentava me lembrar da última vez que eu tinha falado com ele.