Capítulo 8

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"Não tenho nada para oferecer além de sangue, sofrimento, lágrimas e suor".

- Winston Churchill

POV Nat

Ring. Ring. Ring.

ARHG! Atenda o maldito telefone! Entrei furiosamente no banheiro, escovando as lágrimas do lado do meu rosto.

— Nat, — a voz velha, mais suave do que óleo de cobra, finalmente respondeu.

— Eu quero sair. Você me disse que ele não estaria de volta e aqui está ele. Eu só fiz isso porque você prometeu-

— Nat, eu vou desligar agora e você não vai me ligar de novo... Você entende? Alguns de nós têm trabalho a fazer. Fique aí e espere. É a sua vida que está na linha, então eu sugiro que você não falhe ou seja descoberto. — ele desligou e eu queria esmagar o telefone e gritar.

Eu não conseguia respirar. Eu não conseguia respirar, porra. Eu lhe disse tudo sobre a família, em troca de Max e Ethan. Max iria assumir, eu ia ter Ethan e tudo deveria estar bem. Tudo estava indo para ser do jeito que deveria ter sido.

Caindo contra a parede, eu deslizei para o chão. Eu não tinha certeza do que fazer. Nunew iria descobrir e ele ia me matar.

— Oh, Deus, — eu disse ofegante.

— Nat? Querido você está bem aí? — Max, chamou do outro lado da porta.

Minhas mãos foram para a minha boca tentando parar a construção de pânico enquanto todo o meu corpo tremia.

— Nat? — a maçaneta sacudiu.

— Eu estou bem, Max, — eu finalmente consegui dizer.

— Ok.

Houve silêncio por um momento e eu pensei que ele tinha saído. De pé, eu lavei o rosto e abri a porta só para encontra-lo ali de pé, braços cruzados, esperando por mim.

— Eu odeio quando você mente para mim.

— Eu não sei o que você está falando, — eu disse a ele, ignorando enquanto eu caminhava para a minha penteadeira.

Ele suspirou alto. — Nat, olha, eu sinto muito. Me desculpe, eu tenho sido tão duro com você. Eu estava preocupado com Zee, e agora que ele está de volta, eu me lembro do quão idiota ele é. Mas eu não preciso me preocupar mais. Ele vai assumir...

— Você quer que ele assuma? — eu sussurrei, enquanto eu esfregava meu hidratante sobre o meu rosto.

— Vamos ter essa briga de novo?

— Que briga?

— Aquele em que você me diz para acelerar. Ser um homem-

— Você disse que não queria "andar no lado escuro", que você odeia isso. A última coisa que eu quero é ser uma cobra em seu jardim. Então-

— Nat. — ele agarrou meu ombro. — Você não é uma cobra em um jardim. Você é uma cobra no poço cheio de cobras. E enquanto durou, foi bom não me preocupar com Zee respirando no meu pescoço.

— O que você está dizendo? — eu sussurrei.

Ele beijou minha cabeça quando ele encontrou meu olhar no espelho. — Eu não faço ideia. Eu só não quero que você ache que eu vou te decepcionar.

— Você nunca poderia. — fui eu a decepcioná-lo... ele ia me odiar. Mas eu não poderia deixar Bloody Nunew vencer. Ele tinha tudo, tem tudo. Ele não podia ter tudo. Eu estava preso, não havia como voltar atrás e era morrer pelas mãos de Ayut ou pelas de Nunew. Pelo menos com Ayut havia uma chance de que eu não iria sofrer.

Ele não queria controlar o tráfico de drogas ou se livrar disso.

Ele havia dito que os viciados não eram o problema, eram os traficantes. Os viciados não se importavam com nada, desde que conseguissem a próxima dose. Conforme o chefe dos Federais, ele não queria guerras de tráfico quebrando e ficando fora de controle em todo o país. Se Nunew e Zee fossem derrotados, haveria um vácuo de poder que seria perfeito para Max e eu abocanharmos. Eu sabia que Max queria, ele só não sabia como conseguir isso.

Me sentindo confiante, eu me inclinei para ele. — Eu te amo, Max.

— Bem, eu sou um gato. — ele beijou o lado da minha cabeça antes de atender seu telefone.

Todos eles pensaram que eu estava obcecado com Ethan e uma parte de mim estava; nós éramos ligados. Ele olhava para mim com aqueles olhos castanhos brilhantes cativantes e isso derretia a minha alma.

Nunew estava apenas com inveja. Ele era a culpado por esta situação, não eu.

Ele era apenas um bandido vestindo Prada. Eu era o primeiro filho. Eu era Nat Uareksit - Panich. Enquanto eles se preocupavam com Ethan, eu faria tudo em meu poder para acabar com eles.

Eles eram cobras e eu também. E eu ia fazer o que fosse necessário para conseguir tudo o que eu tinha direito.

Tudo vai dar certo. Era justo. Eles tiveram sua chance, agora era a minha vez.

— Nat! — Max agarrou a minha mão e me puxou. Eu vi o sangue que eu tinha me tirado. Eu não sentia nada.

Era o primeiro sangue tirado da guerra.

— Nat, você está realmente começando a me preocupar.

— Minhas unhas são afiadas, querido. Sério, não se preocupe com isso. — eu escovei minha mão ilesa sobre sua bochecha. — Estou bem. Eu vou limpar isso e então nós podemos sair.

— Devo esconder as lâminas de barbear? — ele brincou, me testando.

— Idiota, — eu murmurei, batendo em seu braço.

— Esse é meu bom menino, — ele me chamou ironicamente do que meu pai costumava fazer.

Eu era um bom menino. Eu estava bem danificado, mas isso tinha que ser melhor do que Nunew.

Certo?

Chefes da Máfia 3 - ZeeNuNewOnde histórias criam vida. Descubra agora