Intragável • Apenas Respirar Não Basta

o monstro deu as caras

Durante o interrogatório o policial se manteve firme e não entregou quem estava no comando.
Ele fez uma escolha idiota, não via o grego assim desde o tempo do careca o antigo dono da boca, grego matou ele e tomou todo o território, durante essa época ele ficava nas ruas controlando tudo, dando assistência pros moradores e queimando alguns otários que entravam na favela querendo tomar a boca. Essa foi a época em que o grego ficou conhecido pelo nome de senhor diabo.

O tira apanhava de socos, ele já tinha se vomitado todo, estava todo inchado de paulada, e tava com cortes de faca.

- Eu vou perguntar de novo, quem deu a ordem?

- Se- se eu falar vocês vão me matar.

- Se você não falar aí sim você vai morrer, e depois eu vou atrás da tua família.

- Não...minha família não porra!

- você vai morrer de todo jeito, por ter atirado no moleque, mas se tu abrir a porra da boca eu vou parar em você, ou tu quer que eu traga tua mulher e tua filha pra ver tu morrer?

- Eu falo... Só não machuca nenhuma delas

- Tem minha palavra de Homem que só você vai rodar. Agora quem deu a porra da ordem?

- Foi o delegado Murilo do décimo batalhão.

- Aquele rato de esgoto!

- Você me deu a sua palavra.

Grego pegou a arma e destravou apontando pra cabeça do policial. Sem hesitar deu um tiro matando o homem na hora!

- se livrem do corpo!

- Fumaça, samuel  vocês vem comigo.

- Pra onde chefia?

Grego encarou fumaça como se ele fosse o próximo a morrer se não calasse a boca.

- deixa pra lá.

Os três entraram dentro do carro e desceram o morro.

No outro lado da cidade no 10° batalhão de polícia uma reunião havia sido feita as pressas.

- Agora é a hora de explicar como dois policiais treinados foram enganados por uma porra de garoto que estava baleado em um hospital?

Os dois homens estavam em silêncio.

- Vocês tem ideia de que aquele garoto era a porra do plano Pra descobrir como o grego apera, quem ele é? E o que vocês me trazem? Desculpas.... Desculpa é um caralho. Espero que vocês tenham estômago do que pra ver a merda que isso vai dar. Dispensados saiam da minha sala.

- Alguém me trás a porra de um café.

O delegado Murilo estava no comando do departamento a mais de 8 anos. E tinha um motivo pra estar tão puto. Ele era um dos policiais corruptos que recebiam propina pra não fazer operação quente na favela.
E conhecia a fama de grego para com os traidores. Por mais que não tivesse escolha, após ser pressionado pela polícia federal em pegar grego ele teve que fazer uma escolha, ou o cargo ou a aposentadoria. A Ganância lhe traiu agora tinha certeza que era questão de tempo até que grego chegasse até ele.

O telefone dele havia tocado era  a sua esposa, já passava de meia noite sua esposa deveria estar dormindo.

- Amor? Porque está me ligando a essa hora?

- A clarinha está queimando de febre e vomitando por favor vem pra casa agora!

- Espera... Espera... Ela comeu alguma coisa?

- agente comprou uma pizza pro jantar ela começou a reclamar de dor de barriga e começou a vomitar. Vem logo pra casa.

- Já estou indo!

- ROBERTO!

- O que foi delegado?

- assume as coisas aqui tenho que ir pra casa minha filha tá doente.

- Positivo!

Murilo pegou seu carro na garagem apressado, ligou as sirenes pra ter prioridade nas vias, em poucos minutos ele chegou no seu condomínio. estranhou por um momento, o guarda que ficava na guarita não estava, mas não tinha tempo a perder, sua filha estava doente e como um pai preocupado faria o possível pra chegar a tempo.

abriu a porta de sua casa e acendeu as luzes, Murilo era um policial esperto mas não notou que as luzes estavam todas apagadas não imaginava que sua casa o lugar mais seguro que conhecia poderia ser violada. e la estava uma pequena comitiva a sua espera, sua esposa com uma arma apontada pra cabeça e um homem com uma aura opressora sentado em sua poltrona.

- Regina... por favor não machuque ela.

- Murilo, finalmente nos encontramos pessoalmente.

- Murilo oque está acontecendo aqui, quem são esses homens?

- Vai ficar tudo bem querida eu vou dar um jeito.

- Delegado, nos dois sabemos como isso termina, solte sua arma e jogue pra cá, com cuidado não queremos que sua senhora acabe com uma medalha por sua causa não é mesmo?

Murilo não tinha muitas alternativas apenas entregou sua arma.

- Murilo oque você fez, oque esses homens querem?

- você não sabe? seu marido é um corrupto senhora, e um traidor, não foi muito inteligente aceitar os milhares em propina e depois tentar me prender.

- Tudo bem, mas seu assunto é comigo, minha filha onde está? você...

- Eu não machuco criancinhas senhor delegado, não de propósito. samuel vem pra cá

um dos capangas de grego saiu do quarto do casal.

- A menininha como está?

- Esta dormindo chefia.

- Vamos logo acabar com isso! já tenho o rato aqui, mas antes Você vai ter que fazer algo. grego puxou um ofício nele estava um carta de renúncia ao cargo de delegado. e uma recomendação formal.
Murilo olhou incrédulo, "é simples o que grego queria, dar meu  lugar pra algum substituto fácil de manipular e facilitar pra facção. eu estou morto e isso é certeza ele não vai perdoar apenas por fazer oque ele quer no final, mas ao menos preciso deixar minha família segura.

- Quero que prometa que vai deixar minha familia em segurança, não irá tocar na minha filha e esposa.

- Prometo, sabe que costumo cumprir com a minha palavra.

Grego mandou samuel entregar o ofício a Murilo o homem estava ajoelhado no piso de madeira, estava trêmulo mas manteve -se firme como uma rocha, ele analisou o papel por alguns segundos até que o som de uma arma engatilhando o fez agir rápido,e assinou o documento.

- compara a assinatura pro caso de querer da uma de esperto.

samuel encarou a folha recente com uma folha dos relatórios que Murilo fazia diariamente.

- Esta tudo certo chefia!

- Pronto agora terminamos, já sabe o que fazer não é mesmo?

grego apontou pro copo em cima da mesa, um copo de vidro com pílulas dentro dele.

- É mais do que você merece seu verme!

Murilo olhou sua esposa que ainda se mantinha refém do capanga, com o olhar cheio de lágrimas ela tentou dizer que não mas seu marido foi adiante, pegando o copo de remédios engolindo de uma vez alguns segundos se passaram e logo os sintomas de uma overdose apareceram, o homem caiu tendo um taquicardia, em seguida sua respiração era ruidosa e pesada, ele foi perdendo a força nos membros causando espasmos. um longo e penoso minuto depois ele parou de se mexer. grego foi até o corpo caído pressionando a a carótida e pulso, ele estava praticamente morto grego lançou um olhar pra fumaça soltar a esposa, ela se jogou no corpo do marido chorando, ainda sentindo vida em seus olhos.

- Porque meu amor...

seus lamentos foi interrompido pela mão de grego segurando seu queixo.

- Como prometido, você e sua filha está a salvo, agora quero que preste bastante atenção.