Intragável • Apenas Respirar Não Basta

Grego

Já fazem três semanas...um mês! Que o baixinho foi embora, eu tô mal cara, meu irmão vive enchendo a porra da minha paciência, minha casa tá uma zona e eu não consigo dormir direito, me acostumei a dormir agarrado com aquele pivete, e do nada a cama parece ter duas vezes o tamanho que tem.

Depois de derrubar o chefe da outra facção, assumi o comando de distribuição, coloquei uns homens da minha confiança lá enquanto gerencio meu negócios aqui.

Eu quase morri durante a troca de tiros, e a única coisa que eu consegui pensar era se aquele marrento se importaria se eu morresse, depois que meu pai abandonou minha mãe com dois filhos, eu tive que me virar, comecei a trabalhar de ambulante, mas ainda não era o suficiente, me envolvi com o tráfico e fui subindo de posição, até que meu chefe morreu e eu assumi o bagulho, depois disso eu comecei a achar que minha hora ia chegar como a dele chegou, eu tava cagando pra isso, entrar nessa vida você tem que saber que vai morrer a qualquer momento, por isso torrava meu dinheiro com drogas putas bebidas, essa era a vida que eu achei melhor. Até que eu me apaixonei pelo meu refém, no começo eu queria saber até onde ele sabia, eu não iria soltar ele pra dar com a língua nos dentes prós tiras, mas fui me acostumando, quando chegava em casa ele tava todo emburrado, mas ele sem perceber me tratava bem, fazia a minha comida, se preocupava em me manter limpo, organizava as coisas, eu achava isso vantajoso pra mim, até que eu comecei a ver todo aquele cuidado diferente, e a ver ele de forma diferente, passei a ficar observando com ele, ele não sabia de porra nenhuma dos meus negócios, e nem se interessava, a melhor coisa era deixar ele ir embora de são Paulo e voltar pra terra dele. Mas eu fiquei ganancioso com o que não era meu, comecei a ser abusivo e possessivo, por um cara que não era nada meu, ele não baixava a cabeça e isso despertava meu lado sádico, eu gostava de ver ele chorando, meu tesão era grande, mas ver ele sorrir me fez sentir o que nenhuma puta me fez sentir, por mais profissional que ela fosse, eu tava dependente dele.
E quando ele retribuía eu era feliz cara, eu ficava com uma cara de cu,
Quando comecei a transar com ele. Meu pensamento era " vais ser uma merda e eu vou ver que isso não é pra mim" me fudi direitinho, o sexo era mais que bom, ele parecia todo nerdzinho e bobo. Mas quando se soltava era alguém totalmente diferente. Eu gozava um duas três vezes e nunca parecia o suficiente, eu queria mais. Mas meu orgulho ficou na minha frente e fez merda, ele foi embora tá vivendo a vida dele, no começo eu tentei ir atrás dele mas O rio tem um comando forte, e se alguém descobrir que eu dei as caras por lá, tô morto e enterrado!
Só me resta deixar o tempo curar, ou a bebedeira me matar.

- Grego...eu não tô te reconhecendo meu irmão, oque tá acontecendo tu não sai de casa tu não come, tu só bebê e passa a noite acordado porra!
Tu quer morrer e me deixar nessa merda de mundo sozinho?

- Vai embora Nando!

- Tu é meu irmão caralho! O que tiver pegando contigo, me conta agente resolve junto!

- NÃO DAR PRA RESOLVER NANDO! EU FIZ A MERDA, AGORA É HORA DE PAGAR A CONTA!

- É aquele muleque não é?

- E se for Nando? Se teu irmão não é aquilo que tu pensa, eu gosto da quele miserável, eu prefiro que ele morra a ficar longe de mim, ou que eu morra tanto faz da no mesmo!

- Porque não fala isso a ele?

- Eu fiz uma merda com ele porra tu tá surdo? Tu sabe como aquilo é cheio de marra, ele prefere morrer do que me perdoar! E também ele vazou, foi pra terra dele! O que eu posso fazer?

- Tu tá comendo merda caralho?
Ele foi caralho nenhum, ele comprou uma casa do caralho nos apartamento bacana lá na barra!

Não...ele fez de tudo pra se livrar de mim, ele não manteria os pés aqui!

- Tu tem certeza disso porra!

- Irmão...eu levei a Nicole lá faz três dias grego!

- Me dá o inderesso!

- tu quer ver ele assim?

- Oque que tem?

- meu amigo, tu tá fedendo, tu não toma banho faz dias, tu fede apinga, tua barba tá grande teu cabelo enorme! Se arruma pra ter alguma chance irmão, se tá difícil ele te perdoar, assim que ele não vai te querer mesmo!

- Sério...tô tão mau assim?_cherei meu suvaco e quase morri, tava fedendo a bafo de onça.

Tomei um banho, fiz a barba, e chamei o barbeiro pra cortar minha juba, o muleque fez o trabalho dele, peguei o endereço e fui ver meu marrento_assim que eu cheguei no condomínio lá, eu fiquei na portaria, perguntei se tinha algum morador com nome de Yuri, e ele pagou de doido e disse que não podia falar, mas molhei a mão dele e o porteiro cantou feito passarinho, eu tive certeza que era ele mesmo.

- Abre a porta aí parceiro pra eu entrar, é rapidinho.

- Aí amigo, eu não posso fazer isso não, se acontecer alguma coisa eu tô na rua!

- puxei da minha carteira, seis notas de cem, e ele cobriu as câmeras, até me deu o cartão chave, assim que eu subi vi o andar dele, eu tava nervoso porra, deu até dor de barriga. Bati na porta e ninguém abriu, usei o cartão chave e entrei, a casa do baixinho é bacana, de onde veio isso eu não sei, mas se for algum macho que tenha dado... É melhor nem pensar merda, eu olhei algumas coisas lá dentro, uns livros de escola em cima da mesa, ele deve estar estudando pra ter tanta tralha assim. Fui até o quarto dele...
Tinha o cheiro dele, deitei na cama, era bom de imaginar tudo que poderia ter feito com ele se não fosse minha mancada, peguei o travesseiro e cheirei...o cheiro do cabelo dele...lembrei quando enfiava minha cara na quela juba preta. Eu cheirei porra, doeu como se eu tivesse levado um tiro!

olhei no guarda roupa dele e só tinha as roupas dele mesmo, não tinha de homem nenhum. Eu fiquei puta feliz em ver aquilo. Ouvir a porta se abrir, eu ia lá e tentar falar com ele.

Mas porra, eu invadi a casa dele, mexi nas coisas dele, se ele me ver aqui vai ficar com medo e com razão, me escondi de baixo da cama, ele logo entrou no quarto e depois saiu correndo. Eu ia ser descoberto.
Que merda do caralho!

- vi que a varanda tava aberta, eu tinha que arriscar, preferia morrer do que fazer ele ter mais ódio de mim ainda, escalei a sacada, e fui descendo de andar em andar, por sorte ele morava no quinto andar, facilitou muito. Assim que desci peguei o carro e vazei dali, agora sabia onde ele morava, tenho que fazer com que ele me perdoe, mesmo que ele quebre a minha cara todinha eu vou aguentar calado.

Assim que cheguei no morro meus homens abriram caminho e cheguei em casa, eu entrei feliz da vida, mas minha alegria acabou quando eu vi que minha casa tava parecendo um chiqueiro. Liguei pra uma dona que fazia faxina, ela e a mãe dela veio, e fizeram o trabalho, Paguei as duas. Agora podia dormir em uma cama limpa e ver oque faria pela manhã.

Assim que acordei, já tava naquele pique, sonhei com o baixinho e porra, meu pau tava duro feito pedra. Fui no banheiro e resolvi meu b.o.
Assim que terminei, vesti uma calça preta, uma bota, e uma camisa polo, fiquei todo cheiroso e sai pela comunidade.

- ae patrão, finalmente apareceu, e olha... Tá todo bonitão, arrumou uma namorada foi?

- Eeee tá achando macho bonito fumaça? Tô te estranhando parça!
Mas diz ae, tô bonito ou não tô?

- É por nada não chefia, mas tá mesmo!

- Vou trazer o pivete de volta Caraí!

- A patroa? Sério mesmo chefia, aquele pivete faz falta porra!

- Que história é essa fumaça!

- Quando ele tava aqui patrão, tu ficava namoralzinha com nós, só vivia todo feliz, mas agora tá o cão chupando manga!

- foi mal aí porra! Tava passando por um barra da quelas.

- mas vai lá patrão, traz a patroa de volta!

Eu passei as informações prós gerentes das biqueiras e fui pra rua comprar um presente pra pelo menos aliviar a minha barra.

- o baixinho curtia oque mesmo?

Caralho, passei um tempo da porra com ele e nem saber o que ele gosta eu sei... é nisso que dá só pensar em fuder o dia inteiro. Não iria dar perfume, isso dá um azar do cão!
Flores... acho isso muito viado, ele não iria curtir, com aquela marra toda!
Caralho... Já sei se isso não for o presente melhor do mundo eu não sei oque é!