Dias ruins

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Estavam todos no corredor do hospital, Grego e Val carregando Rafael nós braços até um maqueiro aparecer, assim que ele deu entrada o clima pesou, a confusão Havia cessado, ninguém olhava na cara de ninguém, Valentin sentou de um lado junto do filho mais velho, os olhos inchados, até as belas íris azuis já não eram tão atraentes, os cabelos bagunçados e o rosto cheio de arranhões, olhava pro nada pensando em tudo que fez até hoje, se valeu apena tanto ódio.

Yuri estava do lado da mãe, o rapaz estava tranquilo demais, sempre foi bom em não demonstrar as emoções, enquanto grego se mantinha em pé do lado do rapaz.

- Porque esse cara tá aqui ainda?

- Algum problema?_yuri perguntou sarcástico.

- Hoooo! Maluco, não precisa ficar não, aqui só é família.

- Mas ele é Teu cunhado Ikaro!_Grego riu falso, assim que o amante falou.

- Eu não tô acreditando que até aqui vocês vão discutir, o irmão de vocês foi socorrido e vocês brigando por besteira. Meu Deus....assim que eu chegar em casa vou pegar as minhas roupas e sumir!

- Cicera...

- Não te dei o direito de falar comigo, e assim que o senhor chegar em casa pode juntando as suas tralhas e voltar pro teu chiqueiro!

- Mãe o médico!

- Então doutor oque aconteceu com meu filho?

- Olá você é a mãe!... Bom o desmaio foi causado pelo estresse excessivo, em decorrência do câncer.

O silêncio se instaurou.

- Câncer doutor, deve haver um engano meu filho sempre foi saudável.

- Diacordo com a ressonância, ele tem um tumor no fígado, como é inicial pode ser tratado o quanto antes, mas ele tem que iniciar a quimioterapia o mais rápido possível_cicera cedeu ao desespero a temida palavra câncer é algo que ninguém está pronto ou disposto a discutir. Alguém trouxe uma água com açúcar pra acalmar.

- Posso ver meu filho?

- Claro senhora, logo ele poderá ir pra casa!_sentou em uma poltrona, a notícia de Rafael, foi um golpe forte na senhora, depois de chorar na cadeira fria, a mulher levantou as mãos pro céu falando com Deus, Valentin acalmava sua ex esposa, por mais que fosse frio ver a sua antiga companheira é lacerante.

- Fique calma, vamos passar por isso, Rafael é um homem de Deus, tudo estará bem logo, é inicial então é quase cem por cento de recuperação.

- Meu Deus, minha família está desmoronando, que pecado terrível eu cometi meu pai?

- Você não fez nada Maria.

- Tem razão, isso é tudo culpa sua, acabou Valentin, amizade tudo que ainda mantinha nossos laços agora não vão valer de nada.

- Não faz isso, não me tire da sua vida...

- Você destruiu tudo que nos construimos oque sobrou?

O estresse tomava conta de todo o local, todos ainda estavam com as roupas de festa, o dia estava apenas começando, assim que levaram Rafael pra casa, Valentim pegou suas coisas e foi pra sua casa na mesma rua, a notícia do casamento fracassado de Ikaro era o assunto do morro.

- E você baixinho?

- Eu não quero voltar pra casa, poderia ficar na casa da Nicole mas seria em vão, já que somos vizinhos de porta.

- Então pode deixar comigo.

Grego segurou a mão do rapaz levando até o carro, assim que abriu a porta Yuri já estranhou de cara.

- não vai entrar?

- Tão cavalheiro...

- mais pra cavalo e você sabe porque!

O moreno ficou sem jeito com o comentário de grego, aceitou o gesto entrando no carro preto. Assim que encontrou uma pousada pagou a estadia adiantada recebendo o cartão chave do quarto.

- Lugar bonito!

- vou tomar um banho quer ir junto?

Perguntando na maior cara de pau Yuri jogou uma toalha na cara do outro que riu sem vergonha.

- certo, certo, não vou te amolar com isso, mas trata em dormir que você ainda não pregou o olho.

- Nem você!

- Posso ficar sem dormir por bastante tempo baixinho!_retirou a roupa, peça por peça, era sexy mais o rapaz se conteve e afastou os pensamentos que começavam a brotar em sua cabeça.

- Eu não posso me deixar levar de novo.

O barulho do chuveiro tirou Yuri de seu estado de concentração extrema, ele olhou pela janela, por estar no décimo andar dava pra ver a piscina e a área esportiva, o jardim pequeno alí lhe agradava, algumuns dos hóspedes se divertiam entre piscina e churrasqueira, uma pequena social estava acontecendo.

- Não via tomar banho?

O outro apareceu por trás do menor que se afastou.

- Vou sim_por um momento grego encarou o rapaz por traz, tirou alguns fios da testa e procurou suas roupas novamente.

Assim que o rapaz entrou no box pode aproveitar o cômodo espaçoso, o banheiro todo em vidro e mármore.
Retirou a calça os calçados ficando apenas de camisa e cueca, olhou pra banheira e se perguntou...porque não? Ligou as três torneiras, jogou alguns sias de banho, era até engraçado pois lembrava de só ver isso na tv, assim que encheu se livrou do restante que ainda cobria o corpo, amarrou o cabelo pra cima, deitar na banheira era relaxante, a água morna relaxou instantâneamente, fechou os olhos por um breve minuto, só não esperava adormecer ali.

Depois de algum tempo grego percebeu que Yuri já havia demorado demais, abriu um pouco da porta chamando, o silêncio o deixou assustado, entrou e pode ver aquele pequeno ser dormindo despreocupado, ele dormia bonito, muitas vezes grego o observava durante o sono, sem ele saber é claro.

- Baixinho, acorda! Baixinho!

- oi oque foi?.....oque tá fazendo aqui?

- Você não voltou então vim ver se está tudo bem!

O rapaz catou uma toalha, lançou aquele olhar pro maior que logo entendeu o recado, se virou pro baixinho se cobrir.

Ouvir o barulho da água na banheira deixou o rapaz rígido, sabia que o outro estava totalmente nu, por um momento queria se virar, mas a consciência falou mais alto que o tesão, certo que agora não estavam tão mal como antes mas o baixinho mantém firme na decisão de não querer nada com o outro, já coberto Yuri se apoiou no outro.

- Tá vendo que eu sou civilizado!

- Quer que eu agradeça?

- Eu quero outra coisa mais você não colabora.

Yuri deu um tapinha que nem fez cócegas.

- Vamos dormir!

Trocando a toalha por um roupão o engatinhou até a cama se afundando nos travesseiros.

- Não vai deitar?_ o rosto de grego mostrava ansiedade, mas um respeito ou receio.

As palavras de Yuri foram música pra ele, se jogou na cama ficando de lado com o garoto.
Os braços de grego foram direto ao redor de Yuri, má só rapaz não se desfez do ato, apenas fechou os olhos adormecendo.

- Bons sonhos baixinho!_beijou a atesta do outro.

Intragável  •  Apenas Respirar Não Basta                         Onde histórias criam vida. Descubra agora