{Capítulo. 34}

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⚠️No começo do capítulo tem um leve cena de tortura, então leia se quiser.
  

Tensei tinha visto vários tipos de pessoas na vida, mas nunca uma que igualar-se a Fuyumi Todoroki.

Ele pensou que a conhecia completamente, hoje, descobriu que estava errado e tinha quebrado a cara. Fuyumi Todoroki o mostrou que ele tem um longo caminho pela frente, uma longa e desafiante jornada, para, em fim, conhecer cada canto da alma da mulher.

A máfia sempre foi um lugar com baixa taxa de sobrevivência. Se você não conseguisse se auto-defender usando métodos sujos e sem piedade com seus inimigos — não importando se era amigos ou familiares —, você morria. Isso deveria ocorrer principalmente na família que controla a máfia:

Os Todoroki.

Se enganou feio. Eles eram bem diferentes do que tinha imaginado. Os Todoroki era mais unidos que os outros mafiosos, impiedosos mas ao mesmo tempo piedosos, usando os outros e sua autoridade para proteger sua família e amigos que estão sempre de seu lado. Se um traisse os outros, ai, sim, não haveria piedade.

Tensei pensou que Fuyumi era a rosa em meio aos espinhos. Ela sempre foi uma jovem gentil que não queria se envolver nos assuntos da máfia, preferindo ficar de fora, sempre tratando os animais, plantas, humanos, tudo da mesma maneira. Aos seus olhos nublados, tudo vivo era digno de carinho.

Sendo a filha mais velha e a única filha da máfia, foi criada para matar e chutar as leis do mundo como uma bola de futebol. Mas Fuyumi não era esse tipo de mulher. Nunca foi fã de festas, priorizava os estudos; nunca apreciou armas de fogo ou armas brancas, preferia canetas, lápis e cadernos de boa qualidade; nunca quis matar ninguém, pois era contra sua leis de vida — mas se a disafiasse num duelo de vida ou morte, você poderia esquecer a gentileza dela, pois você não sairia vivo.

Essa era Fuyumi Todoroki.

Uma mulher dedicada, confiante e com forte senso de justiça. Uma mulher com grande apreço pelo ensino ao ponto de se tornar uma professora e já cogitar a possibilidade de, futuramente, ser uma excelente diretora. Essas pequenas coisas, esses pequenos comportamentos, foi o que encantou o coração de Tensei.

Sempre pensou que, por mais forte que Fuyumi fosse, ele deveria protegê-la a todo custo para evitar dela ser explorada por outras pessoas de má índole.

Mas, hoje, percebeu que até a rosa mais bonita ainda tem espinhos.

— Vamos lá, vai... eu só quero um nome. É tão difícil? — questionou Fuyumi com uma voz falsamente triste, balançando um alicate enquanto se aproximava do homem amarrado.

Um dos homens se aproximou da cadeira e amordaçou o interrogado, que balançou a cabeça e gruniu em negação. Claro, o lado mais forte venceu.

Fuyumi estava olhando tudo em silêncio. Seus olhos frios anunciavam uma longa chuva com trovões envolvidos. Quando conseguiram amordaça-lo, a mulher se agachou de frente a única mão do homem, analisando as unhas. Optou por mudar de estratégia. Colocou o alicate no chão e pediu para que trouxessem uma caixinha vermelha em cima da bancada.

Um dos homens a obedeceu e pegou a caixinha. Abrindo-a, se pôde ver agulhas de vários tamanhos e espessuras. Meliton estremeceu ao ver o tamanho da agulha que a quase albina escolheu. Sentiu um frio na espinha.

Fuyumi ergueu a agulha na altura dos olhos, analisando. Pegou um isqueiro e começou a queimar a ponta da agulha de frente para Meliton — para que ele assistisse a todo processo —, até que a ponta do ferro estivesse numa colocação laranja e avermelhada. Um dos capangas pressionou os ombros do homem enquanto o outro segurou o braço dele, afim de impedir movimentos desnecessários.

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