Eu fiquei atônito por uns instantes.
Minha mente pareceu parar de funcionar enquanto eu encarava aqueles dois indivíduos que se alto-declaravam "Lírio da Aranha-Vermelha" e o "Cortador de Cabeças". Nunca pensei que encontraria esses dois problemas misteriosos, um do lado do outro, se apresentando voluntariamente a minha frente.
Não consigo descrever o quão surpreso estou por finalmente conhecer essas duas figuras que me deixavam com uma pulga atrás da orelha.
Parece que eles estavam trabalhando juntos, no final das contas.
Me mantive em silêncio por alguns minutos, analisando a mulher de cabelos brancos e depois o de cabelo vermelho. Ambos estavam de uniformes e algumas cintas que prendiam armamentos — a mulher, por exemplo, usava uma cinta na perna direita que prendia a bainha de um adaga —, o que deixava óbvios que eram assassinos.
— O Lírio e o Cortador de Cabeças? — murmurei ainda incrédulo, sem acreditar. — Qualquer idiota pode vir na minha presença e se alto-proclamar ser essas duas figuras famosas. Como posso ter certeza que são mesmo vocês?
— Porque são realmente eles — afirmou a mulher mascarada e se aproximou a passos confiantes, atravessando entre os assassinos e os herdeiros, ficando bem na minha frente.
Não sei explicar o estranho sentimento de familiaridade que cresceu em meu peito, mas a sua presença e voz, por mais que estivesse abafada por causa da máscara, por algum motivo, me pareciam muito familiar. Minha mente trabalhou para lembrar se eu já tinha ouvido aquela voz e quando exatamente. Esse desconforto me fez ficar mais atento com essa pessoa a minha frente, tentando prestar atenção a cada mínimo detalhe.
Por mais que tentasse, não consegui reconhecê-la.
— Por que tem tanta certeza? — questionei em tom desafiador, vendo uma leve hesitação (?) em suas ações.
— Gostaria que desse uma olhada nisso. — Ela faz um sinal para Kay que tirou da bolsa uma enorme pasta e se aproximou, entregando a pasta e voltando ao seu lugar anterior, não sem antes receber um olhar mortal de Fuyumi, qual pude ver na minha visão periférica. — Aqui está. Dê uma olhada nisso primeiro, sr.Todoroki.
Observei-a colocar a pasta sobre a mesa e arrastá-la para perto de mim. Meus olhos caíram sobre aquela pasta azul-marinho, desconfiado, hesitei se pegava ou não a pasta. Após um suspiro longo, finalmente peguei e abri a pasta.
Estremeci quando meus olhos analisaram a primeira ficha.
Sayu Takemith?
Meus dedos continuam a passar as tais páginas, cada vez numa velocidade mais rápida. Senti meu coração acelerar. As páginas eram na verdade fichas das vítimas do 'Lírio da Aranha-Vermelha' e do 'Cortador de Cabeças'. E, detalhe, todas as fichas estavam riscadas com um grande "X" vermelho.
Bem, quase todas.
Passei um pouco mais da metade das fichas e cheguei numa parte que as fichas não estavam marcadas com nenhuma "X" vermelho. Eram pessoas que ainda estavam vivas. Ver tudo aquilo me deixou alheio ao espaço-tempo. Tudo pareceu parar por um momento.
Levantei o olhar e encarei a mascarada seriamente.
— Algumas dessas pessoas... eram meus aliados. Você sabe disso, não é?
— Eles não eram mais seus aliados. Eram traidores. — Meu sangue gelou com sua fala e minhas pálpebras se estreitaram de surpresa. — Essas pessoas estavam e estão do lado da organização de 'Meta Liberação'.
— A 'Meta Libertação'!? — Tive um leve susto e olhei para o lado, vendo Fuyumi encarar chocada a mulher.
— Nosso mestre foi o primeiro a descobrir sobre essa organização e formou um grupo de assassinos chamados 'Higanbana', junto com Beatrice, que começaram a juntar informações sobre essa organização que parecia ser hostil e a caçar eles. Claro que... — Ela olhou para o lado. — Nós tivemos uma ajuda valiosa.
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Would you love the mob boss?
FanficQuem diria que um garoto, que era maltratado por sua família e colegas, fosse vendido e resgatado pelo chefe da mafia. Pois é! Essa é a história de Midoriya Izuku, um menino gentil que nunca fez mal a ninguém, mas foi maltratado por todos inclusive...