3 - Território

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Mais um cap, boa leitura. 

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LAUREN'S POV


Óbvio que não me orgulho de ter jogado tão baixo ferindo seu ego com minhas palavras, mas ela realmente me machucou com o que disse. Nunca me senti tão desrespeitada, nenhum alfa nunca teve a audácia de falar assim comigo e ouvir de alguém que amo tanto foi como uma facada. Eu não ia deixar passar, não sou filha de chocadeira nem nada, eu tentei ser a mais madura de nós duas, mas minha paciência acabou.

Apesar de tentar controlar, só consigo chorar, sinto meu corpo inteiro tremer como se eu estivesse com frio, um nó na garganta, meu pai me abraça forte acariciando meu cabelo e sussurrando que já passou. Nunca vimos papá ser agressivo assim, muito pelo contrário, então de quem é o exemplo que Camila está seguindo?

Não consigo olhá-la tamanha decepção, mas é como se eu sentisse sua raiva diminuindo aos poucos. Até que, para nosso azar, a campainha toca e, mesmo antes que eu reconheça o aroma, já sei que a Halsey chegou no pior momento possível.

- Não, no meu território não. – Puta que pariu.

- Camila, não! - me desvencilho do meu pai tentando alcançá-la, mas é tarde, ela afasta minha mãe que abria a porta. Quando chego do lado de fora, Camila já está sobre Halsey, que traja um conjunto de blazer e short de cintura alta brancos.

- Que porra é essa, pirralha?! – Minha namorada brada firme parecendo evitar um confronto físico.

Camila não diz nada, vejo apenas seus olhos vermelhos, ela está enfurecida. Desfere um soco forte contra o rosto de Halsey, depois mais um, no terceiro, minha namorada a empurra de sobre si trocando as posições e devolve um soco, Camila impede o segundo, mas Halsey prepara a mão esquerda para o próximo.

Corro segurando seu braço.

- Hal, não, por favor.

- Ela quem começou.

- Eu sei, mas deixa ela. – Puxo-a com certo custo e a mulher afasta-se. Confiro seu rosto percebendo o hematoma instantâneo contra a pele branca, ela cospe um pouco de sangue para o lado e eu acaricio seu rosto, tentando arrumar seu blazer, mas ela ergue o olhar para algo atrás de mim.

Me viro rápido segurando Camila e buscando seus olhos.

- Halsey, querida, entra, por favor. – Minha mãe pede assustada do batente e a mulher o faz, Camila parece cega para tudo que não seja seu alvo, mas puxo-a dando tempo de minha namorada entrar. Meu pai aparece na porta e eu nego com a cabeça.

- Tá tudo bem, pai, deixa comigo. – Digo rápido temendo que ele piore as coisas.

Busco os olhos da minha irmã. De início, ela continua inquieta tentando tirar minhas mãos de si, ouço seu rosnado constante, além da batida extremamente violenta de seu coração, ela não está bem.

- Me solta. – Pede.

- Olha pra mim. – Toco seu rosto com ambas as mãos. – Vamos, Camz, olha pra mim. – Ela o faz com certo custo. – Tá tudo bem, eu tô aqui. – Sorrio fraco acariciando suas bochechas com os polegares. – Você não quer ela no seu território, eu já entendi, nós já estamos indo embora. – Ela rosna outra vez. – Eu não vou deixar de sair só porque tem implicância com ela, sabe que não sou posse sua, não sabe?

Beloved Promised (Camren - ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora