21 - Caixa de Pandora

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Ufa, voltei. 

É o último de hoje. Bora!

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16 dias antes...

A 200 metros da casa do bosque



-Cheguei, o que temos aqui? - O alfa vestindo farda preta toma os binóculos da mão de um dos soldados. Um outro observa a casa pela mira de um rifle.

-Um casal de lúpus fodendo, poderia virar documentário facinho. - O rapaz ômega sorri de lado. - Mais pra direita, no banheiro. A alfa fechou a cortina, então prejudicou a visualização, ela é bastante atenta, mas o senhor pode perceber as silhuetas.

-Isso é inacreditável. Juliet, pode confirmar? - A farejadora aproxima-se.

-Nunca vi nada assim, é quase como se estivessem implorando pra serem encontradas. O que sabemos é que são duas mulheres entre dezessete e vinte e três anos. Alfas comuns podem sentir o aroma desta Ômega no cio há no mínimo 1,5km, bem mais longe do que com ômegas comuns que raramente chegam a 1km, já sua alfa com certeza a identifica mais de longe. Apesar de em geral o cheiro ser parcialmente disfarçado quando a ômega começa a ser satisfeita, no caso dessas duas juntas, um cheiro característico que convida outros alfas ao desafio começa a ser produzido com o mesmo alcance, mas farejadores podem identificar de ainda mais longe, eu as encontrei a quase 4km daqui e algo me diz que poderia sentir de uma distância ainda maior. Não tenho dúvidas, senhor, algo assim só foi encontrado nos nossos registros experimentais, são lúpus.

-Como só agora tomamos conhecimento da existência delas?

-Difícil precisar, mas a alfa parece mais jovem, o que me leva a crer que os hormônios da ômega só foram completamente maturados quando sua alfa ficou pronta para protegê-la.

-Que significa...?

-Que até sua alfa estar madura, seu corpo produzia menos hormônios como defesa, logo chamava muito menos atenção. A teoria oposta também é válida, quando sua alfa ficou pronta, seu corpo passou a produzir mais hormônios para atraí-la. Além disso, com certeza tomam alguma coisa, porque observando do tempo que estamos aqui, - checa o relógio. - as coisas estão ficando mais intensas minuto a minuto. Seja lá o que tinham tomado, o efeito já passou a essa altura.

-Okay, vamos invadir.

-O senhor está brincando, certo? - A cientista magra, alta, de cabelos ruivos aproxima-se sorrindo, mas o major parece não achar graça. - É um casal de lúpus durante o cio da ômega. Quer mesmo enfrentar duas lobas no ápice de seus instintos após ter o coito interrompido?

-Temos armas pra isso, não?

-Elas valem mais capturadas vivas, as amostras das famílias geradoras tinham apenas genes recessivos. Com elas vivas, teremos fonte infinita de sangue até conseguirmos produzir o soro que os extinguiu pra começo de conversa.

-E quanto aos sedativos?

-Não conhecemos a quantidade certa necessária para derrubá-las, o erro poderia matá-las ou, se é que isso não é folclore, transformá-las e nós teríamos problema de qualquer jeito.

-Como diabos vamos fazer isso então?!

-A gente se aproxima noutro momento, descobre quem são, onde moram, e como conseguiram se manter longe do nosso radar por tanto tempo. Aí montamos a estratégia, temos uma chance de fazer certo.

Beloved Promised (Camren - ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora