Mise-en-scène AyA - Adapt [Finalizada]

Capítulo 38

CARMEN NO COMANDO

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EPISÓDIO 8

Cena: Carmen e Lorenzo têm um momento de intimidade no ônibus da turnê.

INT: Ônibus da turnê de Lorenzo — DIURNA

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Carmen e Lorenzo entraram no trailer agitados. Eles não conseguiam tirar as mãos um do outro.

— Lorenzo, você foi incrível — ela disse, deixando todo o amor que sentia por ele transparecer na voz. — O público te ama. E agora você tem o contrato para o livro, a turnê, o novo álbum... deu tudo certo. Estou muito orgulhosa de você.

Lorenzo pegou a mão dela e a puxou para perto dele.

— Tudo graças a você, Carmencita. Você sempre acreditou em mim. Você viu o melhor em mim, mesmo quando eu mesmo não conseguia ver. Eu devo tudo o que tenho a você.

— Você sabe como ganhar meu coração — ela disse com os olhos cheios de lágrimas. — É só elogiar meu trabalho que você consegue o que quiser.

— Só tem uma coisa que eu quero.

Com uma risada rouca, ele a beijou. Era o beijo mais quente e sensual que haviam trocado desde que tinham se reencontrado, mais profundo e mais intenso que todos os outros. Eles correram as mãos pelo corpo um do outro, e então Lorenzo a prensou contra a penteadeira e a colocou sentada na pequena bancada.

Quando Lorenzo interrompeu o beijo, Carmen começou a desabotoar a camisa dele, desesperada para tocá-lo, mas ele tinha outros planos.

Ajoelhando-se, puxou a saia dela para cima e abriu suas pernas. Carmen se apoiou no espelho de olhos fechados, enroscando as mãos no cabelo de Lorenzo enquanto ele enfiava o rosto entre as pernas dela. Ela respirava com dificuldade, chamando o nome dele repetidas vezes, até que sua voz se transformou num gemido rouco e ela estremeceu.

Ele se levantou, apoiando a testa na dela. Os dois estavam com a respiração ofegante.

Anahí lutou para segurar as lágrimas. Você está acabando comigo, Poncho Herrera

— Carmen — Lorenzo disse baixinho. — Eu...

Alguém bateu à porta.

Carmen ficou de pé num pulo, cambaleando um pouco.

— Quem será? — sussurrou ela. — Meu pai? Achei que ele já tivesse ido embora.

Se virando para olhar no espelho, Carmen ajeitou a roupa depressa e limpou o batom borrado.

— Vou ver.

Lorenzo arrumou o cabelo e ajeitou a calça antes de chegar à porta. Quando a abriu, congelou encarando a pessoa do outro lado por um longo tempo. Atrás dele, Carmen perdeu o fôlego e levou a mão ao pescoço em choque. Lorenzo franziu o cenho, sua expressão dura e impenetrável como granito.

— O que você está fazendo aqui? — ele perguntou.

— Corta! E acabamos!