Capítulo 12

1.5K 146 25
                                    

Pov Hayley Marshall:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pov Hayley Marshall:

- oi... - me aproximei de Freya.

- pensei que tivesse saído com os outros.

- não, Dean queria comer e Sam quer falar com Dean a sós, mas boas notícias. Sam me mandou mensagem e disse que convenceu o Dean de deixar você morar com a gente no bunker.

- eu não quero ser um peso pra eles.

- mas você não é! É irmã deles, família nunca é um peso.

- não é o que Dean fez parecer. Eu sei que ele não quer aceitar que tem mais uma irmã, e que sente de alguma forma ciúmes, mas quem deveria sentir ciúmes sou eu por saber que eles sempre tiveram o nosso pai presente enquanto eu vivi de galho em galho, esperando meu pai voltar e me levar pra casa, mas... isso nunca aconteceu.

- sinto muito. Eu sei como é crescer sem pai e mãe. Meus pais morreram quando eu era pequena.

- mas agora você tem o Dean, e vai ser mãe! Eu sempre me imaginei sendo mãe, mas acho que sempre só pensei em sobreviver e nunca em ter uma vida.

Me dói ouví-la dizer isso, ninguém merece viver assim, sozinha, triste e sobrevivendo ao invés de vivendo. E pensar que tudo poderia ter sido diferente de John tivesse sido homem de verdade e assumido a filha, mantido ela perto dos irmãos, tudo poderia ser diferente.

- escuta... - segurei suas mãos e ela me olhou. - eu sei que passou por muita coisa, e que tudo isso foi culpa do John e não sua culpa, mas agora não está mais sozinha. Você tem dois irmãos que são incríveis e super protetores, e eu, sei que não nos conhecemos direito ainda mas pode contar confio, porque eu quero ser sua amiga.

- sério? Isso... isso é muito legal, obrigada por me receber tão bem na sua família! - ela sorri feliz e me abraça com força, claro que retribui.

{...}

Pov Dean Winchester:

- nós já vamos pra casa. - digo assim que entro no quarto de hotel.

- ok. - responde seca. - a Freya vai com a gente, não vai? - balancei a cabeça positivamente.

Fomos embora depois de nos despedimos do Bobby, durante toda a viagem Hayley e Freya ficaram conversando enquanto eu ouvia minha música e Sam seguiu em silêncio.

Ao chegar no bunker, Sam Hayley e Freya entraram conversando e rindo enquanto fiquei pra trás, encostado no meu carro. Vi quando Hayley parou e me olhou, ela parou de sorrir e se virou em minha direção. Cruzei os braços e esperei Hayley vir, foi o que ela fez.

- eu sei que não gosta da Freya, sei que não está feliz com ela aqui, e que queria que tudo voltasse ao normal. Mas... ela não tem culpa, seu pai foi um babaca por abandonar a própria filha. Então, faça o que faz comigo, finja que gosta da minha presença ou nem fale com ela, como faz comigo.

Ela deu as costas sem me dar chance de dizer algo, e eu nem quis dizer, não tenho o que dizer. Hayley sente que eu à odeio mas é óbvio que não é verdade, eu não odeio ela, eu só tenho dificuldade em demonstrar.

Assim que desci as escadas vi os três conversando como se fossem amigos a muito tempo e nem se importam com minha presença, acho que os três estão fazendo a porra do jogo do silêncio comigo.

- Sammy, podemos conversar? - ele me olhou. - a sós.

- vem comigo, Freya. Vou te mostrar o seu quarto.

Esperei as duas saírem da biblioteca e me sentei no mesmo lugar que Hayley estava, de frente para o Sam.

- agora tá todo mundo me evitando?! Até você?

- não estamos te evitando, Dean. Só queremos fazer a Freya se sentir em casa, coisa que era obrigação do nosso pai. Ele abandonou ela!

- ele teve os próprios motivos.

- acha isso certo então? Abandonaria seu filho?!

- ele não abandonou, ele só livrou ela da merda de vida que temos, então sim, eu faria isso se livrasse meu filho disso tudo.

- ele não livrou ela de nada! Freya se tornou caçadora como nós.

- isso porque nossa família é amaldiçoada! Se você nasce um Winchester você automaticamente está amaldiçoado e cedo ou tarde vai se tornar caçador. Por isso eu não queria meu filho perto de mim, eu tinha esperanças de que longe de mim essa criança poderia ter uma vida diferente da quase tivemos.

- Dean, é nossa obrigação cuidar desse bebê, ele é... é a continuação do nome da nossa familia, o seu primogênito. Eu sei que pode ser assustador mas eu estou muito feliz de saber que você vai ser pai.

- porque?!

- porque você merece uma segunda chance.

- segunda chance pra que?!

- pra ser feliz. - olhei para o lado vendo Hayley passando indo em direção a cozinha. - deveria pedir desculpas pra ela. Você foi um imbecil gritando daquela forma!

- eu estava irritado!

- mas a Hayley não tinha culpa, ninguém tem culpa de nada disso. Acho bom falar e se desculpar, a Hayley não pode passar por estresse e você deveria apoiar mais ela, ser mais gentil.

- o que quer que eu faça?!

- que tenha mais paciência com a Hayley. - suspirei pesado olhando pra mesa por alguns segundos enquanto fico pensativo. Suspirei pesado e me levantei da cadeira. - aonde você vai?

- conversar com a Hayley. - fui pra cozinha atrás da Hayley, ao entrar à vejo de costas fazendo sanduíches. - Hayley. - ela me olhou por cima do ombro mas não deu muita importância, apenas voltou a fazer os sanduíches. - podemos conversar? - ela não me deu atenção. - eu sei que está brava comigo, pela forma como falei com você. Eu... eu... - suspirei pesado. - Hayley, eu fui um babaca, tá legal? Um tremendo babaca.

- que bom que sabe.

- tá, mas eu quero conversar. - parei ao lado dela tentando ter sua atenção. - quero pedir desculpa.

- só está fazendo isso porque Sam pediu, ou realmente está arrependido?!

- eu estou arrependido, é sério. - segurei sua mão para virá-la em minha direção. - eu estou sempre brigando, te tratando de forma injusta. Estou descontando minhas raivas e frustrações com você, isso não é justo com você, Hayley. Eu só... eu peço um pouco de paciência. Eu sou resmungão, chato e muitas vezes um porre de aguentar, eu sei, mas... eu quero ser melhor pra gente poder ter uma boa convivência e você não passar por coisas ruins na gravidez.

- está falando sério?

- sim, lobinha. Nós tivemos um começo tão bom, conversamos e rimos juntos, acho que podemos voltar a isso. O que acha?

- é, podemos tentar. - ela sorri pegando minha outra mão e me olha no fundo dos olhos. - você é um bom homem, Dean. Nunca se esqueça disso. Você não é o seu pai, é melhor que ele. Você cuida de todos nós, cuida do seu irmão, cuida de mim e do nosso filho... você é um bom homem.

Ela me puxou para um abraço apertado, meus braços rodearam sua cintura e o apertei contra meu corpo, sinto o cheiro bom dos seus cabelos e isso me acalma.

Hold Me? | Dean WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora