Vidas Cruzadas

Capítulo 34

Oi gente boa!

Passando só pra avisar que nesse não teremos mídia, tá complicado pra achar, tempo tá curto.

Espero que gostem, e boa leitura 😘

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Giovanna

Maya já estava em casa e se recuperava bem. Se não fosse o gesso rosa, ninguém diria que essa garota tinha passado por cirurgia. Corria pela casa toda e não deixava a irmã em paz.

— Cadê a Lili mamãe?

— Tá na escola amor. Come sua frutinha, daqui a pouco tem que tomar o remédio.

— Eu quelia bincar na ecola, não quelo aqui.

— Como que vai para a escola com o bracinho assim? Não pode.

Maya não me deixou trabalhar um minuto se quer na parte da manhã. Fez todo tipo de birra. E eu que não tinha dormido bem a noite, já estava perdendo a paciência.

— Filha, eu preciso trabalhar amor, vai com a Lídia, toma seu banho e fica assistindo até a hora do papá.

— Não quelo a Ídia. Só quelo voxê. Colinho mamãe — Me agarrava pelas pernas, com o braço bom.

— Deixa Lídia, ajuda a Luci que eu dou o banho e depois desço pra dar almoço.

— Qualquer coisa a senhora me chama. Tá melhor do enjoo e da tontura?

— Tô, foi só uma queda de pressão.

Lídia desceu e eu fui dar banho na minha mini terrorista, que não parava um minuto se quer. O banho era uma das partes mais chatinhas. Não podia molhar o gesso de jeito nenhum.

— Sossega, deixa mamãe terminar seu banho.

— Mamãe, vai demolar po Bento xaí da xua baiga?

— Vai demorar um pouquinho, você quer conhecer o irmão? Vai ajudar a mamãe cuidar dele?

— Eu já conhece o imãozinho.

Aquela certeza dela de que tinha conhecido o bebê, muitas vezes me amedrontava.

— Mamãe, Bento vai xair como da baiguinha?

— O médico vai fazer um corte na barriga da mamãe e vai tirar o bebê. Depois ele vai colar a barriga de novo. Olha aqui a marquinha de quando você e Lili saíram da barriga da mamãe — Mostrei minha cicatriz para ela, que ficou espantada.

— Vai doer mamãe? Voxê vai cholar muto? Eu não quelo que Voxê chola.

— Não vida, não dói, mamãe toma um remedinho pra não doer, tá bom? Agora vem, vamos sair, acabou.

Coloquei a fralda e um shortinho. Tava calor e decidi deixar sem blusa mesmo. Estava perto da hora do almoço e Lia chegaria da escola com Alexandre.

— Dona Giovanna, doutor Alexandre ligou dizendo que vai atrasar. A professora da Lia chamou ele pra conversar.

— Como assim? Aconteceu alguma coisa com ela? Por que ele não me ligou?

— Ele disse que ligou, mas a senhora não atendeu. Lia tá bem, isso ele falou.

— Desce com a Maya e vai dando o almoço dela, vou tomar meu banho e desço.

— Não, eu quelo fica aqui mamãezinha. Eu vou compotar julo de dedinho.

Tomei meu banho sendo bombardeada de perguntas. Maya perguntava algumas coisas óbvias e outras nem tanto.