Capítulo 31

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Alexandre

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Alexandre

 
Cheguei na recepção atordoado, quando me avisaram que Giovanna estava na recepção com nossa filha, logo imaginei ser Lia, que passou o dia inteiro enjoada.
 

Cheguei onde elas estavam, e fomos direto para minha sala. Giovanna estava séria, talvez preocupada com nossa princesa, que estava com febre.
 

— Amor, ela tomou alguma coisa? Deram banho frio? — Enquanto perguntava, retirava toda a roupinha de Lia para verificar as manchinhas vermelhas que Giovanna havia citado.
 
— Tomou antitérmico e banho gelado, tudo que podia ser feito em casa foi feito. Se eu estou aqui, é porque foi necessário.
 

Era ríspida em suas respostas, eu não estava entendendo esse comportamento dela, me tratava como um estranho qualquer, nem parecia a minha mulher.
 

— Amor, o que foi? Provavelmente é só uma alergia, nós vamos cuidar, não precisa ficar assim.
 
— Por que você não atendeu a Luci? Te ligou mil vezes, preocupada com a febre da Lia.
 
— Desculpa vida, saí morto de uma cirurgia, apaguei lá no descanso, não escutei o telefone tocar.
 
— Seu descanso devia tá muito interessante, sua filha passando mal, eu presa no trabalho e você descansando, com quem sabe la quem — Ela estava a ponto de chorar, eu conhecia de longe. O lábio ficava trêmulo, quando estava perto de explodir.
 
— Do que você tá falando? Que conversa é essa de "com quem sabe quem"? Eu tava dormindo Giovanna, você escutou o que eu disse?
 
— Vai ver o que a menina tem, minha filha é mais importante do que qualquer besteira que você tenha feito.
 

Eu ainda não tava entendendo do que essa mulher tava falando, os hormônios da gravidez, estão deixando Giovanna louca.
 

Fui colher o sangue de Lia, para ver o que poderia ser, e como imaginei, era alergia. Muito provavelmente ao corante usado no batom, já que ao redor da boca começava surgir diversas bolinhas.
 

— Vou pedir um teste de alergia pra ver logo todas as possíveis alergias que ela tem. Vem comigo.
 
— A baiguinha papaizinho, tá dodói ati — Meu bichinho manhoso, ficava pior quando doente.
 
— Papai vai dar o remédio pra sarar o dodói amor. Vamos à sala do tio Felipe pra fazer o teste.
 

Fui com Lia no colo, até a sala do doutor Felipe, quer era o alergista do hospital. Ele fez todos os testes, e descobrimos duas alergias a medicamentos, que desconhecíamos, alergia a camarão e a corantes, que certamente foi o motivo de todo esse transtorno.
 

Felipe aplicou uma injeção com ação imediata e uma outra injeção para o enjoo. Voltamos para minha sala, e logo ela adormeceu no meu colo.
 

— Veio dirigindo?
 
— Sim. Me dá ela aqui, precisamos ir para casa — Giovanna não me olhava diretamente, e eu nem sabia por qual motivo.
 

Deitei Lia no pequeno estofado que tinha na sala, e fui tentar entender toda essa confusão.
 

— Me fala o que tá acontecendo, por que você tá agindo assim comigo?
 
— Quem não te conhece, que te compre. Não se faça de sonso Alexandre.
 
— Parou a palhaçada Giovanna, to perdendo minha paciência, se eu fiz alguma coisa e você quer me acusar, vai em frente, mas não fica agindo como se eu soubesse do que você está falando, porque eu não sei — Me alterei mais do que imaginava — Os olhos dela, brilhavam com as lágrimas que se formavam.
 
— Pergunta para aquele projeto de piranha, com a cabeça de fogo, que fica descansando com você. Agora sai da minha frente — Me empurrou com o rosto, marcado de lágrimas e foi pegando Lia no colo.
 
— Quem? Que piranha? Amor pelo amor de Deus, eu só quero entender. Me dá ela, levo vocês no carro.
 
— Me deixa, não sou nenhuma inválida, carreguei duas a vida toda, não me venha bancar o super macho. Volta lá pra sua caminha, com a Marininha, vagabundinha — Foi andando pelos corredores do hospital, e eu a seguindo desesperado sem entender porra nenhuma.
 
— O que tem a Marina? Amor, para, o que tem Marina com essa história toda?
 
— Não era com essa piranha que você estava descansando? Então me deixa, volta pra lá, volta a fazer o que você sempre fez, mas não ache que eu sou a Karen, que vai aceitar suas mentiras, suas canalhices Alexandre.
 
— Sai desse carro agora, você não vai dirigir nervosa desse jeito, com minha filha sozinha no banco de trás e com meu filho na barriga.
 
— Não me venha bancar o homem do ano — Arrancou com o carro, me deixando sozinho naquele estacionamento.
 

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