Capítulo 25

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Voltando antes do que imaginava para agradecer os 10k 🫶

fico muito feliz com cada interação, cada pedido, cada elogio, cada debate.

Espero que gostem, boa leitura!

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Narrador

Apesar da conversa madura e pacifica que Giovanna e Alexandre tiveram, as coisas não estavam 100%. Giovanna tinha ficado magoada. Tinha idealizado a volta de Alexandre como algo muito especial, que viveriam dias incríveis em família, como por algumas vezes combinaram.

Esse desentendimento desalinhou totalmente tudo o que tinha planejado. A atitude dele também despertou nela uma pequena insegurança, não sabia se a relação estava tão segura como imaginava, já que um simples almoço de trabalho causou todo esse imbróglio.

O clima em casa não era ruim, mas depois da ligação da delegada, tinha ficado tenso. Alexandre tentava se distrair com a rotina das meninas, mas não largava o telefone. Giovanna por sua vez tentava trabalhar do quarto, e não largava a garrafa de café.

— Chega amor, já é a segunda garrafa que você tomou. Isso vai te fazer muito mal. Come alguma coisa.

— Tô ansiosa, não consigo me concentrar em nada pensando nessa prisão — Andava de um lado para o outro.

— Depois de tanto café que você tomou, não vai desligar tão cedo. Senta para almoçar, só você não comeu ainda. Eu fico com você aqui.

— Não precisa, fica lá na sala com as meninas, se não daqui a pouco elas entram aqui e a professora não consegue fazer uma lição.

Alexandre concordou e meio sem jeito deixou um beijo no topo de sua cabeça. Ele estava respeitando o tempo e as vontades dela, não queria ser invasivo ou inconveniente.

Passaram o dia a espera de uma ligação de Helô, mas não aconteceu. Para tentar tirar esse assunto de foco, decidiram ver um filme com as filhas, antes de dormir.

Alexandre abriu todo o sofá, transformando-o quase em uma cama de casal, desceu as cobertas, ligou o ar e trouxe a pipoca.

Maya deitou logo do lado dele. Lia como sempre escolhia a mamãe, porque quando o soninho tivesse chegando, a mãozinha ia direto por baixo da blusa, para apertar o seio de Giovanna.

— Lili já ta ficando com sono, olha a mãozinha aqui. Maya ta ok?

— Essa aqui vai até o final do filme, pode apostar. Vai subir?

— Agora não, deixa ela dormir pesado que eu boto na cama.

Lia, já não se importava mais com o filme. Enquanto todos prestavam atenção na menina que se transformava em um panda vermelho, Giovanna sentiu o seio ser sugado.

— Lia, que isso? Amor, não tem mais leite no tetê da mamãe filha. Solta.

— Mas eu quelia — Deu mais uma sugada, dessa vez forte.

— AI! — Giovanna falou mais alto, tirando o rosto da filha dali. — Assim faz dodói na mamãe. Se você quiser tem leite no copinho.

— Não quelo do copinho, quelo do petinho — O sono tinha deixado Lia extremamente irritada.

— Shilêncio no cinema — Maya pedia com toda razão.

Giovanna levantou com Lia e foram para a cozinha. Ela tentou de tudo, ofereceu fruta, suco, biscoito e nada. Até bolo de chocolate entrou na oferta e não teve negociação.

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