Capítulo 39

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Giovanna Tentei por várias vezes ligar para o Alexandre e não consegui

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Giovanna
 
Tentei por várias vezes ligar para o Alexandre e não consegui. O telefone de ninguém pegava. As notícias no jornal, era de uma instabilidade na telefonia e na internet.
 
No domingo logo pela manhã meu telefone tocou e quando atendi a ligação caiu, tentei mais algumas vezes, sem sucesso também.  
 
Decidi que não iria me consumir com essa situação, entreguei nas mãos de Deus e fui cuidar do que eu conseguia. Passei o dia sozinha com as meninas. Consegui ir à praia durante a manhã e no final da tarde fomos ao cinema assistir uma animação recém lançada.
 
A noite elas não deram trabalho para dormir, estavam cansadas demais. Eu também estava exausta, cuidar de duas crianças sozinha não é moleza. Tomei meu banho e desci para comer alguma coisa.
 
— O que você tá mexendo nas minhas panelas Giovanna? — Luci apareceu na cozinha me dando um susto.
 
— Meu Deus! Quer me matar criatura?
 
— Oxe! Eu mesmo não. Tá inventando o que aí nesse fogo? Saia vá, me diga o que tu quer que eu faço.
 
— É só um miojo, coisa rápida que passei o dia fora com as meninas.
 
— Que conversa de miojo o que. Sente aí que vou fazer um macarrão de gente. Aquele com molho branco que tu adora, lembra?
 
— Não acredito que você vai fazer meu macarrão essa hora da noite. Te amo demais meu amor — Abracei Luci, enchendo-a de beijos.
 
Ela fez o meu macarrão e sentamos para jantar juntas. Falei tudo que Alexandre estava aprontando na viagem, e ela só ria e defendia o safado.
 
Por fim o sono me venceu e me entreguei. Afinal amanhã era segunda e eu precisava cumprir toda a rotina das meninas. Principalmente a parte chata de acordar cedo, que na maioria das vezes, Alexandre que fazia.
 

☆☆☆
 

— Pala mamãe, não biga.
 
— Eu não queria brigar, mas já falei mais de três vezes que você não vai assim pra escola e você não obedece. 
 
— Eu quelo o papai. Papai bonzinho.
 
— Vamos logo, vem tirar essas melecas da cara. Hoje é com a mamãe, e se não obedecer fica de castigo você e seu pai, aquele safado, cachorro, sem vergonha.
 
Maya parou e ficou me olhando confusa, sem entender o meu pequeno surto. Limpei o rosto dela que estava cheio de maquiagem e descemos para o café.
 
Luci como sempre tinha preparado uma mesa cheia de delícias. Lídia chegaria mais tarde, então era somente eu que levaria as duas na escola.
 
— Vamos, vamos, beijo na Luci e escola. Hoje mamãe tem um dia cheio.
 
— Giovanna, e o doutor?
 
— Acredita que ainda não consegui falar com aquele safado? Mas deve chegar hoje ou amanhã.  Se ele chegar hoje me avisa, só volto para casa a noite.
 
— Bola mamãe, bola logo — Lia me puxava pela mão.
 
— Luci, avisa a Lídia pra pegar as meninas na escola, o dinheiro tá na caixinha. Tchau, beijo — Saí sendo arrastada porta afora pelos meus dois furacões.
 
Chegamos na escola e me despedi das duas. Avisei que seria Lídia que iria pegá-las e fiquei no portão vendo-as entrar.

 
Cheguei na clínica e Luísa veio logo atrás, para me passar a agenda de compromissos.
 
— Agora pela manhã tem a reunião com a Carla e Anderson. Após o almoço, reunião com o Murilo de São Paulo e Final da tarde a dona Selma vem para fazer o procedimento com você.
 
— Final da tarde? Caramba eu tenho um compromisso final da tarde. Não tem como remarcar?
 
— Infelizmente não, já remarcamos duas vezes. E ela só aceita fazer com você.
 
— Tá ok, então liga na Quality e pergunta se tem algum horário no início da noite com o Miguel. Preciso da minha massagem, esses dias estão estressantes.
 
— Imagino, eu vi na TV o marido da senhora resgatando as crianças. Foi lindo, mas muito perigoso.
 
— Nem me lembre disso Luísa, eu quero matar esse homem. Passei mal e tudo. Vamos trabalhar mulher.
 
Luísa saiu da minha sala e fui me preparar para as reuniões que iniciariam em alguns minutos.
 
A manhã passou que eu nem vi. Só me toquei que precisava almoçar porque Bento me fazia sentir muita fome. Pedi meu almoço para facilitar e tentei mais uma vez falar com meu digníssimo.
 
— Caramba! É de enlouquecer qualquer um essa falta de comunicação — Esbravejava sozinha.

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