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Acordo sentindo falta de alguém do meu lado, me levanto aos poucos e procuro Milene com os olhos.
— Linda? — vejo a luz do banheiro acesa e vou até o cômodo.
Assim que entro Milene está sentada no chão com a mão na cabeça.
— Amor, tudo bem? — me agacho perto dela.
— Acho que comi muito, meu estômago ficou ruim — me olha e noto sua cara de choro — Aí eu vomitei e depois me deu tontura
— Oh minha princesa, por que não me chamou? — beijo o topo de sua cabeça
— Não queria atrapalhar seu sono, parecia tão bom — fala baixinho
— Independente linda, você sabe que eu não me importo quando a questão é seu bem estar.
Ela me olha e dá um sorrisinho.
— Tá melhor?
— Um pouco, só porque ia comer a costela que meu sogro ia fazer — faz uma expressão triste — Agora não posso porque só o pensamento faz meu estômago embrulhar
Isso me tira um pequeno sorriso.
— Vem, deita um pouquinho. Vou cuidar de você — pego ela no colo e levo até nossa cama.
Deixo ela no quarto e desço pra pegar alguma coisa pra ela comer. No caso, algo leve.
Antes, escovo os dentes.
[...]
— Bom dia sogra, a senhora sabe o que é bom comer quando tá com o estômago ruim? — chego perto dela.
— Milene está passando mal? — concordo — Vou preparar algo pra ela e levo lá, tá bom?
— Obrigado — beijo sua testa
Assim que vou saindo encontro minha irmã e Lili juntas. Muito fofas.
— Dhio — chamo ela, a mesma vem na minha direção — Sobe um pouco lá no meu quarto, a Mi tá passando meio mal
— Aí meu Deus, é muito sério? — nego e ela concorda.
— Tio bigol? — Lili abre os olhinhos aos poucos — Bom dia — da um beijo na minha bochecha e as duas sobe.
Aproveito para conversar com Guilherme. Subo até o quarto dele e bato na porta. Se ele quiser pode trabalhar comigo lá no CT do Flamengo. Acho que vai ser bom pra eles.
— Posso entrar? — pergunto ele concorda.
— Tudo bem mano? — nos cumprimentamos com um aperto de mão.
— Tudo pô, queria bater um papo contigo sabe?
— Pode falar — a gente senta na cama.
— Bom, primeiramente queria dizer que eu sou seu amigo. Mesmo tendo pouco tempo de convivência — ele me olha atento — Gosto muito da Lili, e ver vocês dois nessa situação mexeu muito comigo. Com todos na verdade — concorda.
— Queria agradecer vocês, de verdade mesmo
— Não precisa, é de coração tudo isso. Queria te propor um negócio, mas antes, a Mi me falou que você tá meio inseguro e pá. Olha Gui, a Lili te ama muito sabe? Ela sempre fala muito de você, tipo, muito mesmo. E tudo que precisar eu vou estar aqui com vocês, independente de qualquer coisa — observo seus olhos lacrimejar— Então pra você não ficar tão longe dela, queria saber se você não topa trabalhar com a gente lá no CT do Flamengo?
Na hora que falo isso seus olhos brilham.
— Na moral mesmo? — afirmo — Pô cara, valeu de verdade. É óbvio que eu topo — nos abraçamos.
— Agora tenho outra pergunta, o que acha da minha irmã?
Ele fica meio assustado mas logo responde.
— Gosto muito dela, ela tem me ajudado bastante com a Lili nesses dias — fala sorrindo.
Saquei.
— Por que a pergunta? — olha desconfiado.
— Nada não pô, vou lá cuidar da minha dona — ele concorda sorrindo e vou até meu quarto.
[...]
— Amor, licença — Milene levanta rápido e vai até o banheiro vomitar.
Ela pediu pra que não visse ela desse jeito, tô respeitando. Mas é horrível ver ela assim.
— Amor, é melhor você ir no médico — digo enquanto ela volta pro quarto
— Relaxa meu preto, vai passar. Tá bom?
Concordo mesmo preocupado. O que custa ir no médico?
Vai que é algo sério.
É tanta coisa na mente que nem lembrei de falar, tô pensando em pedir a Mi em casamento. Tipo, a gente se ama e tem bastante tempo juntos, tudo certo né?
Vou organizar tudo assim que chegamos em casa.
Amo essa mulher.
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