Wade Corleone
_ Estou farto de ser o que limpa a sujeira dos outros. Cada vez que algum incompetente fracassa, meu pai acha que é minha obrigação terminar o trabalho. Enquanto espero o elevador subir, mando uma mensagem aos rapazes para ver se conseguiram alguma coisa com o último idiota. Assim que a porta se abre, entro no apartamento – mas algo está fora do lugar.
Um aroma de comida caseira invade o ar. Estranho. A senhora que trabalha aqui não viria hoje. O lugar está na penumbra, a TV murmura no fundo e há uma mesa posta. Por um instante, penso que entrei no apartamento errado. Cauteloso, saco minha arma, movendo-me silenciosamente até o cadeirão no canto da sala. Ali, uma jovem dorme de bruços, com cabelos caídos pelo rosto, totalmente alheia à minha presença.
Minha curiosidade me faz parar por um momento. Meu olhar percorre seu corpo – as pernas elegantes, a curva suave do quadril, até seu rosto meio oculto. Quem é ela? E o que está fazendo aqui? Me pego distraído, tentando imaginar quem seria essa garota, quando ela se mexe e seus olhos se abrem. O grito dela quebra o silêncio, uma explosão que ecoa pelo apartamento.
"Oh, meu Deus!" ela exclama, o olhar fixo na arma em minha mão. "Quem é você? Abaixe isso, por favor!"
Só agora percebo que ainda estou apontando a arma para ela. Sem baixar a mira, pergunto: "Quem é você?"
Ela ergue uma sobrancelha e vem até mim, com uma postura ousada que não combina com o medo que deveria estar sentindo. "Eu perguntei primeiro, então por educação, me responda!"
A audácia dela é quase cômica. Respondo com sarcasmo: "Você está na minha casa, garota, sou eu quem pergunta aqui. Quem você pensa que é?"
Ela revira os olhos. "Xingamentos não, por favor. Não sou eu que estou apontando uma arma."
Frustrado e tentando manter a paciência, aproximo-me dela, abaixando um pouco o tom de voz. "A única coisa 'grosseira' aqui, minha linda, é algo que você não vê. E está abaixo da minha cintura." Lanço-lhe um sorriso provocativo, imaginando que ela finalmente recuaria.
Mas, em vez disso, ela cora ligeiramente, mas não desvia o olhar. "Escuta, seu babaca. Eu não sou qualquer uma, então não pense que pode fazer isso de novo. Se continuar, te acerto com uma flecha."
Minha paciência já era. "Você realmente não tem travão na língua, não é? Você tem ideia de quem sou para se dirigir a mim assim?"
Ela apenas vira as costas, murmurando para si mesma algo que não faço questão de ouvir, e some pelo corredor.
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Minutos depois, os rapazes chegam e me encontram no cadeirão, olhando fixamente para o corredor onde a garota desapareceu. Cirdan lança um olhar provocador. "Ué, Wade, decidiu fazer um turno como empregado hoje?"
Ignoro a piada e olho para Darion, tentando decifrar o que está acontecendo. "E então? Desde quando a 'filha da empregada' tem livre acesso à minha casa?"
Darion e Cirdan trocam olhares confusos. Cirdan ri. "Filha da empregada? Dona Consuelo nem tem filha..."
Darion arregala os olhos. "Espera. Acha que ela é... minha irmã?"
Minha expressão endurece. "Sua irmã?"
"O que você fez com a minha irmã, seu desgraçado?" Darion avança um passo, olhos faiscando.
"Nada. Mas devia ensinar alguns modos para essa sua irmãzinha," resmungo, cruzando os braços.
Darion bufa, a expressão severa. "Eu te conheço, Wade. Aposto que foi você quem começou."
Dou de ombros. "Eu só perguntei e ela simplesmente se recusou a responder. Isso é falta de educação." Lanço um olhar mortal para ele. "De qualquer forma, depois de comer, temos que conversar."
Darion balança a cabeça, claramente impaciente. "Olha, Wade, eu vou comer primeiro. Mas vou ver se minha irmã está bem."
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Depois do banho, visto uma calça de moletom cinza, sem camisa, e deixo o cabelo molhado. Ao sair, dou de cara com Darion, que está saindo do quarto da irmã. A garota me irrita como ninguém, mas admito que cozinhou bem. Sento-me na mesa, e finalmente Cirdan quebra o silêncio.
"Então, Wade, o que descobriu?"
Eu me encosto na cadeira. "O chefe da outra facção está na cidade. Tem passado tempo em um dos clubes de striptease que controla por aqui. Mas ele jura que não tem nada a ver com o desvio."
Darion esfrega o queixo, pensativo. "Mas o último que interrogamos disse que foi ele o responsável por planejar o desvio."
"Algo não está certo," continuo. "Parece impossível que ele arriscasse uma guerra com meu pai assim, do nada. Mas o carregamento sumiu, e temos certeza que não fomos nós que erramos."
Darion bate na mesa, frustrado. "Se ele não está por trás disso, então quem está? Há algo que estamos ignorando."
"Exatamente. Temos informantes dizendo que outros dois carregamentos nunca chegaram ao destino, mas nem sequer saíram do armazém." Cruzo os braços, pensativo. "Alguém está tentando manipular os dois lados. E se continuarmos assim, vão conseguir o que querem."
Oii gatas, espero que tenham gostado do capítulo de hoje. Deu muito trabalho para escre- ló e se vocês quiserem mais um capítulo então votem e comentem o bastante.! Bjs.😘✌🏾
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SWEET BITTER.(+18)
FanfictionAyla e Wade representam dois mundos opostos que, ao se cruzarem, criam uma dinâmica intensa e cheia de conflitos. Ayla, com sua força e determinação, é impulsionada por um ideal de justiça e a esperança de um futuro melhor. Wade, por outro lado, car...