Capítulo 29

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Não consigo acreditar no que acabou de acontecer. Eu matei um homem pela primeira vez, e um estranho mal-estar toma conta de mim. Sei que foi necessário; eles poderiam ter matado Wade, e entrei em pânico. Agora não sei o que fazer, principalmente com ele desacordado e tão difícil de levantar. É como se o Wade fosse feito de blocos de concreto...

Desesperada, peço ajuda e logo o segurança do prédio vem correndo para nos auxiliar a levar Wade até nosso apartamento. Evito chamar Cirdan ou meu irmão, porque, se Darion descobrir que estou com Wade, isso pode me complicar ainda mais. Assim que chegamos ao apartamento, levo-o direto para o meu quarto e o coloco na cama.

Começo a tirar sua camisa, suja de sangue, e cuido de seus ferimentos com todo o cuidado possível. Por um momento, perco-me observando seu rosto. Ele tem um charme intenso, como se fosse um daqueles deuses da tentação. Seu cabelo preto rebelde e as tatuagens pelo corpo todo explicam o fascínio das garotas da universidade. Respiro fundo. Não posso me apaixonar por ele. Lembre-se, Ayla: ele tem noiva, repreendo-me. Sacudo a cabeça e vou tomar banho para afastar os pensamentos e o cansaço que sinto.

Depois, decido preparar um caldo para ele – uma receita da minha avó, eficaz para recuperar as forças, mesmo que o sabor não seja lá o melhor. Coloco uma música para me distrair enquanto preparo o caldo, tentando afastar as lembranças perturbadoras do confronto. Ainda assim, não consigo deixar de pensar no que aconteceu. Porque ele tinha uma arma no carro? Quem eram aqueles homens? Talvez nunca tenha essas respostas.

Enquanto termino a sopa, me viro e tomo um susto ao ver Wade sentado, me observando. Lançando-lhe um olhar de reprovação, pergunto por que saiu da cama se não parece nem perto de estar bem. Vou pegar o prato para servi-lo, mas, ao me virar novamente, percebo que ele está bem próximo de mim, e sem camisa. Meu coração dispara, o corpo reage como se eu não tivesse controle.

Wade: “Já te disseram o quão incrível você fica com esse pijama? É quase impossível tirar os olhos de você, vestida assim.” Ele se aproxima ainda mais e, antes que eu perceba, sinto o calor de um beijo suave no meu pescoço, causando um arrepio. Suas mãos seguram minha cintura, me puxando para mais perto, e seus lábios finalmente encontram os meus em um beijo profundo e demorado.

Sem interromper o beijo, ele me ergue, e eu, sem resistir, enlaço minhas pernas em sua cintura enquanto ele me coloca no balcão da cozinha, beijando meu pescoço com intensidade. Ele realmente sabe como me deixar sem fôlego.

Ayla: “Wade, por favor, pare. Ainda podem nos flagrar aqui; meu irmão e Cirdan podem chegar a qualquer momento. E você ainda não está bem – volte para a cama agora, seus ferimentos precisam de cuidado.” Faço força para me afastar, resistindo à tentação daqueles braços fortes.

Wade: “Tá bom, mas só se você me prometer que vai me dar toda a sua atenção. E já que você está me oferecendo um prato de sopa, acho que prefiro que me sirva na boca. Estou muito fraco, sabe?” Ele sorri de um jeito provocador, o que me faz revirar os olhos.

Ayla: “Não seja ridículo, Wade. Aqui está o seu prato.” Pego meu celular e percebo que ainda não respondi à mensagem de Henrique. Quando tento responder, Wade agarra meu celular com força, me assustando.

Ayla: “Devolve, Wade. Esse celular é meu e você não tem direito nenhum sobre ele.” Percebo sua expressão mudando, seus olhos se tornando mais escuros e sua mandíbula travada, revelando a raiva. Como ele pode ser tão possessivo?

Wade: “Então vai responder mesmo essa mensagem?” Ele alterna o olhar entre mim e o celular, apertando-o com tanta força que temo que o quebre. Respondo que sim, e que ele não tem o direito de impedir. Em um só movimento, ele me coloca sobre o ombro, carregando-me até o quarto. Me debato, protestando para que ele me solte, até que recebo um tapa em cheio na bunda.

Wade: “Se você reclamar mais uma vez, ou tentar qualquer gracinha, saiba que quem vai sofrer as consequências será sua bunda. Entendido, bonequinha?” Ele fecha a porta, me observando com um sorriso desafiador, como se esperasse que eu o provocasse.

Ayla: “Onde é que eu vou dormir? Posso ao menos ir para o meu quarto?” Tento manter a calma.

Wade: “Você vai dormir aqui comigo. Essa cama é suficientemente grande para nós dois. Agora, já que não tem mais perguntas, sugiro que durma.” Ele lança um olhar provocador, e sinto o coração acelerar outra vez. “Claro que, se quiser, posso te fazer dormir como um anjo... é só pedir, bonequinha.”

Respiro fundo. “Tudo bem, mas com algumas regras. Primeiro, nada de me encostar. Segundo, nada de mãos bobas. E terceiro, vamos colocar algumas almofadas para dividir a cama.” Cruzo os braços, tentando ignorar o olhar intenso que ele me lança.

Wade: “Como quiser, minha senhorita mandona. Mas saiba que eu estava esperando dormir de conchinha, viu?”

Ayla: “Sonhe, Wade. Isso nunca vai acontecer.” Lanço-lhe um sorriso de provocação, aproveitando a oportunidade para ver se consigo ferir um pouco o ego dele. Coloco as almofadas entre nós e deito, torcendo para que a noite passe rapidamente. Que Deus me ajude a não ceder à tentação que é Wade Corleone.

Wade: “Durma bem, bonequinha... e tenha bons sonhos. Aposto que, lá no fundo, sabe que ainda vai me pedir para tirar essas almofadas...”

Reviro os olhos e fecho os olhos, mas sei que não será fácil dormir ao lado dele. Essa noite promete ser longa, e não consigo evitar o pensamento de que ele, com certeza, ainda vai acabar comigo.

Oiiiiiie gente boa, espero que estejam gostando da caminhada do livro e que tenham amado o capítulo de hoje.

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SWEET BITTER.(+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora