Capítulo 26

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Wade Corleone:

— Para com as perguntas e vamos andando, Ayla Carpenter. Pelo menos uma vez na vida, faz o que eu mando sem questionar nada — solto um suspiro profundo. Mal entramos e ela já está me bombardeando com perguntas.

Ayla: — Mas que merda, Wade! Você não vai me responder, não? Me traz a esse lugar estranho e ainda diz que tenho que me acalmar e te obedecer!? Onde, afinal, é que nós estamos?

— Olha só, agora você fala palavrão. Eu sabia que andar com o Cirdan não era uma boa ideia. Tenta manter a calma, vamos logo — abro a porta para ela entrar, mas mesmo assim ela hesita.

Xxx: — Boa tarde, senhor Wade. A que devemos a honra da sua presença em nosso clube?

— Como se vocês não soubessem — respondo, mantendo o tom sarcástico ao dizer "minha querida Caroline".

— Como quiser, senhor Corleone — ela diz com aquela voz afetada que só quem quer se exibir faz.

Ayla: — Estou bem aqui, sabia? Se é para isso, melhor arranjarem um quarto só para vocês — digo, revirando os olhos, já cheia disso tudo. Mas, de repente, sinto um tapa na minha bunda, e Wade me prende em um falso abraço.

— Me desculpa, meu amor. Inclusive, nosso quarto já está pronto, caso você queira dar uma passadinha por lá agora — digo ao pé do seu ouvido, em tom alto o suficiente para a gerente ouvir também.

Vejo a mulher ficar sem jeito, endireitando a postura e agindo como se nada tivesse acontecido.

— Me desculpe, senhorita. Não sabia que era a noiva do senhor Wade. Por favor, acompanhem-me até o seu quarto — diz ela, com uma expressão quase cômica de arrependimento.

Eu sorrio e sussurro no ouvido de Ayla que esse é o castigo dela por ter revirado os olhos na minha frente. Ela engole seco e, hesitante, me pergunta:

Ayla: — O que é que realmente viemos fazer aqui, Wade? Sem enrolação, apenas responde.

— Bom, bonequinha, te trouxe aqui para você treinar arco e flecha à vontade, como você sempre quis. Então, aqui estamos nós — falo, vendo seus olhos brilharem ao ouvir isso.

Ayla: — Eu não estou acreditando! — digo, emocionada, sem perceber que acabo abraçada nele. Deus, como ele cheira bem. As borboletas no estômago voltam com tudo, me forçando a me afastar um pouco.

— Muito obrigada pelo que você fez, Wade. Foi gentil da sua parte me trazer até aqui — digo, nervosa, limpando as mãos na coxa.

— Não esperava esse gesto, mas não é necessário agradecer, bonequinha. Eu faria qualquer coisa para te manter longe daquele desgraçado do Nikolas — respondo com uma certa raiva só de lembrar dele.

— Me diz, Ayla, você gosta desse tal de Henrique? Estou ansioso para saber disso. Gostaria de ouvir da sua boca...

Ela fica em silêncio e hesita. Isso já é resposta suficiente. Decido deixá-la sozinha para se trocar e a espero lá fora.

Ayla: — Wade, espera. O Henrique foi meu primeiro crush, a primeira pessoa por quem me apaixonei, e vê-lo agora, depois de tanto tempo, deixa tudo confuso. Mas sei que nada disso vai mudar alguma coisa. Eu não sei como vocês se conheceram, nem por que o chamam de Nikolas, mas ele não é quem vocês pensam. Eu o conheço...

SWEET BITTER.(+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora