♦ Capítulo 11♦

136 11 2
                                    

---

Ayla Carpenter:

Já se passaram alguns dias desde que o Wade decidiu fazer da minha vida um inferno ainda maior. Os rapazes se deram bem com a Nádia, que agora já não sai lá de casa – falta só levar as malas. Hoje teremos uma aula diferente de Economia. Vamos para a sala de conferências, e todos os alunos de Economia estarão presentes. Como gosto de ficar em paz, escolho o último assento e me sento, enquanto os outros alunos vão ocupando seus lugares, até que vejo o rapaz que conversou comigo no outro dia.

Matteo Cruz: Oi! Posso sentar aqui? Ou está ocupado?

Ayla: Claro que não, pode se sentar aqui. Já agora, não me apresentei... Meu nome é Ayla Carpenter. E, mais uma vez, desculpa pelo comportamento do meu irmão. Ele é um pouco ciumento quando se trata de mim.

Matteo Cruz: Que nada, eu entendo como é isso... Amor de irmão dá para entender. Mas isso não vai me afastar de ti, pois não, né?

Ayla: Claro que não! – respondo, um pouco envergonhada, reparando bem que ele é muito mais bonito do que eu pensava. Seu cabelo loiro e olhos azuis, rosto bem definido, parecem daqueles galãs de filmes românticos. Mas me pergunto: como é que um cara como ele se interessou por mim? – Bom, acho que a aula vai começar – digo, ficando ainda mais envergonhada.

Matteo: Eu perguntei se você poderia me passar seu contato, mas você estava tão longe daqui... Falei algo que não caiu bem?

Ayla: Não! Eu posso te dar, sim, o meu contato. Está aqui. Depois é só mandar uma mensagem para saber que é você.

Wade: O que é que esse idiota tá fazendo aqui?

Ayla: Por favor, não quero confusão hoje, ok? Ele veio se sentar aqui. Eu é que pergunto o que você está fazendo aqui.

Wade: Não sei se a tua lerdeza está em qual grau, princesinha, mas aqui é uma aula de Economia para todos os alunos, já que estamos em uma sala de conferências. – Ele fala com um tom de sarcasmo, revirando os olhos.

Matteo: Quem você pensa que é para tratar ela desse jeito?

Wade: Bem, depende do que você quer saber. Eu não preciso ser exatamente alguém, mas te garanto que não vais querer cruzar o meu caminho. Agora, para de se armar o herói ou merda alguma e vaza daqui antes que eu perca a paciência contigo, playboy.

Ayla: Não fala assim com o Matteo. Ele vai sentar aqui; você é que deveria sair. Sua presença não é bem-vinda. – Digo com uma certa frustração, olhando no fundo dos olhos de Wade, que escurecem ainda mais. É bem visível a raiva crescendo dentro dele.

Nádia: Nossa, que tensão é essa? A aula já vai começar, pessoal. O que é que se passa aqui? Ahm, Ayla, seu irmão pediu para te dar um recado, já que você não atendia o celular. Dá licença, Wade, eu preciso passar... Eu hein, ficar no meio desse barraco todo.

Ayla: Obrigada, amiga. Eu depois vou retornar as chamadas. Só que agora o Wade vai sentar em outro lugar e o Matteo vai ficar aqui. Não tenho mais o que falar! – Vejo a postura de Wade mudar, e ele vai se sentar ao lado da Nádia. Não entendo esse garoto... Não vai me deixar em paz por causa daquele dia. Deixo meus pensamentos longe e me foco na aula, embora fique complicado prestar atenção, porque de um lado tem o Matteo e, do outro, o olhar frio e raivoso de Wade, que está direcionado para mim e para o Matteo.

Chegamos ao fim da aula. Finalmente terminou! Foram duas horas de muita tensão, e eu preciso respirar um pouco, sair do lado desses dois.

Matteo: Bom, eu já vou. Tenho treino de natação daqui a pouco. Caso você queira aparecer, estarei à tua espera.

Ayla: Tá bem, obrigada pelo convite. Verei se consigo aparecer, tudo bem?

Matteo: Tudo, então fico à tua espera!

Nádia: Amiga, me conta tu-do! Como assim, esse cara que parece modelo de capa de revista veio até você?

Ayla: Nossa, kkk, para com isso! É uma história bem engraçada, mas eu vou contar. Então, era o meu primeiro dia de aula, e eu fui ver o treino dos rapazes. Estava distraída, e ele chegou, né, perguntando se podia se sentar. Eu disse que sim, aí ele se apresentou, e no momento que fui falar, o meu irmão teve um ataque de ciúmes, me tirou de lá e ficou a conversar com o Matteo e...

Eu me calo, porque vejo o Wade parar ao meu lado. Se bem me lembro, foi nesse dia que eu o vi no estacionamento, então me calo e digo por fim que foi só isso que aconteceu. Ainda consigo sentir o olhar do Wade sobre mim.

Sabe, amiga, acho que não tenho muita fome, então vou para a biblioteca estudar mais um pouco até a próxima aula. Nos vemos depois?

Nádia: Tá bom. Se passa alguma coisa... Você ficou meio estranha. – Ela diz, olhando para mim e depois para o Wade, que permanece calado até agora.

Ayla: Está tudo bem, sim. Não se preocupe. Qualquer coisa eu te ligo. Agora, beijos. – Eu me viro, deixando ela e o Wade para trás. Apresso meus passos, mas não é possível, porque meu corpo é puxado para uma sala escura. Tento gritar, mas é impossível por causa da mão que cobre minha boca... Ouço uma voz – aquela voz rouca que me causa arrepios involuntários e deixa meu corpo com sensações estranhas.

Wade: Espero que você não tenha falado mais do que devia. E que coragem é essa de querer me desafiar, hein? Perdeu o medo? Quando eu mando, é para você obedecer, entendeu, bonequinha? Não me faz passar raiva, porque só de você existir já é um problema, então se comporta, se quiser um pouco de paz. Tá me ouvindo bem? Eu não me importo com o que o seu irmão vai pensar sobre isso. Se for necessário, eu te mato e dou o teu corpo como comida para os tubarões.

Tiro a mão dele da minha boca, olhando-o com a maior raiva da minha vida.

Ayla: Eu te odeio tanto! Por que você insiste nessa tecla de que eu ouvi alguma coisa? Eu não ouvi porra nenhuma, tá bom? Já estou ficando farta disso tudo! E mais uma coisa: não se meta na minha vida! Não é você que diz com quem eu devo ficar ou não, e eu nunca tive medo de ti.

Sinto a mão dele apertando meu pescoço, cada vez mais forte. Bato no seu braço, luto para tentar respirar, mas não consigo. Olho em seus olhos, que estão carregados de raiva, até que sinto as lágrimas caindo no meu rosto e o ar ficando mais escasso. Quando estou quase fechando os olhos, finalmente recebo o tão amado oxigênio. Meu corpo todo treme, e as lágrimas não param de escorrer. Por fim, pergunto, tossindo sem parar:

Ayla: Por que você fez isso?

Wade: Eu fiz isso para você entender que, quando eu falo, eu faço. E, se você não obedecer, essas serão as consequências da sua teimosia. – Ele para e atende o celular. – Alô? O quê? Mas que porra! Como isso foi acontecer? Tudo bem, eu vou já pra aí. Sim, eu sei... Tá bem, depois nos falamos. – Ele me encara de volta. – Pega suas coisas e vem comigo. Sem perguntas, nem nada. Apenas anda e fica calada. Estamos entendidos?

Ayla: Sim. – Digo com um tom cheio de raiva, mas fico me perguntando quem ligou e por que ele ficou com mais raiva ainda.


Oiiii gatas, que capítulo senhor! Esse Matteo é bem corajoso kkkkk defendendo a caloura e assinando seu atestado de morte com o Wade.

Quem tem uma amiga como a Nádia aproveita, essas gostam de um bom babado ou barraco. Mas não se esqueçam de votar e partilhar, não sejam leitores fantasmas. Comentem o que vocês acharam sobre esse capítulo e até a próxima.😘✨

SWEET BITTER.(+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora