Capítulo 25

55 8 0
                                    

Wade Corleone:

Minha mente está um furacão nesse exato momento, perguntando-me como o verme do Nikolas se escondeu esse tempo todo e, ainda por cima, tem a audácia de ficar de gracinhas com a minha garota.

— Se continuar treinando desse jeito, você vai acabar passando mal. — Cirdan diz, tentando me alertar.

Realmente, estou treinando feito um louco, e ainda tem a questão desse jantar do meu suposto noivado com a Amara. Outro assunto que me deixa tenso, e, por mais que eu tente reclamar para o meu pai, isso é indiferente para ele. Pego meu celular e verifico as notificações. Aproveito para checar onde a Ayla se meteu — o localizador diz que ela está próxima a uma livraria, mas não consigo ouvir nada por causa do barulho dos tiros no estande de treino.

— Vocês acham que o Nikolas contou para minha irmã onde a gente se conheceu? — Darion pergunta, com uma expressão de dúvida.

— Acho que não. Ainda não estivemos com ele sem a Ayla por perto. Temos que resolver isso sem que ela saiba ou desconfie de nada. — Cirdan responde.

— Se você já sabia desse tal de Henrique, por que não disse nada antes, Darion? — pergunto, curioso.

— Porque eu nunca dei importância a isso quando a Ayla falava dele. Ela sempre dizia que era apaixonada, mas eu nunca vi o cara pessoalmente. — Darion responde, com um tom de desdém.

— Quer dizer que sua irmã ainda gosta dele? — pergunto, sentindo uma raiva inexplicável.

— Vamos manter a calma e pensar em como agir sem que a Ayla perceba. Se ela realmente gosta dele, estaríamos em desvantagem. E não vamos fazer nada que a coloque em perigo. Não sabemos se ele pretende usar a Ayla para nos atingir. — Cirdan pondera, tentando apaziguar a situação.

— Você tem razão. Temos que afastá-los o mais rápido possível. Só de imaginar que podem estar juntos já me dá nos nervos. — Darion completa, com um olhar sério.

— Cala a boca, Cirdan! Ela não gosta dele! — Digo, ao mesmo tempo que Darion, enquanto Cirdan sorri de canto, claramente provocando. Eu sei muito bem o motivo dessa provocação.

Precisamos estar atentos aos passos dos dois. Temos que nos antecipar a qualquer jogada desse desgraçado.

---

Ayla:

— Eu vou querer um hambúrguer com batatas fritas e um refrigerante light. E você, Henrique? — pergunto, entregando o menu ao atendente, que, por sinal, é bem bonito e não para de me olhar.

— Vou querer o mesmo que ela e um milkshake de chocolate. E, por favor, pare de olhar para ela como se estivesse sozinha. — Henrique fala, ríspido, sem esconder seu ciúme.

— Henrique, pelo amor de Deus, você está me envergonhando! Não tem problema ele gostar de mim. — tento amenizar a situação, mas não entendo esse ataque de ciúmes. Ele parece o Wade, só que menos agressivo.

— Desculpa, Merida, não foi minha intenção. Só não gosto que ele te ignore e ache que pode te conquistar assim. — Henrique responde, parecendo meio contrariado.

Decido não estender o assunto para evitar uma discussão. Não consigo comer muito, então vou até o banheiro e aproveito para conferir meu celular. Uma nova mensagem. Ah, não... não acredito que o Wade teve a coragem de me mandar uma mensagem agora. Melhor ignorar.

SWEET BITTER.(+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora