Capitulo 35

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Angelina

Depois de me aprontar com um vestido tubinho cor de vinho, um pouco curto de mangas longas, combinando com uma bota de cano baixo de salto fino, sigo no carro ao lado de Erick. Eu não faço a menor ideia para onde estamos indo, porém, espero estar de acordo para onde ele está me levando. Faz tanto tempo que eu não sei o que é me divertir, que confesso que estou um pouco ansiosa.   Após minutos intermináveis, vejo Erick estacionar o carro em uma rua movimentada, ele desce rapidamente e gentilmente abre a porta para mim. Percorrendo o caminho, percebo várias pessoas bem vestidas indo em direção a uma enorme porta de vidro, passando pelos seguranças. Erick coloca seu braço em minhas costas e seguimos para a entrada da boate, que revela ser luxuosa. Ao atravessarmos os seguranças, sou impressionada pela beleza do local, que não é apenas elegante por fora, mas também por dentro, com uma multidão de pessoas bem-vestidas e sofisticadas.

— Vamos procurar uma mesa na parte de cima — Erick me comunica bem próximo do meu ouvido, devido o barulho da música eletrônica. Apenas concordo com a cabeça e sigo com ele, que vai em direção a uma escada. Após subirmos, avistamos uma mesa com somente duas poltronas, com vista para a pista de dança na parte inferior, e logo fomos em sua direção. — Gostaria de beber alguma coisa?

— Sim. Uma Poncha.

— É pra já. — Erick se levanta, vai até um bar próximo, enquanto fico admirando o local, e observando as pessoas dançar alegremente. Como faz bastante tempo em que não frequento boates, há não ser para trabalhar como recepcionista, que acabo me sentindo um pouco estranha. — Aqui está, esse é para você e o outro para mim.

— Obrigada — pego a bebida de sua mão, e rapidamente tomo feito água, fazendo Erick ficar de boca entreaberta.

— Ok, é melhor nós irmos para pista dançar, antes que você fique bêbada. E não foi assim que a sua mãe me entregou você. — fala se levando, enquanto solta um sorriso.

— Dançar? Faz tanto tempo que eu não faço isso, que acredito que não saiba mais. — digo um pouco tímida.

— Nao se preocupe, eu faço você lembra — ele direciona a sua mão para mim, e logo a seguro.

Com nossas mãos dadas, desço com ele em direção a pista de dança, onde se encontra lotada. No meio da multidão, e com o som super alto, começo a me soltar aos poucos no ritmo da música. Deixo a música guiar o meu corpo, permitindo-me aproveitar o momento, como nunca mais havia feito. Pelo tempo que não sair como uma garota "normal", acabei esquecendo o quanto faz bem dançar. Erick se aproxima de mim, fazendo os nossos rostos ficarem próximos. Permito que ele guie o meu corpo com as suas mãos, fazendo eu fechar os meus olhos e apenas curtir a vibe contagiante. E assim que abro os meus olhos, o sorriso que estava em meu rosto acaba se desfazendo ao dar de cara com a pessoa que jamais pensei que fosse encontrar aqui, Caio.  Fecho e abro os meus olhos para certificar que não seja uma miragem, enquanto vejo ele me fuzilar com o olhar do outro lado da pista, aparentemente furioso. Fico sem saber o que fazer, e viro de frente para Erick, para que não perceba a minha indiferença. Tento continuar dançando normalmente próximo a Erick na tentativa de esquecer quem eu acabei de ver, mas os meus pensamentos acabam não deixando.

— Eu vou ao banheiro, retocar a maquiagem — falo em voz alta próximo do ouvido de Erick, devido ao som alto.

— Tudo bem, eu espero você aqui. — diz enquanto continua a dançar na pista.

Rapidamente vou a procura do banheiro feminino no meio da multidão, enquanto meus olhos procuram por Caio. Eu tenho certeza que eu o vi aqui, não é possível que eu esteja delirando com ele em meus pensamentos. Visualizo o banheiro feminino e, no momento em que me preparava para adentrar, sou bruscamente agarrada pelo braço e pressionada contra a parede com brutalidade.

— Me larga! — Grito, sem me importar com as pessoas, após ver quem é.

— Quem é aquele moleque com quem você estava se esfregando?  —Caio pergunta furioso, só faltando soltar fumaça pelo nariz.

— Não é da sua conta — Respondo, com o tom de voz sério

— Você vai embora daqui comigo, agora.  Precisamos ter uma conversa séria. —fala tentando me tirar a força, porém, consigo  tirar os seus braços de mim

— Não, nunca.  Eu não sou mais aquele objeto que você comprava e que poderia usar a hora que quisesse. E muito menos trabalho mais para Anita, e por isso você nunca mais me tocará —falo o deixando ainda mais irritado. Caio aproxima mais o seu rosto do meu, fazendo os nossos olhos se conectarem profundamente.

— Grava o que eu vou falar para você. Eu sempre consigo tudo o que quero, e não sei como, mas você vai voltar para mim custe o que custar. — sinto firmeza em suas palavras, me causando arrepios no corpo. Sem me importar com nada, empurro ele, e vou a procura de Erick.

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