Capitulo 43

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Angelina

Já se passaram alguns dias que estou tentando entender o que de fato Caio quer com a minha mãe. Ainda é difícil assimilar que foi pura coisa do destino que seja ele o empresário que minha mãe tanto falava. Desde o dia que encontrei Caio na sala de casa, tento fingir que está tudo bem na frente da minha mãe, mesmo não estando. Durante dias, fiquei pensando no que fazer para saber de toda a verdade, pois não posso permitir que ele faça com a minha mãe o mesmo que fez comigo. Através de suas atitudes, ele me mostrou que não existem sentimentos por outro alguém a não ser por ele mesmo, por isso, não posso ficar parada vendo minha mãe sair quase todos os dias, e criando sentimentos por alguém como ele.

Graças a Flávia que fez de tudo para conseguir o endereço da empresa de Caio, saio um pouco mais cedo da faculdade, e vou a caminho do local que fica um pouco longe do prédio da universidade. Eu preciso saber o que ele quer com a minha mãe, e impedir qualquer tipo de má intenção que ele tenha com ela. Depois de mais de trinta minutos no metrô, finalmente chego à rua mencionada por Flávia. Procuro o número correto e me surpreendo ao me deparar com um imponente prédio luxuoso, bastante movimentado. Respiro fundo enquanto encaro a edificação e, em seguida, sigo em direção à entrada.    Esbarrando em algumas pessoas bem trajadas que estão entrando e saindo, dirijo-me a uma recepcionista que também está muito bem vestida.

— Boa tarde. Gostaria de falar com o senhor Caio Mendes, por favor. — digo séria e direta.

— Você tem hora marcada com ele?

— Não.

— Então me desculpa. Mas o Sr Mendes só fala com quem tem hora marcada e isso quando ele quer. — diz tentando ser simpática

— Liga para ele. Fala que é a Angel que está aqui. Tenho certeza que ele irá me atender sem pensar duas vezes  — digo sério, fazendo a mesma pegar o seu telefone.

— Só um momento. — Acompanho o momento em que ela utiliza o telefone e conversa com outra pessoa. Ela menciona meu nome para quem está no outro lado da chamada, aguarda alguns instantes e, em seguida, encerra a ligação. — É na cobertura, é só seguir naquele elevador — sem dizer absolutamente nada, vou até o mesmo e subo seriamente.

Com os meus pensamentos à flor da pele, passo por vários andares, antes de chegar na cobertura. Após alguns minutos, o elevador se abre, e me deparo com uma mulher de óculos sentada atrás de uma mesa, provavelmente a sua secretária. Me caminho até ela, e antes de dirigir qualquer palavra a mesma, ela me informa que Caio está a minha espera. Com apenas um agradecimento seco, sigo em direção a única porta do andar e abro sem bater.

— Eu sabia que uma hora você viria até mim. Só não imaginava que seria aqui, no meu local de trabalho — Caio diz com um sorriso vitorioso no rosto. Vestido com uma camisa branca social aberta até o seu peitoral, e uma calça social preta que o deixa muito sexy por sinal — Ao que devo a honra da sua visita?

— O que você pretende estando com a minha mãe? —pergunto seriamente, sem demostrar nem uma gentileza

— O que eu pretendo? Bom, eu gosto da sua mãe. E Pretendo fazê-la feliz, como ela realmente merece — diz fazendo eu sentir vontade de vomitar com a tamanha cara de pau

— Mentira. Você é um mentiroso. — falo demonstrando raiva — A única pessoa que você realmente gosta é de você mesmo e de mais ninguém. Por isso vim aqui para exigir que se afaste dela. — digo fazendo ele soltar um sorriso e caminhar até  mim

— Por que eu me afastaria? Sua mãe e eu estamos nos dando muito bem, não vejo mal algum nisso. — diz enquanto seus olhos me percorrem

— Como não vê mal algum? Eu sou filha dela. E  nós dois...— dou uma travada antes de continuar — já tivemos algo

— Algo profissional — responde, fazendo eu segurar as lágrimas que não sei por qual motivo estavam querendo invadir os meus olhos —  Que inclusive se sua mãe souber, ficará bastante decepcionada com você. E tenho certeza que você não quer isso, não é mesmo? — me pergunta, fazendo eu ter medo só de imaginar minha mãe sabendo que um dia eu me prostituir para ajudá-la

— Eu não sei o que você pretende, mas eu juro que se você machucar a minha mãe, você irá se arrepender amargamente, pode ter certeza disso.

— Isso é uma ameaça? — pergunta com um olhar debochado

— Interprete como você achar melhor. — falo olhando profundamente em seus olhos. E no momento em que ia virar para sair, caio me puxa com tudo contra o seu peitoral e segura fortemente em meus braços.

— Eu não tolero ameaças, ainda mais vindo de uma garota feito você. — solto um sorriso sarcástico, sem me importar com a sua brutalidade

— É mesmo? — ergo um lado da sobrancelha perguntando — Eu estou poucos me importando com isso. — Saio de seus braços, após fazer força, e me encaminho até o elevador. Embora eu não saiba quais são as intenções de Caio em relação à minha mãe, não permitirei que ele a machuque. Estou disposta a fazer o que for necessário se isso ocorrer.

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