32 || O Lorde das Trevas Ressurge

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Fleur Delacour fora a primeira a sair da tarefa; logo após ela, Vítor Krum. O garoto fora enfeitiçado durante o percurso e voltou numa espécie de transe. Os dois foram levados para receber os devidos cuidados de Madame Pomfrey.

O tempo foi se passando cada vez mais, e nenhum sinal de Cedrico ou Harry. Passou-se uma hora; duas horas; três horas; quatro horas, e desde então, nada. A banda de Hogwarts tocava sem parar muito animada. Mas eu não estava com um bom pressentimento, embora todas as medidas de proteção estivessem sendo tomadas pelos professores, eu ainda sentia uma ponta de preocupação.

— Tudo bem, amiga? — perguntou Hermione ao perceber a expressão tensa em meu rosto.

— Sim, só estou... preocupada — respondi. — Eles estão demorando muito, não acha?

— É, realmente estão — concordou Hermione. — Mas disseram que essa seria a tarefa mais difícil, mesmo, eles devem estar procurando pela taça. Logo saberemos que um deles foi campeão e a nossa escola vencerá de qualquer forma! Se anime! — a garota entrelaçou nossos braços e sorriu para mim.

— É mesmo, você tem razão. — eu sorri de volta.

[...]

De repente, após um longo período de tempo, algo desaparta bem no meio do campo de quadribol; eles haviam voltado. A banda começou a tocar mais alto, as pessoas começaram a vibrar, gritar e pular comemorando. Mas havia algo de estranho. Por que os garotos não se levantaram do chão?

Então Cornélio Fudge se aproximou dos dois campeões e de Dumbledore, que estava cochichando alguma coisa com Harry. E foi assim que eu me inclinei um pouco mais para frente, que notei que Cedrico estava imóvel e mais pálido do que o normal. Eu gelei.

A banda silenciou e os gritos antes que eram de excitação se tornaram de apavoro.

"Ele está morto!", "Ele está morto!", "Cedrico Diggory! Morto!".

Eu fiquei petrificada ao ouvir o anúncio. Levei as mãos trêmulas à boca não acreditando no que eu havia acabado de ouvir. Olhei para o garoto sem vida mais uma vez antes dos meus olhos marejarem e então Hermione me abraçou apertado. Meu coração batia tão forte que qualquer um que encostasse em mim poderia sentir.

— É o meu filho! — gritava Amos Diggory em prantos apoiado no corpo do garoto. — Meu filho! Meu menino!

A mãe de Cedrico mal conseguia dizer alguma coisa; ela estava ajoelhada ao lado do garoto apertando uma de suas mãos contra o peito, enquanto chorava desesperadamente.
Isso fez com que eu desabasse.

[...]

O corpo de Cedrico fora recolhido. Os professores mandaram que voltássemos todos ao castelo com calma. E foi quando descemos da arquibancada, que senti a falta de alguém ali.

— Onde está o Harry? — perguntei apavorada.

— Vanessa, fique calma, ele deve estar na ala hospitalar. — disse Hermione.

— Então o que estamos esperando? — indaguei. — Vamos até lá!

Assim, eu Hermione, Rony, Gui e a Sra. Weasley nos dirigimos apressadamente à enfermaria. E tendo visto que Harry não estava lá, começamos incansávelmente a fazer perguntas à Madame Pomfrey.

Minutos depois, Dumbledore aparece na porta acompanhado de Harry. Todos se viraram abruptamente.

— Harry! Ah, Harry! — Molly deixou escapar um grito abafado. Ela fez menção de correr para o garoto, mas Dumbledore se colocou entre os dois.

– Molly – disse ele, erguendo a mão –, por favor, ouça-me um momento. Harry passou uma
provação terrível esta noite. Acabou de desabafá-la comigo. Do que ele precisa agora é de sono, paz e silêncio. Se ele quiser que vocês todos fiquem com ele – acrescentou o diretor, abrangendo com o olhar Rony, Hermione, Gui e eu –, vocês podem ficar. Mas não quero que lhe façam perguntas até que ele esteja pronto para respondê-las e, certamente, não será hoje à noite.

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