5 || O Prisioneiro de Azkaban

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– Você será o nosso novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas! Que incrível! – eu dizia feliz, quase saltando de alegria.

Dumbledore havia contratado o Lupin como novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, já que os nossos anteriores não eram... adequados, eu diria. Quirrel no primeiro ano, vivia sempre amedrontado. Tinha medo de seus alunos e de sua própria matéria. Mas no final das contas, carregava Voldemort na parte traseira de sua cabeça, debaixo do turbante que usava. Uma coisa muito estranha, pois ouvi dizer que seu Bicho Papão era o próprio Voldemort.

Ano passado, Gilderoy Lockhart. Famoso por suas incríveis aventuras no mundo bruxo, que, na verdade, eram todas falsas. Ele gostava de contar vantagem sobre si mesmo e se gabar para os alunos e professores. Não passava de um patife mentiroso. O coitado foi atingido pelo feitiço da memória que ele mesmo lançou, mas como era a varinha velha e quebrada de Rony, acabou surtindo efeito no próprio Lockhart. Ele foi internado no Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos.

– Vanessa, há outra coisa que preciso lhe contar. – continuou Lupin, num tom sério.

– O que aconteceu? – perguntei mudando a expressão feliz para apreensiva.

– Bem, imagino que você não tenha lido o Profeta Diário em sua versão mais recente, e... talvez não tenha visto que... – ele suspirou profundamente. – Sirius fugiu de Azkaban.

Naquele momento, eu senti como se o mundo tivesse parado para mim. Sirius Black havia fugido de Azkaban sozinho e sem nenhuma ajuda. Se formou um enorme nó na minha garganta.

Isso é... é verdade? – perguntei engolindo seco.

– Sim, Vanessa – Lupin assentiu. – É verdade.
Ele parecia tão confuso e preocupado quanto eu.

– Mas onde ele está? – quis saber. – Para onde ele foi? O Ministério não disse nada?

– Ninguém sabe. — o homem negou com a cabeça. — Bem, preciso resolver alguns assuntos no Ministério nestes próximos dias, e pedi aos Weasley que tomassem conta de você até nossa ida para Hogwarts.

– Tudo bem. – abaixei a cabeça, pensando no que acabara de ouvir. Ainda não conseguia acreditar.

– Não se preocupe, pequena, vai dar tudo certo. – Lupin sorriu tentando me tranquilizar e, logo em seguida me deu um abraço.

[...]

Soubemos que Harry havia se hospedado no Caldeirão Furado. Arthur Weasley resolveu que todos nós, inclusive Hermione, iríamos para lá nos encontramos com Harry. Era mais fácil de chegarmos à estação King's Cross também.

No dia em que chegamos, o lugar estava tomado pelo movimento de bruxos e suas famílias, que não paravam de comentar sobre 'O Assassino à solta, Sirius Black'. Em todos os cantos haviam pôsteres de procurado com recompensas altíssimas, e eu só conseguia pensar no que poderia acontecer dali para frente.

Molly e Arthur nos mandaram para os quartos arrumar nossas coisas e logo em seguida descemos para o jantar.

[...]

– Agora poderemos participar das aulas extracurriculares! – exclamou Hermione, amimada. – Vocês também vão fazer Trato das Criaturas Mágicas, né?

– Não sei, não – pensou Rony. – Algumas criaturas mágicas são bem perigosas, sabiam?

– Achei que para entrar na Grifinória fosse preciso ter coragem. – eu disse os fazendo rir.

Enquanto conversávamos, Arthur chamou Harry de canto. Parecia ser algo bem sério, e eu tinha quase certeza de que eles estavam falando sobre Sirius. Estavam havendo muitas especulações de que ele voltou para matar Harry, já que matou seus pais e servia a Voldemort. Sinceramente, é um pouco difícil para mim essa história toda.

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