29 || O Desaparecido

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À hora do café da manhã, quando o correio-coruja chegou, Hermione ergueu os olhos, ansiosa; parecia estar à espera de alguma coisa.

– Ainda não deu tempo para Percy responder – disse Rony sobre termos enviado uma carta a Percy perguntando pelo Sr. Crouch. – Só despachamos a Edwiges ontem.

– Não, não é isso – falou Hermione. – Fiz uma nova assinatura do Profeta Diário, estou cheia de descobrir o que acontece pela boca da turma da Sonserina.

– Bem pensado! – exclamou Harry, também erguendo os olhos para as corujas. – Ei, Mione acho que você está com sorte...

Uma coruja cinzenta vinha descendo em direção à garota.

– Mas ela não está trazendo nenhum jornal – comentei franzindo o cenho.

Mas para o espanto de Hermione, a coruja cinzenta pousou diante do seu prato acompanhada de perto por mais quatro corujas-de-igreja, uma coruja parda e uma avermelhada.

– Quantas assinaturas você fez? – perguntou Harry agarrando a taça de Hermione antes que ela fosse derrubada pelo ajuntamento de corujas, todas se empurrando para chegar mais perto e entregar as cartas que traziam primeiro.

– Que diabo...? – exclamou Hermione, tirando a carta da coruja cinzenta e abrindo-a para ler.
"Ora francamente!", disse ela com veemência, corando.

– Que é? – perguntou Rony.

– É, ora que ridículo... – a garota empurrou a carta para mim, e observei que não era
manuscrita mas composta por letras aparentemente recortadas do Profeta Diário.

"Você não PresTA. HaRRy PottEr meREce umA gaRoTa melhoR. Volte paRa o seu lugAR trOUxa.

Quem foi que mandou isso?! — indaguei furiosa.

– São todas iguais! – exclamou Hermione desesperada, abrindo uma carta atrás da outra. – "Harry Potter pode arranjar uma namorada melhor do que alguém da sua laia..." "Você merece ser cozida com ovas de rã..." Ai!

Hermione abrira o último envelope e um líquido verde-amarelado, que cheirava fortemente a gasolina, derramou-se em suas mãos, fazendo irromper nelas grandes tumores amarelos.

– Pus de bubotúbera puro! – disse Rony, apanhando, desajeitado, o envelope e cheirando-o.

– Ai! – exclamou Hermione, as lágrimas enchendo seus olhos quando tentou limpar as mãos em um guardanapo, mas seus dedos agora estavam tão cobertos de feridas dolorosas que ela parecia até estar usando um par de grossas luvas com bolotas.

– É melhor você ir depressa à ala hospitalar – disse Harry, quando as corujas ao redor da amiga levantaram voo –, diremos à Professora Sprout aonde é que você foi...

– Eu avisei a ela! – disse Rony quando Hermione saiu correndo do Salão Principal
aninhando as mãos no colo. – Avisei a ela para não aborrecer Rita Skeeter! Olhe só esta aqui... – ele leu uma das cartas que Hermione tinha deixado para trás. – "Li no Semanário das Bruxas como você está enganando o Harry Potter, um garoto que já teve uma vida bastante atribulada, por isso no próximo correio vou lhe mandar um feitiço, é só eu encontrar um envelope suficientemente grande." Caracas, é melhor ela se cuidar!

— Essa... vaca ordinária! — exclamei com raiva. —Ela não se cansa de perturbar a vida das pessoas!

— E pelo visto vamos continuar sabendo das notícias pelos insuportáveis da Sonserina — comentou Rony com um ar de desapontamento.

— Ah, mas não vamos mesmo — rosnei. — Eu vou assinar o Profeta Diário, e quero ver até onde vai a imaginação dessa baranga da Skeeter!

— Vanessa, é melhor não, você viu os dedos da Hermione, por acaso? — disse Rony.

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