Não tive muito tempo para raciocinar sobre o que estava acontecendo, porque fui arrastada para um beco escuro e jogada no chão com violência por dois homens fortes e armados.
O Rato e o GV tiveram que ajudar a Isadora, que tinha recebido um chute na barriga quando tentou me defender. Ela estava deitada no chão, gemendo de dor, enquanto eles tentavam levantá-la.
— Soltem a garota agora! — Diego ordenou, se aproximando do local onde eu estava e me olhando com uma nítida preocupação. Ele segurava uma arma, a mão firme e o olhar determinado. — Essa é a última chance de vocês me obedecerem ou os dois fodidos vão sair daqui mortos!
Os dois homens que me seguravam hesitaram, mas não afrouxaram o aperto em meus braços.
— Eles respondem a mim — Helena afirmou quando surgiu ao lado do Diego e me olhou com deboche, rindo do meu desespero.
Ela caminhou lentamente para a luz que vinha da rua, a expressão de puro desdém.
— Sou eu que tô no comando da FDM, sua vagabunda! — Diego gritou e, em um movimento rápido, deu um soco forte no rosto da mulher. Ela cambaleou para trás, mas antes que pudesse reagir, ele começou a enchê-la de pontapés. — Tu tá achando que é quem dentro da facção pra tentar passar por cima de mim?
Diego se ajoelhou ao lado da Helena, puxou o cabelo dela com brutalidade e levou seu rosto de encontro ao asfalto, começando a arrastar a sua face contra o chão áspero. Helena gritava de dor, mas ele não parava, os olhos brilhando com uma raiva contida.
— Se o Chorão não controla a corna mansa, eu faço questão de lembrar teu lugar.
Ao ver o Diego descontrolado, os dois homens se afastaram de mim, hesitantes. Nesse momento, o GV surgiu na entrada do beco, a expressão séria e focada. Ele olhou rapidamente para a situação, avaliando o que fazer.
— Tá tudo bem aí, Emília? — ele perguntou, a voz carregada de preocupação enquanto se aproximava devagar, os olhos alternando entre mim e os agressores.
Eu não conseguia responder, meu corpo tremia de medo e dor.
— Vamos sair daqui — ele murmurou, ajudando-me a levantar. — Vai pra frente do baile e fica com a Isadora.
Engoli em seco ao pensar que ficaria sozinha com a minha irmã e poderia correr algum risco, mas o obedeci.
Ao me afastar, ouvi vários tiros sendo disparados e as pessoas ao meu redor começaram a correr para se esconderem.
Encontrei a Isadora a uns metros com uma de suas mãos segurando a barriga e uma cara de quem estava prestes a chorar.
— Se o Chorão não matar essa mulher, eu juro que eu mato! — Isadora gritou com raiva.
— Fica calma, por favor! — pedi, sentindo a angústia crescer dentro do meu peito. — Vou dar um jeito de tirar nós duas daqui.
Instantes depois, o corpo ensanguentado da Helena é jogado nos pés da Isadora e arregalei os meus olhos completamente assustada com o seu estado deplorável.
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ATRAÍDA PELO TRÁFICO
Chick-Lit[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de entreter] "Uma conexão obscena entre um sequestrador e sua refém" Após passar 72 horas como refém do temido líder da facção, Chorão, Emília l...