Capítulo 37

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Não tive muito tempo para raciocinar sobre o que estava acontecendo, porque fui arrastada para um beco escuro e jogada no chão com violência por dois homens fortes e armados

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Não tive muito tempo para raciocinar sobre o que estava acontecendo, porque fui arrastada para um beco escuro e jogada no chão com violência por dois homens fortes e armados.

O Rato e o GV tiveram que ajudar a Isadora, que tinha recebido um chute na barriga quando tentou me defender. Ela estava deitada no chão, gemendo de dor, enquanto eles tentavam levantá-la.

— Soltem a garota agora! — Diego ordenou, se aproximando do local onde eu estava e me olhando com uma nítida preocupação. Ele segurava uma arma, a mão firme e o olhar determinado. — Essa é a última chance de vocês me obedecerem ou os dois fodidos vão sair daqui mortos!

Os dois homens que me seguravam hesitaram, mas não afrouxaram o aperto em meus braços.

— Eles respondem a mim — Helena afirmou quando surgiu ao lado do Diego e me olhou com deboche, rindo do meu desespero.

Ela caminhou lentamente para a luz que vinha da rua, a expressão de puro desdém.

— Sou eu que tô no comando da FDM, sua vagabunda! — Diego  gritou e, em um movimento rápido, deu um soco forte no rosto da mulher. Ela cambaleou para trás, mas antes que pudesse reagir, ele começou a enchê-la de pontapés. — Tu tá achando que é quem dentro da facção pra tentar passar por cima de mim?

Diego se ajoelhou ao lado da Helena, puxou o cabelo dela com brutalidade e levou seu rosto de encontro ao asfalto, começando a arrastar a sua face contra o chão áspero. Helena gritava de dor, mas ele não parava, os olhos brilhando com uma raiva contida.

— Se o Chorão não controla a corna mansa, eu faço questão de lembrar teu lugar.

Ao ver o Diego descontrolado, os dois homens se afastaram de mim, hesitantes. Nesse momento, o GV surgiu na entrada do beco, a expressão séria e focada. Ele olhou rapidamente para a situação, avaliando o que fazer.

— Tá tudo bem aí, Emília? — ele perguntou, a voz carregada de preocupação enquanto se aproximava devagar, os olhos alternando entre mim e os agressores.

Eu não conseguia responder, meu corpo tremia de medo e dor.

— Vamos sair daqui — ele murmurou, ajudando-me a levantar. — Vai pra frente do baile e fica com a Isadora.

Engoli em seco ao pensar que ficaria sozinha com a minha irmã e poderia correr algum risco, mas o obedeci.

Ao me afastar, ouvi vários tiros sendo disparados e as pessoas ao meu redor começaram a correr para se esconderem.

Encontrei a Isadora a uns metros com uma de suas mãos segurando a barriga e uma cara de quem estava prestes a chorar.

— Se o Chorão não matar essa mulher, eu juro que eu mato! — Isadora gritou com raiva.

— Fica calma, por favor! — pedi, sentindo a angústia crescer dentro do meu peito. — Vou dar um jeito de tirar nós duas daqui.

Instantes depois, o corpo ensanguentado da Helena é jogado nos pés da Isadora e arregalei os meus olhos completamente assustada com o seu estado deplorável.

ATRAÍDA PELO TRÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora