Capítulo 36

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Acordei ouvindo o meu celular tocar e ao atender a ligação tive que me segurar para não soltar uma gargalhada com mais um surto do Chorão

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Acordei ouvindo o meu celular tocar e ao atender a ligação tive que me segurar para não soltar uma gargalhada com mais um surto do Chorão.

— Engraçado que tu fez um furdunço porque não te contei da Helena, mas some o dia inteiro! — Chorão reclamou bufando de raiva. — Onde tu tá, Emília? Porque tu não me atendeu?

Ainda meio grogue de sono, olhei para o relógio e percebi que tinha dormido a tarde toda. Eu realmente precisava desse descanso, mas sabia que Chorão não ia entender.

— Eu tava cansada e acabei dormindo, amor. — Me espreguicei na minha cama e virei de lado, tentando soar o mais casual possível.

— Olha bem o que tu tá fazendo da tua vida. — A voz dele carregava uma preocupação disfarçada de irritação.

— Sinto que tô fazendo uma péssima escolha em me envolver com um chefe de facção surtado — zombei, rindo para aliviar a tensão.

— Pela tua felicidade ao sentar no meu pau, eu não acho que tu tá mal com isso — ele retrucou, a raiva em sua voz sendo substituída por um tom provocativo.

— Não me lembra do teu pau que eu já fico morrendo de saudades. — Senti meu rosto esquentar enquanto a memória da nossa última transa invadia minha mente, me fazendo arrepiar.

— Quando eu sair daqui, não vou te largar nem por um minuto. — A promessa dele, apesar de soar possessiva, me trouxe uma sensação estranha de conforto.

Passei a mão no rosto, sentindo meu corpo esquentar ao lembrar da nossa última transa. A química entre nós era inegável, e isso complicava ainda mais a minha situação.

— Tenho que tomar um banho, amor — disse com a respiração falhando, tentando manter o controle das minhas emoções.

— Se toca pensando em mim, Emília. — A voz dele agora soava mais suave, quase carinhosa.

— Quem disse que vou fazer isso? — respondi, embora soubesse que ele estava certo.

— Te conheço muito bem, sua safada. — Ele riu, e eu não pude deixar de sorrir também, mesmo sabendo que essa relação era uma mistura perigosa de paixão e caos.

[...]

Estava escolhendo um pijama para voltar a dormir quando a Isadora entrou no quarto e encostou seu corpo na lateral da porta.

— Você me deixaria ir pra um baile funk? — Isadora perguntou, me fazendo rir.

— Tá doida?

— O MC Cabelinho vai tá lá! — Minha irmã se aproximou de mim e me abraçou de lado. — Eu nunca fui em um show dele e você sabe o quanto sou fã.

— Acho que você deveria escolher um ídolo que não aceita pagamento de bandido.

— Se eu fosse por esse pensamento, teria que trocar de irmã — ela brincou, rindo.

ATRAÍDA PELO TRÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora