Capítulo 28

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Após terminar meu café da manhã na cafeteria, permaneci sentada à mesa, imersa em pensamentos sobre as revelações que fiz sobre Chorão

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Após terminar meu café da manhã na cafeteria, permaneci sentada à mesa, imersa em pensamentos sobre as revelações que fiz sobre Chorão. Ele me querer nas visitas íntimas não fazia sentido, considerando que ele tem uma mulher.

Ele afirmou categoricamente que não havia mais ninguém além de mim, apesar de ser casado. Como alguém pode ser tão desonesto?

O mais perturbador é que não consigo pensar em uma maneira de me libertar desse homem, pois ele possui poder e recursos financeiros suficientes para me manipular como uma marionete.

— Por que ninguém me contou que o Chorão é casado? — perguntei, olhando com seriedade para o Diego à minha frente, fazendo-o engolir em seco.

— Quem te disse isso? — Ele tossiu e deu dois tapinhas no próprio peito. — Tu não pode sair acreditando no que todo mundo fala.

— O Chorão me contou.

— Ah, entendi. — Ele desviou o olhar do meu por alguns segundos, como se estivesse ponderando sobre o que deveria dizer. — Bom, se ele afirmou que é casado, então deve ser verdade.

— Fico impressionada como os homens são capazes de encobrir os piores erros uns dos outros como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Olha, não é querendo puxar briga contigo, mas quem tá com o Chorão é você, então quem deveria procurar saber se o cara é comprometido ou não, não sou eu, Emília.

— Sim, você tem razão. A errada nessa história toda sou eu, afinal, eu sou a amante e não tenho como sair dessa enrascada sozinha. — Me vitimizo propositalmente para que ele sinta pena de mim e eu possa conseguir alguém dentro da facção para me ajudar a me livrar das garras do Chorão.

— Se quiser parar de ver o Chorão, ele não vai te obrigar a continuar com as visitas íntimas, só que aí tu não vai ter mais os luxos que ele te proporciona.

— Infelizmente, preciso do dinheiro, especialmente agora que perdi meu emprego e quero matricular minha irmã em uma escola particular.

— Bom, posso te ajudar nisso — Diego afirmou e me olhou com interesse.

— Não vou transar com você, Diego. O meu limite para pegar bandido já ultrapassou.

— Eu tenho namorada, Emília. Sou fiel a Inaê.

— Aquela menina que pode ser sua filha? — Ergui a minha sobrancelha, o julgando até a alma.

— A Inaê não é minha filha.

— Então, já fizeram o DNA?

— Ainda não, mas tenho certeza que não sou o pai dela.

— Se você diz...

— Vai querer a minha ajuda ou não?

— Você me ajudaria a troco de quê?

— Por mais difícil que seja acreditar, eu sou um cara bacana — Diego respondeu, rindo.

ATRAÍDA PELO TRÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora