Igor narrando
Ela parece um anjo. Tirei o cabelo de seu rosto e fiquei olhando sua feição, está tão mudada.
- Ei, dorminhoca. Vamos, vai se atrasar.
- Igor, bom dia. Estava sonhando com você.
- Então seu sonho se tornou realidade. Aqui estou eu.
- Então já pode me namorar? - Fiz uma cara com interrogação para ela. - No sonho você era meu namorado. - Ouvir aquilo fez minha cara queimar.
- Abre os olhos, você ainda está dormindo? Vamos, estou com fome. Não tomei café da manhã aqui, só para te esperar. - Mudei logo de assunto.
- Deixa eu dormir mais. Quero voltar para meu sonho. - Ela virou de lado e puxou a coberta.
- Mas você me tem na vida real. - Puxei a coberta de cima dela.
- Mas no sonho é diferente, você não entenderia. - Ela puxou o travesseiro e colocou no rosto.
- Vamos meu amor, vou te pagar no colo e levar para o banheiro. - Ela sorriu. - Vou descer, se você não estiver lá em meia hora, vou tomar o café da manhã sozinho.
- Não, não desce. Eu já vou levantar. - Ela pulou da cama e correu para o banheiro.
Fiquei sentado na cama, esperando.
Olhei as coisas dela, tudo muito organizado. Levantei e olhei na lista, agarrada no armário, qual matéria seria hoje.
Peguei os livros e coloquei em cima da escrivaninha.
Ela saiu do banheiro secando os cabelos, já estava vestida com o uniforme da escola.- Você não acha que essa saia está muito curta, não? - Não quis demonstrar meus ciúmes. - Está frio hoje.
- Eu separei ontem, também estou achando que está frio. Vou colocar uma calça.
- Nem vai reclamar, vai trocar assim? - Fique surpreso. Nem bateu o pé e resmungou.
- Hoje estou concordando com você. - Ela sorriu. Foi até o closet e voltou com a calça na mão. - Já volto. - Ela entrou no banheiro. Fiquei esperando até ela se vestir. Geralmente Alanna não concorda logo de cara, com as coisas que falo. Geralmente tenho que fazer chantagem.
Descemos e tomamos café da manhã, logo após fui leva-los na escola, Raphael aproveitou para ir conosco.
Parei em frente a escola, na qual conclui meus estudos. Alanna e Raphael estudam aqui desde que eram bem pequenos. Tirei a jaqueta e deixei pendurada no banco.- Tchau mano, obrigado pela carona. - Raphael me deu um abraço e saiu do carro. Ele é muito reservado, mas é muito amoroso.
- Tchau. Te amo.
- Também te amo. - Ele falou e fechou a porta. Sai do carro e fui abrir a porta para Alanna descer.
- E você mocinha, não vai descer? - Abaixei para enxerga -la dentro do carro.
- Me leva lá dentro? Eu quero passar todos os minutos possíveis com você. Você veio com essa idéia de ir embora, isso me deixa triste, sabe disso?
- Vem. - Estendi a mão para ela e ela segurou. - Tem coisas que só conseguimos resolver quando estamos longe.
- Não entendi. - Ela me olhou com interrogação nos olhos.
- Deixe pra lá. Vou te levar na sua sala. - Ela passou o seu braço pelo o meu e caminhamos em direção a escola. Logo na entrada da escola tinha uma escadaria, a escola ficava distante.
- Olá, Alanna. - Uma menina se aproximou.
- Olá Lis. - Alanna respondeu entre os dentes.
- Fale direito com as pessoas. - Sussurei para ela.
- Fica quieto. - Ela retrucou.
- Quer que eu volte para o carro? - Parei no meio do caminho, a fazendo parar também.
- Não, desculpe. É que ela gosta de você. - Ela sussurrou.
- Você é o Igor, não é? - Lis perguntou.
- Sou sim. Prazer.
- Eu era louca para te conhecer, te acho lindo. - Ela sorriu.
- Olha, que oferecida! Está vendo Igor. - Ela bufou. Alanna não conseguia ficar com a boca fechada.
- Ela só falou que me acha bonito. Relaxa! - Sorri assistindo o ciúme de Alanna.
- Nunca vi uma irmã tão ciumenta. - Lis gargalhou. - Aqui está meu contato, me ligue se quiser. - Ela esticou o braço, para me dar o papel com seu contato. Alanna pegou o papel da mão dela e amassou.
- Me dê aqui, Alanna. - Estendi a mão.
- Você ainda dá confiança para ela? - Ela parou na minha frente e me olhou com os olhos vermelhos de raiva.
- Não seja mal educada. Me dê aqui. - Ela colocou o papel na minha mão e saiu de perto de mim, andando em direção a escola.
- Muito obrigado por me achar bonito, Lis. Mas como você já deve saber, sou doze anos mais velho que vocês, deduzo que você tenha a idade de Alanna. Não sei se seus pais gostariam que você tivesse contato com um cara tão mais velho assim. Espero que você entenda e não fique zangada comigo. - Peguei a mão dela e coloquei o papel amassado.
- Eu entendo. Obrigada por ser tão gentil, quando eu for maior de idade eu te procuro. - Que menina cara de pau.
- Agora tenho que correr atrás de uma irmã ciumenta, com licença. - Corri em direção a Alanna, ela parecia marchar. Andava com raiva, estava de braços cruzados. - Ei, me espere. - Segurei seu ombro.
- Já acabou o assunto com Lis? - Ela não olhava para meu rosto.
- Você acha que eu sou louco de ter amizade com uma pessoa tão mais nova do que eu?
- Mas ela tem a minha idade ... - Alanna me olhou com os olhos tristes.
- Você é minha irmã, é diferente. As pessoas podem pensar que eu sou um pedófilo. Devolvi o papel com o número de telefone anotado. Você tem que parar de ser explosiva e de tomar decisões preceptadas.
- Mas eu não consegui controlar meus ciúmes. - Seus olhos ficaram rasos de lágrimas.
- Você vai ter que treinar isso, você é muito possessiva. Vem, vamos para a sua sala. - Estendi a mão para ela segurar. Alanna virou o rosto e continuou com os braços cruzados.
- Está calor, né? Corri e me deu calor. - Tirei o casaco de moletom e fiquei só de camiseta, exibindo meu corpo atlético. Logo comecei atrair olhares.
- Veste isso! De La Cruz... Não me provoque. - Ela era fofa me chamando de De La Cruz.
- Ou você vai fazer o quê? Estou pensando em dar aula de educação física aqui. O que acha?
- Pare de ser "amostradinho". Veste logo esse casaco, nem está calor.
- Só visto se você se comportar. - Fiquei a observando. - Eu poderia estar dormindo até agora, mas vim atender um pedido seu. Agora você fica de bobeira?
- Não vou te dar a mão. - Ela cruzou o braços novamente. Umas meninas passaram por nós, pareciam ser mais velhas que Alanna.
- Que delícia, heim! - Uma delas falou olhando para mim.
- Está vendo? Veste isso. - Ela me socou.
- Vai me dar a mão?
- Vou, eu dou a mão.
- Então tá. - Vesti o casaco e ela me deu a mão.
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Igor De La Cruz - Triologia Fake Love 2°
RomanceIgor De La Cruz, filho de mafioso e neto de um homem agressor de mulheres. Cresceu sabendo o que é sentir dor, perdeu as pessoas mais importantes de sua vida, mas ganhou outras que o ajudaram a ser tornar um grande homem. Amoroso, gentil, atencioso...