Capítulo 40

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Igor narrando

Depois de todo esclarecimento, o soltei.
Falei para ele sumir do país , pois eles iriam atrás dele e de sua esposa.
Ele caminhou em direção a saída, fiquei com a mochila. Peguei um isqueiro e toquei fogo na mochila, vi que tinha um rastreador que estava dentro do tecido da mochila.

Esse médico não sabe em que está se metendo. Com certeza iam mata-lo. O rastreador ia mostrar a localização e eles iam executar esse lerdo, deve saber demais. Peguei minha moto e voltei para casa.
Raphael estava lá, me esperando.

- Fala mano. Onde você estava? - Ele me abraçou. Você foi atrás de Cauê sem mim?

- Descobri uma coisa, vem aqui. - Segurei seu braço e o arrastei até me quarto de computadores.

- O que foi? - Ele me olhava ansioso.

- Alanna está viva. - Eu estava com os olhos agarrados na tela.

- O quê? - Ele me puxou pelo ombro e virou a cadeira para ele. - O que você disse?

- Alanna está viva. E não, eu não estou enlouquecendo. - Antes que ele perguntasse já respondi.

- Isso é sério, cara? - Sorri para ele. - Ah, mano! Que notícia maravilhosa. - Ele me abraçou.

- Você é gêmeo com ela, devia sentir alguma coisa, não acha? - Voltei a atenção para o notebook.

- Parece que você que é gêmeo com ela. Nunca vi uma ligação tão forte assim.

- Eu a amo com toda força que há em mim. Você não sabe como estou me sentindo, o desespero que está em minha alma. - Eu estava com os olhos fixados no computador. - Estou aliviado por ela estar viva, mas ela pode estar correndo risco.

- Vou te ajudar mano, por mais que isso custe minha carreira. Você me ensinou muito, sei que a família vem em primeiro lugar. - Olhei para Raphael.

- Então você é um bom observador? Gosto disso. - Sorri.

- Nunca elogiei, mas tudo o que você fez por nós, tudo o que passou por nós, sempre foi visto por mim. Quis ser militar por sua causa. Obrigado por tanto. Já até sabia que você não era nosso irmão de sangue, eu pesquisei. Só não falei nada porque sempre achei da hora ter um irmão como você. Você é uma das maiores inspirações que tenho na vida.

- Poxa mano, muito obrigado. Te amo. - Fechei o punho e estendi na direção dele, para ele dar um soquinho.

Encerrei a pesquisa e comecei a montar acampamento, enquanto não conseguia encontrar Caio e Sebastian, ia ficar de olho em Cauê. Não posso colocar a vida de Alanna em risco.

Alanna narrando

Fui sequestrada no dia do meu casamento. Meu pai precisou parar o carro no meio da estrada, pois de longe ele viu que tinha uma emboscada. Os seguranças que estavam conosco não deram conta.
Meu pai me deixou no carro e se colocou em risco por mim, chegou a ser baleado. Só vi quando o sangue espirrou no vidro do carro, me fazendo estremecer.

Sebastian, era o infeliz que estava me ameaçando. Ele desceu do carro dele e bateu no vidro do carro que eu estava. Caio se juntou a ele.
Hesitei um pouco antes de abrir, o carro era a prova de balas, mas o desgraçado do Caio apontou a arma para a cabeça do meu pai, já caído no chão.
Tive medo dele atirar. Peguei a cartela com os rastreadores e enfiei no meio da roupa. Enfiei alguns dentro do sapato e outros no sutiã.

- Alanna, não abra a porta. - Meu pai gritava caído no chão. Abri e desci, não me permiti chorar, sempre fui assim só consigo chorar quando Igor está por perto. Pra ele não tenho medo de mostrar minhas fraquezas.

- Desculpe papai. Eu não posso ficar sem fazer nada. Avise Igor que o amo. - Tranquei os dentes e olhei para Sebastian.

- Não é que você está mais linda do que antes? - Ele segurou meu rosto com uma mão. - Vamos temos uma viagem para fazer. - Sebastian me arrastou até o carro e me jogou no banco de trás.

Caio tentou atirar na cabeça do meu pai, mas não saiu tiro, aquilo me fez estremecer.
Cauê estava dentro do carro. Assim que entrei ele foi arrancando minha pulseira e aliança. Com uma faca cortou um pedaço do meu cabelo e colocou em uma sacola plástica. Me obrigou a tirar o vestido de noiva.

Sebastian esperou Caio entrar e começou a dirigir, estávamos indo em direção ao aeroporto, escutei eles falando.
Meu pai ficou caído no chão.

Chegamos no aeroporto, me enfiaram em uma sala, me deram uma roupa para vestir. Tinha outra menina bem parecida comigo, estava de calcinha e sutiã, vestiram meu vestido nela.
Colocaram minha pulseira nela e minha aliança de noivado, amarraram o pedaço do meu cabelo no cabelo dela.

Me enfiaram no carro que estava no estacionamento e saíram com a outra menina, com um capuz em sua cabeça.

Sebastian, Caio e Cauê entraram no carro. Deram a partida. De longe vi Igor, nunca tinha visto aquele olhar dele.
O carro tinha vidros fumê, não dava para ver que eu estava ali. Ele viu a menina entrando no helicóptero, Sebastian sorriu para Igor de dentro do carro e acelerou.

Igor pensou que era eu que tinha entrado no helicóptero, isso tudo já estava planejado.
Em poucos minutos o helicóptero explodiu no ar. Isso tomou a atenção de Igor e fez os sequestradores ganharem tempo.

Eu me encolhi no banco de trás. Imagino a dor que minha família sentirá ao pensar que foi eu quem morri.

- Digno de uma cena de cinema, não acha Alanna? - Sebastian falou, se referindo a explosão e a fuga.

- Vocês estão mexendo com a pessoa errada. - Respondi entre os dentes.

- Ninguém vai vir atrás de você, já está tudo certo. O médico vai dar o laudo e dirá que é você quem morreu queimada, a certidão de óbito já está até pronta. - Cauê sorriu ao falar. Até Cauany está lá, ela estava querendo atrapalhar nisso planos. - Ouvir aquilo me deu um gelo, como eles matariam a irmã? A sobrinha de Sebastian.

- Agora você é nossa, vamos fazer o que quiser. Você vai valer muito em nosso leilão.

- Seus malditos! Vocês são loucos. - Orei para que Igor não desistisse de me procurar. Sei que ele não vai aceitar de cara o exame do médico legista. Agradeci por ele ser obstinado.

Chegamos em um lugar deserto, já era madrugada. Me colocaram sentada em uma cadeira e amarraram minhas mãos para trás. Nem pude ativar os rastreadores.
Ali permaneci assim, até amanhecer.

Igor De La Cruz - Triologia Fake Love 2°Onde histórias criam vida. Descubra agora