Capítulo 41

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Alanna narrando

Os dias tem se passado, cada dia ficamos em um lugar diferente. Me tiraram da Espanha, viajei para muitos lugares, agora estou na Bolívia.
Amanhã iremos para Cuba. Consegui esconder os adesivos de rastreadores. Não posso ativar o rastreador se vamos nos mudar de lugar amanhã novamente. Fora que minhas mãos estão quase sempre amarradas. Eles começaram a me drogar, por esse motivo fico um pouco solta.

Ouvi Sebastian negociando com um homem, por telefone. Ele vai pagar 2 bilhões por mim, será que vai funcionar quando descobrirem que não sou virgem mais?
O tal homem me pegaria daqui há 4 meses, estava em outro país e com umas coisas para resolver, enquanto isso eu teria que ficar com eles.

Sebastian me levou para um lugar onde tinha outras mulheres. Ficava em Cuba.
Sebastian me amarrou e começou a me drogar, eu passava o dia inteiro caída no chão, no meio da urina e do vômito, 3 meses se passaram e eu não dei conta. Perdi muito peso e já não conseguia me manter sóbria. Por vezes desejei a morte. Tenho reflexos de alguém mexendo nas minhas partes íntimas, mas não sei até onde é alucinação e realidade.

Sebastian se ausentou por quinze dias, não sei por qual motivo. Mas nesse período consegui voltar a raciocinar. Parece que tive uma hemorragia muito forte, saiu muito sangue e como se fosse uma bola de dentro de dentro de mim, só pode ser por causa das drogas injetadas.

Lembrei dos rastreadores, tinha enfiado em um buraco na parede. Cambaleei até o quarto, tentando lembrar qual era o quarto certo.
Achei a cartela e destaquei alguns, encaixei nos dentes e esfreguei um no outro, fazendo ativar o rastreador.

- Vermelho, vermelho, vermelho. - Falei desesperada, na esperança de Igor estar me procurando.

Estava tão fraca que desmaiei ali mesmo, onde estava. Senti umas mãos me pagando, mas não consegui reagir.

Igor narrando

Estou há meses na cola desses desgraçados, mas cada dia eles estão em um lugar. Meu amigo do Brasil, Amauri, veio me ajudar, Raphael também está comigo nessa jornada.
Meu pai colocou seus melhores homens para trabalhar comigo.
Tem alguns países que são bem fechados, temos que agir com cautela. Tenho medo que eles matem Alanna se desconfiarem de algo.

Já tem quase quatro meses que Alanna foi levada, estou acompanhando de perto as mudanças deles. Sei que ela está viva, só não posso reagir.
Eles pararam em Cuba, estão permanecendo mais tempo que o normal. Talvez lá seja o foco.

Descobri que chegaria um carga para Sebastian do Uruguai, montei acampamento. Assim que a carga chegou estouramos o local, já para ele saber que algo aconteceu e sair de perto de Alanna.
Se ele for burro o suficiente, vai abandonar Alanna com outras pessoas. Isso dará tempo de a resgatarmos. Caio e Cauê estavam com ele, mas eles são mais vulneráveis.

Foi do jeito que planejamos, após estouramos o local, deixei Amauri e Raphael no local e fui em direção onde Sebastian costumava ficar.
Para minha tristeza Alanna não estava lá. Será que tinha algum lugar secreto? Não parecia um lugar de cativeiro onde Sebastian estava.

Fiquei procurando por alguns dias. Como não achei Alanna, voltei para onde estava Raphael e Amauri. Ela só podia estar com Caio e Cauê.

Levamos Sebastian para a tortura, ele vai ter que contar onde Alanna está.
Tinha umas casas abandonadas em um lugar onde teve guerra. Conhecíamos bem esses lugares de guerra.
Colocamos Sebastian sentado e amarramos as mãos dele e os pés.

- Olá, Sebastian. Acho que esqueci de me apresentar formalmente, me chamo Igor De La Cruz, seu pior pesadelo.

- Já te conheço, seu fracote. - Ele cuspiu o sangue que estava em sua boca. Raphael e Amauri estavam com touca ninja.

- Tomara que não me conheça apenas por nome, espero que tenha ido fundo na pesquisa sobre minha vida. - Segurei os cabelos dele e puxei para trás, fazendo ele olhar em meus olhos.

- Você acha que eu poderia meu tempo investigando sobre você? - Ele falou entre os dentes. - Pouco estou me lixando

- Tá aí, um grande erro. Bem se vê que você é um amador. Devemos estudar nossos inimigos antes de nos comprometermos, antes de declarar guerra. Se estudasse um pouco sobre mim, saberia o quão ruim posso ser. - Sorri e mordi os lábios, desejando o sangue dele.

- Não tenho medo de suas ameaças. - Ele me olhava com os olhos semi serrados.

- Só vou perguntar uma vez, vê se colabora. Onde Alanna está? Vocês devem ganhar muito dinheiro com ela, pois armaram até sua morte.

- Aquela prostituta foi vendida, seu otário. - O segurei pelo pescoço e dei um soco em sua boca, Sebastian perdeu um dente. Logo dei um tapa em seu ouvido, fazendo o sangue do ouvido escorrer.

- Resposta errada. Não é isso que estou querendo ouvir. Perguntei onde ela está. - O segurei pelo rosto e me aproximei. Ele cuspiu o dente.

- Seu desgraçado, covarde. Me solta para você ver.

- Você quer me chamar de covarde? Logo um traficante de mulheres? - Gargalhei. - Vai querer sentir mais dor ou vai falar onde ela está?

- Não vou falar nada. - Apertei o rosto dele com a mão.

- Então se prepare para sofrer como nunca sofreu. - Raphael trouxe o saco preto e enfiei na cabeça dele. Joguei água gelada nele, o tempo estava frio. Ele se debatia tentando respirar dentro do saco. Tirei o saco e me aproximei novamente dele.

- Desgraçado. - Ele falou tentando respirar. - Se eu não voltar ela vai morrer. - Ele esboçou um sorriso. Dava para ver que era blefe.

- Então você sabe onde ela está. - Sorri, conseguindo descobrir o que eu queria. - Se ela morrer, Remo vai chorar a morte do cunhado e dos filhos. Eu não vou ter dó, vou mata-los da pior maneira possível. Vou garantir que agonizem e que sintam muita dor.

- Você não é maluco de encostar nos meus sobrinhos. - Ele me fuzilou com os olhos.

- Não sou? - Gargalhei e passei a língua no lábio inferior. - Você devia ter pesquisado sobre mim.

- Vou acabar com vocês, está ouvindo? Há essas horas já estão me procurando, logo meus homens me encontraram aqui.

- Quem aparecer aqui vai morrer, então ore para não ser seus sobrinhos. - Raphael e Amauri estavam em pé, atrás dele. - Vai me dizer onde Alanna está?

- Há essas horas ela já teve uma overdose, deixei alguém cuidando dela. Ele está uma viciada. - Ele gargalhou. - Está a beira da morte.

- Então vai ser assim? - Ouvir aquilo me fez gelar, todo sentimento bom sumiu de dentro de mim. - Bem-vindo ao inferno. - Dei um soco no meio da testa dele que Sebastian apagou na hora.

Tinhamos que bolar um plano, tínhamos que tortura-lo e não deixá-lo morrer. Tinhamos que descobrir onde ela estava. Pelo jeito ele estava disposto a não falar, mas não iria aguentar a tortura, era muito fraco.
Sebastian ficou desmaiado até no outro dia.


Igor De La Cruz - Triologia Fake Love 2°Onde histórias criam vida. Descubra agora