Igor De La Cruz - Triologia Fake Love 2°

Capítulo 34

Igor narrando

Meus pais pediram um dia de folga e passamos o dia agarrados um no outro.
Como é bom ter pessoas que te amam por perto. No final da tarde chegaram Celine, Bryan, Thalita e seus lindos filhos. Lucero estava viajando e chegou também no final da tarde.

Fizemos um churrasco para a janta, tomamos banho de piscina, o tempo está muito agradável para isso.
Sentamos em volta da piscina e contamos história de quando éramos pequenos, Raphael estava um tagarela, nunca tinha o visto desse jeito.
Alanna estava tão risonha e comunicativa.
Dou graças a Deus pela família que tenho, sou tão feliz.

As fotos de Alanna foram postadas há alguns meses, derrubamos o site. Achamos os donos do site, prendemos alguns. Os chefes não foram pegos, Sebastian Rivera e Caio Hernandes. Eles foram para França, estão fazendo o tráfico de mulheres por lá, Cauê Marthinez está envolvido também.

Trabalhei até o final de semana, para garantir a máxima proteção possível. Averiguei as áreas de risco e contratei alguns militares para fazer a segurança.
Meu pai também colocou alguns funcionários da máfia a paisana.

Estava tudo certo para nosso casamento, pelo menos foi o que eu achei.

Cheguei no local da cerimônia, estava tão ansioso. A marcha nupcial indicou que eu poderia entrar, era sinal que minha Alanna já estava no local. Respirei aliviado.
Entrei de braços dados com minha mãezinha Mahelí. Meu pai entraria com  Alanna, veio no carro com ela.
Raphael entrou com uma amiga de Alanna.
Bryan entrou com sua esposa Thalita.
Minhas avós Lucero e Celine entraram jogando flores.

Estava tudo pronto para as portas se abrirem e minha querida Alanna entrar.
Vi de longe os seguranças se comunicando, aquilo fez um gelo descer pela minha coluna. Eu já conhecia aqueles semblantes e aqueles códigos que estavam sendo falado perto de mim.

A marcha começou e eu tentei me manter forte pela minha mãe, quando as portas se abriram meu pai estava parado, todo ensanguentado. Seu semblante estava abatido, corri em sua direção e o segurei antes dele tocar o chão.

- Levaram Alanna filho, não consegui evitar. Me perdoe. - Ele tinha um tiro no ombro, parecia ter perdido muito sangue.

- Mãe, me ajuda aqui. - Gritei e ela logo segurou o ombro dele, contendo a hemorragia.

- Vai filho, eu cuido do seu pai. Desculpe não poder ajudar. - Seus olhos estavam rasos de lágrimas.

- Raphael, faz a segurança da nossa família. Agora você é o homem da casa. Você pode fazer isso por mim? - Segurei o rosto dele.

- Posso. Mas vai ficar tudo bem com vocês, não vai?

- Vou garantir que Alanna volte para casa, mesmo que isso custe minha vida. Se proteja e proteja nossa família. Te amo. - Dei um abraço nele e sai em direção ao estacionamento.

Entrei no meu carro e arranquei o terno e a gravata.
Pra onde eu ia? Respirei fundo e me concentrei, entrei na central de câmeras das rodovias, logo achei a van com ela. Olhei no celular e o rastreador dela estava ligado. Dei graças a Deus por Alanna ser inteligente o suficiente para usar os objetos com rastreio que dei para ela. Certamente estava com a pulseira e a aliança que dei a ela. Guardei as novas alianças no banheiro no bolso e comecei a agir.

Informei a polícia e ao exército, liguei o carro e parti.
Eles pararam em um lugar que parecia um aeroporto, se eles embarcasse logo, eu não iria conseguir chegar a tempo.
O GPS via satélite mostrou ela entrando no helicóptero. A roupa era de Alanna, mas não dava para ver o rosto, estava com o capuz na cabeça. Eu estava bem próximo do aeroporto, mais cinco minutos e eu conseguiria alcança -la.

Vi Sebastian e Caio entrando em um carro preto, Alanna seguiria sozinha para outro país?

Eles saíram com o carro, enquanto o helicóptero ligava . Parei com o carro e dei alguns tiros, na direção deles. Não dava para eu parar o helicóptero, já estava levantando voou.
Voltei para o carro e peguei o celular para informar a força aérea. Alanna estava sendo levada, eu não podia fazer nada.

Após três minutos que o helicóptero decolou, houve uma explosão. Eu congelei vendo o helicóptero explodindo no ar. Não consegui nem respirar, cai de joelhos e com o celular na mão.
Os pedaços do helicóptero foi caindo e um pedaço do vestido de Alanna caiu perto de mim.

- Alanna. ALANNA. NÃO, NÃO, NÃO. - Corri em direção onde o helicóptero caiu. Os seguranças do aeroporto vieram me segurar.

-  O senhor não pode se aproximar, é perigoso. - Uns três me seguravam. Me soltei fácilmente deles, sou ótimo em defesa pessoal. Ninguém ia conseguir me impedir de tentar socorrer minha Alanna.

- Alanna. - Gritei próximo ao helicóptero. Não dava para chegar perto, ainda tinha muito fogo.

- Igor, o que houve? Me fala Igor. - Olhei para o lado e vi Raphael.

- Eles colocaram Alanna nesse helicóptero. - Eu tentava respirar.

- Você não está falando sério, está? - Raphael tapou a boca com a costa de uma mão e a outra mão colocou na cabeça. As lágrimas começaram escorrer em seu rosto.

- Rapha, eu vou atrás deles. Eu vou matar esses desgraçados. Fica aqui. Se proteja.

- Igor, para cara. Eles vão te matar se você for assim. Você não está raciocinando direto.

- Não pode ser Alanna que estava lá, Rapha. Eu não vou conseguir lidar com essa dor. - Meu peito parecia que ia explodir, era tanta dor que nem conseguia chorar.

- Igor, fica aqui. Vamos ter certeza se é ela ou não.

- E se não for? Eles vão ganhar terreno, vão conseguir fugir. Eu não posso ficar aqui e deixa-los fugir. - Os bombeiros chegaram e apagaram o fogo. Tinha dois corpos de mulher e um do pilotos, todos carbonizados. - E
Vou atrás deles, se não for ela tenho tempo de resgata-la. Se for ela, não tenho mais o que fazer. Pelo menos vou pegar aqueles desgraçados.

- Então vou com você. - Ele segurou no meu braço.

- Eu não vou me perdoar se algo acontecer com você também.

- Nada vai acontecer comigo, vamos pegar esses desgraçados.