Capitulo 30

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Igor narrando

Após nosso momento de prazer, Alanna deu o celular na minha mão.

- O que é isso? - Perguntei.

- A senha é o dia do seu aniversário. Você não quer saber o que está acontecendo? Então pode desbloquear e ver. Vou para o banheiro, não vou conseguir ficar aqui perto de você. - Ela levantou da cama e caminhou para o banheiro.

Desbloqueei e entrei nas mensagens. Tinha várias fotos de Alanna, nua e com homens ao redor. Aquilo fez minha cabeça latejar, que ódio senti ao olhar a cara daqueles desgraçados. Ela está segurando essa sozinha por meses, por isso mudou comigo  do nada.
Levantei da cama e fui até o banheiro atrás dela, com certeza está muito envergonhada.
Alanna estava de costas para a porta, de frente para a pia, de cabeça baixa. Ela chorava e segurava na beirada da pia.

- Amor. - A abracei por trás. - Vem aqui, me abraça? - Ela se virou de frente para mim e me agarrou pela cintura. Enfiou seu rosto em meu peitoral e se permitiu chorar.

- Estou tão envergonhada. - Por fim ela falou. Vê-la desse jeito me partiu o coração ainda mais.

- Você não tem que ter vergonha de mim. Sou a pessoa que mais te conhece, esqueceu? - Ela chorava agarrada em mim. - Vou dar um jeito nisso, prometo. Ninguém vai te expor, não vou deixar.

- Obrigada por cuidar de mim. - Passei a mão em seus cabelos.

- Vamos pega-los, está bem? Se eles colocarem na internet,  apago e processo quem compartilhar. Consigo descobrir o foco, de onde foi enviado, de onde eu estiver consigo apagar do computador deles.

- Não vejo a hora da minha vida voltar ao normal. Obrigada por ter paciência comigo.

- Eu te conheço, sabia que tinha algo muito errado. Vou ser mais grudento do que nunca, se prepare e não proíba. Avisei que seria esse cara pegajoso e super protetor ao quadrado. - Sorri.

- Te amo, De La Cruz.

- Não me chama assim não, isso acende algo dentro de mim. É muito difícil de controlar as emoções.

- É? - Ela olhou para mim e sorriu. - Meu De La Cruz. - Alanna mordeu o lábio inferior.

- Você é malvada. - Me aproximei vagarosamente e ela tomou meus lábios. Como é bom esse sentimento de pertencer alguém.

Alanna me acompanhou até a minha casa, arrumei minhas malas e voltamos para a casa de nossos pais.

Preparei a janta de despedida, ela gosta de frutos do mar. Fiz três variações de carne e saladas.
Fiz algumas sobremesas e sucos.
Alanna me ajudou a arrumar a mesa.

Jantamos todos juntos, Raphael chegou de surpresa. Contando a ele sobre o meu namoro com Alanna, ele curtiu e disse que já sabia que eu não era irmão de sangue dele, pois eu suporto Alanna. Rimos disso.

Fizemos algumas fotos em família e contamos nossas histórias de vida. Raphael contou suas experiências no batalhão onde está.  No começo é muito cansativo e pesado mesmo.
Ficamos até tarde conversando, dei algumas dicas para ele.

Após altos papos e barriga cheia, fomos descansar. Levei Alanna até seu quarto, ela quase implorou para eu ficar lá com ela.
Deitei ao seu lado e nos cobri. Ela deitou a cabeça no meu ombro e enfiou o rosto no meu pescoço. A envolvi nos meus braços.

- Te amo, De La Cruz. - Ouvi-la falar assim sempre me causava um arrepio na coluna.

- Te amo, Nanna. Obrigado por tanto amor. Sempre achei que não seria capaz de amar uma pessoa com essa intensidade. Sempre esperei um amor igual ao que o meu pai deu para minha mãe e recebeu dela. Vi o quanto ele a amava pelas coisas que ela me contava. Vi o quanto ela o amava, pois não arrumou mais ninguém e falava dele todos os dias com os olhos cheios de amor.

- Então somos um casal assim, apaixonado um pelo outro. Acho que esse negócio de imprinting é de verdade. - Ela sorriu. - Vai que seu pai era um lobo e você é um lobo também. - Sorri ao ouvir isso.

- Será? - Falei sorrindo. - Vamos ter lobinhos então?

- Sim, vamos ter vários lobinhos. Sua genética é mais forte, eles vão ser tão lindos quanto você. - Ela afastou o rosto do meu pescoço e passou a mão no meu rosto. - Você é perfeito, o homem mais lindo que já vi.

- Você não viu muitos homens na vida, por isso acha isso. - Falei olhando em seus olhos e sorri.

- Eu amo esse seu sorriso e o jeito que  levanta as sobrancelhas.

- Assim ? - Levantei às sobrancelhas.

- Fica tão sexy. Eu não preciso ver todos os homens do mundo para saber que você é o mais lindo. Você nem me deu chance de defesa, me apaixonei por você no primeiro contato visual. Obrigada por me amar na mesma proporção. Sei que no começo você só queria uma irmã, mas, obrigada por deixar aflorar esse sentimento e por aceitar o meu por você.

- Você quebrou minhas convicções, me fez passar por cima do meu orgulho e das minhas opiniões formadas. Acabou com o meu preconceito. Te amo, meu amor. - Ela chegou para frente e tomou meus lábios.

- Eu te amo. Você é meu mundo. - Ela enfiou o rosto no meu pescoço novamente e permaneceu assim.

Dormimos agarrados um no outro, agora eu tenho sonhos, apesar de não me mexer ainda, enquanto durmo. Já Alanna, se mexe toda hora. Ela vira de costas para mim e logo volta a me abraçar, arranca a coberta e eu a cubro novamente.
Mas é tão bom tê-la em meus braços, pareço estar vivendo um sonho bom.

O dia amanheceu e desci para preparar o café da manhã.
Ao acabar de fazer, sentei esperando todos descerem para tomar o café.
Raphael ainda estava em casa, desceu suas malas e sentou conosco.
Meus pais desceram, tomamos nosso café da manhã, se despediram de Raphael e de mim, logo saíram para trabalhar.  Rapha foi embora, eu ia em seguida.

- Alanna, quero te dar uma coisa. Isso é um rastreador, mais um pra sua coleção. - Sorri. - Não me julgue por tentar te proteger de todas as formas. Isso aqui que usamos na força tática, ele pode ser encaixado no dente, tem lugares que revistam tudo, então tem esse protético passa pela vistoria. Vou te dar uma cartela, sempre que você precisar sair, por favor leve um com você. Para ativar roce os dentes um no outro. Pode colar na roupa também, ele fica transparente.

- Eu não vou sair até você voltar. - Ela me olhava com os olhos rasos de lágrimas.

- Você não pode ficar refém dentro de casa, só te peço para ter cuidado e ser prudente. Pode deixar que vou resolver com esses meliantes. Se precisar sair me envie o local para eu ver se há perigo por perto.  Estou sofrendo muito por ter que deixar você aqui, se cuida por favor. - Passei a mão em seu rosto. - Agora me beija? Eu só tenho mais duas horas com você. - Ela me agarrou e eu tomei seus lábios.

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Igor De La Cruz - Triologia Fake Love 2°Onde histórias criam vida. Descubra agora