Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados

Capitulo Trinta e Dois

Aaron fronttenelle:

Saber que um dia Luiz vai se casar comigo ou ter um filho meu é como me deixar nas nuvens. Esse pensamento me preenche de uma alegria indescritível, fazendo meu coração acelerar e minha mente flutuar em um mar de sonhos. Passo o resto do meu tempo aqui com essa sensação maravilhosa, mesmo enquanto converso com um dos pais dele, que me observa atentamente, quase que analiticamente, como se estivesse tentando desvendar todos os segredos do meu coração.

— Então... — comecei, olhando para Élio sem saber exatamente o que dizer. — Você é o pai do Luiz, não é?

Ele levantou uma sobrancelha, me olhando de um jeito que me fez sentir um pouco tolo.

— Meu rapaz, pode ficar calmo. Não vou te morder ou fazer nada desse tipo — ele disse com um leve sorriso no rosto, tentando me tranquilizar. — Acho que não tenho o direito de ser um pai protetor com Luiz depois de tanto tempo — disse Élio, olhando na direção de onde Luiz estava conversando com alguns clientes, com Connor ajudando. Posso dizer que há uma certa semelhança entre os dois.

— Mas a culpa não é sua por causa disso. Luiz sabe disso e não se importa — respondi, tentando reconfortá-lo. Élio suspirou, o olhar ainda fixo em Luiz, como se estivesse perdido em pensamentos e lembranças do que Luiz deve ter passado todos esses anos.

Milena se jogou na cadeira ao lado e sorriu para mim com um semblante de quem sabia exatamente o que fazer. Com um gesto carinhoso, ela pegou nas mãos de Élio.

— Ele não vai te culpar por nada se você fizer uma cena de pai protetor. Meu irmão foi mais feliz com você todos os dias desde que te conheço, mais do que foi com os Collina e até mais do que eu mesma fui — disse Milena, com um sorriso tímido. — Não precisa se preocupar com o que poderia ter vivido junto do meu irmão se ninguém tivesse se intrometido. Afinal, você não falhou em nada.

Élio suspirou profundamente, parecendo absorver as palavras de Milena. Ele apertou as mãos dela com um gesto de gratidão e olhou nos olhos dela, como se estivesse buscando algum conforto naquele momento.

— Obrigado, Milena. Suas palavras significam muito para mim. Sempre me perguntei se eu estava fazendo a coisa certa, se eu realmente poderia fazer alguma diferença na vida do Luiz — disse Élio, sua voz cheia de emoção.

Milena apertou suas mãos de volta, oferecendo um sorriso encorajador.

— Você fez mais do que imagina, Élio. O Luiz fala de você com tanto carinho e respeito. Ele aprendeu muito com você, e sua presença foi essencial para ele. Não duvide do impacto que teve na vida dele — disse ela, com sinceridade.

Eu observava aquela troca emocional, sentindo-me privilegiado por testemunhar aquele momento de vulnerabilidade e amor. Luiz, ainda conversando com os clientes, olhou para trás e, ao ver Élio e Milena juntos, sorriu. Havia uma luz em seus olhos, uma confirmação de que tudo estava certo.

— Ele está bem, e é por causa de pessoas como vocês — acrescentei, sentindo uma onda de gratidão me invadir. — A família que escolhemos é tão importante quanto a de sangue. E vocês são a prova disso.

Élio finalmente sorriu, um sorriso genuíno que iluminou seu rosto. Ele olhou para Luiz novamente, desta vez com orgulho evidente.

— Então, acho que é hora de eu ser o pai protetor que ele merece — disse Élio, levantando-se com uma nova determinação. — Obrigado, Milena. E obrigado a você também.

Milena e eu trocamos um olhar cúmplice, sabendo que tínhamos feito nossa parte. Luiz estava cercado de amor e apoio, e isso era tudo o que importava.

— Aaron, se você magoar o meu garoto, vai se ver comigo. Vou fazer um inferno na sua vida — disse Élio, com um olhar sério, mas um brilho de humor nos olhos.