Capítulo Vinte e Sete

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Luís Collins:

Contar o que descobri para Lúcia foi algo extremamente gratificante para mim. Fiquei imensamente feliz por ter uma pessoa como ela ao meu redor. Afinal, há coisas que nunca poderia compartilhar com o resto do pessoal. Um exemplo disso são as minhas próprias inseguranças em relação às escolhas que estou fazendo.

Mesmo que eu tenha gostado de conversar sobre o Connor e de vê-lo como um amigo, seria estranho pensar na possibilidade de tudo isso ser uma mentira, como se pudéssemos ser irmãos e isso não fosse algo importante.

— Está tudo bem, pode ser que ele não seja seu irmão, mas saiba que estou aqui com você — disse Lúcia, com um pequeno sorriso.

— Eu te amo, minha querida amiga — respondi, com emoção na voz.

Ela deu um beijinho na minha bochecha, um gesto cheio de carinho e conforto.

— Estou aqui para te apoiar nessas ocasiões, desde que nos conhecemos — afirmou Lúcia. Sei que ela sempre estará ao meu lado, pronta para ser meu ombro amigo.

— Eu mandei uma mensagem para o meu pai e contei toda a verdade sobre o que descobrimos — disse Connor, surgindo ao meu lado e me assustando. — Ele disse que vai conversar comigo e, se for verdade, vamos querer fazer um exame de DNA.

A presença inesperada de Connor me fez pular, mas suas palavras trouxeram um misto de alívio e ansiedade. O que descobrimos poderia mudar tudo, mas saber que ele estava disposto a enfrentar isso junto comigo me deu forças.

— Não faça isso — falei, a preocupação evidente na minha voz.

— A Megan conhece uma ótima clínica onde os resultados ficam prontos bem rápido — disse Lúcia, sorrindo enquanto cruzava os braços e olhava para nós dois. — Mas vai ser incrível ver o Luiz com um irmão gêmeo.

Eu estava dividido entre o medo do desconhecido e a esperança de finalmente ter respostas. A confiança de Lúcia e a determinação de Connor me davam coragem para seguir em frente, mesmo que o futuro ainda parecesse incerto.

— Que provocação idiota — falei, olhando para Lúcia que deu de ombros e passou por mim com uma piscadela. Revirei os olhos e entrei na loja da minha querida irmã, que estava rindo de algo que o Brandon disse.

Noella revirou os olhos para a piada, mas Adam apenas deu de ombros, como sempre fazia em qualquer situação. Milena me viu e me abraçou com bastante força.

— Maninho, me diz como você conseguiu suportar morar na mesma casa que o Brandon? — perguntou ela, fazendo um biquinho que me fez revirar os olhos automaticamente. — Não fica emburrado.

— Eu tenho a paciência infinita que ninguém consegue superar, nem mesmo ele — falei, rindo, enquanto ela me soltava.

— Que grosseiro — Milena disse, revirando os olhos. — Mas me diz, por que você veio até aqui com o Connor?

— Esquece isso, o que você vai fazer no aniversário da empresa dos nossos pais? — devolvi a pergunta, e todos olharam para mim com olhos curiosos.

— Me diz o que você está pensando em fazer. O que se passa na sua cabeça? — Milena perguntou, os olhos brilhando de curiosidade. — Está pensando em destruí-los nesse dia?

— Possivelmente. Preciso ter você do meu lado e também da ajuda da família da Noella — falei, estalando a língua. Todos concordaram. — Mas não vou revelar as etapas do meu plano.

Sorri quando todos demonstraram entusiasmo com o que eu estava planejando. Até mesmo Connor me abraçou com força, fazendo com que minha irmã e os amigos dela nos olhassem com curiosidade.

Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados Onde histórias criam vida. Descubra agora