Capítulo Vinte e Oito

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Luís Collins:

Me afastei de Aaron quando ele tentou me beijar, e ele me olhou confuso, assim como Sam, que tinha um jeito ainda mais fofo.

— O que foi? — Aaron perguntou, visivelmente preocupado, o que me fez soltar uma risada sincera e olhar para ele docemente.

— Ainda não escovei os dentes — falei. — Estou com bafo matinal.

Ele riu e me puxou para um beijo profundo. Sam bateu palmas, totalmente divertida.

— Não me importo com o seu bafo matinal — disse ele, se afastando lentamente e sorrindo amplamente.

— Vocês podem sair para que eu me arrume — pedi, e Aaron se levantou, levando minha filha, que parecia prestes a explodir de alegria.

Assim que passaram pela porta, ouvi Sam gritar para todos na mansão que os pais dela se beijaram. Em segundos, a voz de Coop se fez presente, engasgando como um pato, enquanto todos riam da situação. Eu ri sozinho no quarto, sentindo-me abençoado por ter uma família tão amorosa e divertida, mesmo em meio ao caos.

Joguei a coberta para o lado e levantei rapidamente, pegando a primeira roupa que encontrei pelo caminho. Entrei no banheiro e fiz minha higiene. A roupa que peguei era uma blusa de moletom com calça jeans. Passei alguns cremes no cabelo e, pegando o telefone, fui me encontrar com os outros.

— Luiz, que história é essa de você e o Aaron se beijando debaixo deste teto sem que ele peça a minha permissão? — disse Coop assim que me viu, com os braços cruzados. Olhei para ele sem entender. — Eu sou seu pai e devo saber quais são as intenções dele para com meu filho.

— Eu também devo opinar, sou seu irmão — Brandon disse calmamente, e Coop concordou. — Então, Aaron, vamos conversar sobre o que planeja com o meu irmão.

Eles puxaram Aaron pelo braço, indo até o escritório. Os Chases tinham expressões tão sérias que parecia que estavam prontos para matar alguém.

Eu ri nervosamente, observando a cena. Sabia que Coop e Brandon só queriam me proteger, mas a situação era constrangedora. Sam correu até mim e segurou minha mão, os olhos cheios de curiosidade.

— Papai, por que o vovô e o tio Brandon estão bravos com o tio Aaron? — ela perguntou.

Ajoelhei-me para ficar na altura dela e sorri.

— Eles só querem ter certeza de que o tio Aaron me ama de verdade e que ele tem boas intenções — expliquei, acariciando seu cabelo.

Ela assentiu com seriedade infantil, antes de correr para brincar com Nevasca. Megan apareceu ao meu lado, uma expressão divertida no rosto.

— Parece que o Aaron está passando por um interrogatório — ela comentou.

— E como está indo o café da manhã? — perguntei, tentando mudar de assunto.

— Está quase pronto. E não se preocupe, Coop e Brandon só estão fazendo o papel deles. Aaron vai sobreviver — disse ela, piscando.

Eu sorri, aliviado por ter pessoas tão incríveis ao meu redor, mesmo que, às vezes, a proteção delas fosse um pouco exagerada.

Sam veio até mim e puxou minha mão.

— Papai, o tio Aaron vai ficar bem? — ela perguntou, e eu assenti, soltando um suspiro. — Não queria colocá-lo em maus lençóis com o vovô e o tio Brandon.

— Não precisa se preocupar, querida — Megan falou, sorrindo docemente para ela. — Aaron vai ficar muito bem. Seu avô e tio são cabeças ocas que se preocupam com a nossa família.

Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados Onde histórias criam vida. Descubra agora