Luiz Collins:
Quando acordei no dia seguinte, Samantha queria levar a Nevasca para passear. Concordei com um sorriso, e juntos saímos de casa, com a Nevasca animadamente puxando a coleira. Claro, chamei o Aaron para se juntar a nós. Ele se sentou comigo em um banco, e começamos a conversar, apreciando a companhia um do outro enquanto o sol da manhã aquecia suavemente o ambiente.
— Megan disse que está pesquisando sobre as pessoas que trabalhavam para a empresa dos Collins e simplesmente desapareceram. O pior é que eu sei que estão mortos — falei, e Aaron me olhou surpreso. — Sei perfeitamente do que aqueles dois são capazes de fazer para nunca serem pegos.
Realmente, não posso deixar que a família que tenho agora seja desfeita pelas pessoas do meu passado.
Aaron pegou minha mão e a apertou com delicadeza.
— Eu vou estar ao seu lado e vou ajudar a defender sua filha daquelas pessoas — ele disse, e assenti. — Eles não vão fazer nada e, se tentarem, vão ver do que sou capaz para te proteger.
Ele falava com uma determinação que me trouxe um conforto inesperado, como se uma força invisível estivesse ao nosso lado. Eu sabia que, juntos, poderíamos enfrentar qualquer coisa.
Ele me dava um sentimento tão bom dentro do meu peito que me fazia feliz por ter Aaron ao meu lado. Havia também uma sensação estranha em minhas mãos quentes. Era uma sensação familiar, mas ao mesmo tempo desconhecida. Embora fraca, era algo que eu já havia sentido antes em algum lugar. Não conseguia entender completamente esse sentimento, mas ele era bom de se ter e acabei sorrindo.
Enquanto olhava distraidamente para minha mão, Aaron perguntou:
— O que você quer fazer amanhã? — Ele me perguntou. Em seguida, virou-se para Samantha: — Sam, cuidado com a Nevasca.
O tom de voz dele era cuidadoso e protetor, trazendo uma leveza ao momento. Sorri mais uma vez, sentindo-me verdadeiramente feliz e em paz com Aaron ao meu lado.
.
Levantei a cabeça e vi que Samantha estava carregando Nevasca para longe de um cachorrinho que tentava brincar com o pobre gato.
— Ele não quer sair de perto! — Sam disse, abraçando ainda mais o gato contra seu pequeno corpo.
Soltei a mão de Aaron e fui na direção da minha filha, pegando-a no colo.
— Papai, ele quer morder a Nevasca. — Sam disse, choramingando no meu ouvido.
— Calma, não vai acontecer nada com o seu gato. — Falei, passando a mão nas suas costas para confortá-la.
Bati o pé e o cachorro latiu, se afastando. Soltei um suspiro de alívio e voltei para o banco, onde Aaron me olhava admirado e apaixonado.
Estava a poucos metros quando alguém gritou meu nome. Olhei para o lado e, a poucos metros de distância, estavam Aurora Adams e a víbora da Rafaela Collins.
— Papai, moça estranha. — Sam disse, olhando para mim. — Ela está te olhando como um animal selvagem observa sua caça.
Senti um arrepio percorrer minha espinha. As palavras de Samantha eram assustadoramente precisas. Aaron se levantou ao meu lado, pronto para qualquer coisa, e eu soube que não estava sozinho nessa batalha.
As duas víboras se aproximaram.
— Luiz, quanto tempo — Aurora disse, e seu olhar passou para Sam. — Quem é essa garotinha?
Rafaela analisou a cena e sorriu friamente. Apertei Sam contra meu peito, sabendo que aquela víbora estava calculando como me fazer sofrer, e usaria minha filha para isso.
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Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados
RomanceLuis sempre foi aquele garoto que só se machucou e sofreu desilusões na vida. A primeira dessas desilusões ocorreu quando sua família o expulsou de casa ao descobrir que ele é gay. Foi como uma facada em seu coração. A segunda veio quando o homem qu...