Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados

Capítulo Um

Luiz Collins:

Então, esta é a parte em que me apresento oficialmente a vocês e conto um pouco sobre mim.

Perguntou, pois nunca se apresentou assim a ninguém, mas segundo o Patrick, é bem fácil; só precisa deixar fluir. Se é assim, aí vamos nós.

Meu nome é Luiz Collins, não me confundam com outra pessoa! Minhas características mais marcantes são os cabelos azul-escuros e a cicatriz nas costas que desce até uma parte da perna.

Como acabei conseguindo essa cicatriz? Foi após tratar ferimentos causados pelo meu pai, assim que ele descobriu que eu era gay.

Já conto como isso aconteceu! Acabei de saber que preciso falar mais um pouco sobre mim.

Antes de mudar minha personalidade, eu era aquele garoto que só se machucava e sofria desilusões na própria vida. Todos que namoravam comigo só queriam me usar e, depois, me descartar como se eu fosse um objeto, sem nenhum sentimento.

A primeira desilusão foi quando vi as pessoas que chamava de família me mandarem embora ao descobrirem que sou gay. Isso foi uma facada, e meu pai ainda me deu a cicatriz nas costas, me batendo com um bastão de ferro.

No canto da sala, minha mãe assistia a tudo alegremente, segurando o braço da minha irmã mais nova, que se debatia tentando se soltar para me salvar. Rafaela Collins, minha mãe, apertava o braço de Milena enquanto assistia a cena.

Após marcar minhas costas e nem cuidar da cicatrização, meu pai me pegou e me jogou para fora de casa, com uma pequena mala em mãos. Pela dor, fui me distanciando lentamente da casa, ouvindo minha irmã gritar meu nome e chorar, enquanto meus pais brigavam com ela.

Era melhor que eu fosse embora, em vez de tentar ajudar Milena, pois ela era a favorita daqueles monstros.

A segunda desilusão foi o homem que dizia me amar naquela época. Ele virou as costas para mim quando fui pedir ajuda.

Mas, ele me ajudou a ver que só desejava me usar como os outros. Assim que todos descobriram que eu era gay, ele me abandonou sem nem olhar para trás.

Com aquilo, vi que não podia confiar em qualquer pessoa que me estendesse a mão no passado. Com o pouco dinheiro que tinha na carteira, comprei uma passagem só de ida para Atlanta, o lugar mais longe possível da minha família.

Sem olhar para trás, abandonei aquele lugar que uma vez chamei de lar, mas sabia que teria que voltar por minha irmã Milena.

— Voltarei forte, para te proteger desses monstros — falei sozinho, selando uma promessa para minha irmã.

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Quando cheguei em Atlanta, não sabia para onde ir, então andei à deriva pela cidade à procura de um emprego e um lugar para ficar.

Andei por um bom tempo, até que meu estômago começou a reclamar de fome. Mas não podia comprar nada para comer, estava sem nenhum dinheiro.

Continuei andando até que esbarrei em uma mulher que vestia uma roupa bem chique, que lembrava bastante a de uma chefe.

— Desculpe, senhora — falei, arrumando a postura e gemendo por causa da dor.

— O que houve, garoto? — perguntou a mulher, colocando a mão no meu ombro.

— Mãe — um homem falou, surgindo atrás de nós —, o que aconteceu?

Ele colocou a mão nas minhas costas e eu não aguentei, gritei de dor.

— O que tem, garoto? Eu me chamo Megan e este é meu filho, Brandon — a tal Megan perguntou. — Brandon, olhe as costas dele!

Brandon lentamente levantou a parte de trás da minha camiseta.