Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados

Capítulo Trinta e Um

Luís Collins:

Ver a expressão de espanto misturada com descrença no rosto de Gabriel e Rafaela foi a melhor sensação que eu poderia imaginar após anos de tormento.

— Élio, o que está fazendo aqui? — Rafaela perguntou, recuperando sua compostura.

— Viemos almoçar. Meu filho estava com muita vontade de comer aqui, ele leu as críticas na internet que falam muito bem da comida. — Élio respondeu, sorrindo amplamente. — Vejo que você e Gabriel acabaram se casando, afinal.

Gabriel ainda parecia estar vendo um fantasma, e Connor riu disso.

— Ele é meu? — Gabriel perguntou secamente, apontando para Connor, que fazia um ótimo trabalho em ignorar toda a cena.

Élio manteve o sorriso, mas seus olhos revelavam um tom sério.

— Connor é meu filho. — Ele disse, com firmeza. — E ele tem muito orgulho de quem é, algo que, pelo visto, você ainda precisa aprender.

Gabriel ficou em silêncio, o choque ainda evidente em seu rosto. Rafaela tentou disfarçar seu desconforto, mas era claro que a situação a incomodava profundamente.

— Vamos almoçar, Connor. — Élio disse, quebrando o silêncio tenso. — Quero experimentar esses pratos incríveis que você mencionou.

Connor assentiu, pegando o cardápio com um sorriso confiante. A presença de Élio e Connor me deu uma sensação de segurança e alívio. Estávamos juntos nessa, e isso fazia toda a diferença.

Enquanto servia os pratos, não pude deixar de sentir uma pequena vitória interior. As reações de Gabriel e Rafaela mostravam que eles não estavam preparados para enfrentar o passado que haviam tentado enterrar. E agora, com Connor e Élio ao nosso lado, sabíamos que não estávamos sozinhos nessa batalha.

— Milena, o que você tem a indicar? — Connor perguntou, estalando a língua.

— Tudo o que o Luiz e a Lúcia cozinham é muito bom. — Milena respondeu, piscando um olho. — Mas me conta como vocês passaram essa manhã? O Luiz não me disse nada sobre o que aconteceu.

Olhei para ela, percebendo que ela não conseguia conter a curiosidade. Dei de ombros quando Connor me olhou com descrença.

— Foi tudo bem. Uma grande revelação que eu e meu pai já sabíamos. — Connor disse, me estendendo o cardápio de volta. — Então decidimos vir para cá. O pessoal fala muito bem da sua loja e dos seus produtos, e eu tenho que levar algo para o meu melhor amigo lá de Londres.

— Se quiser, posso ajudar a escolher o que comprar para ele. — Milena disse, abraçando Connor de lado. — Mas me conta como você tem passado. Sabia que a Noella está namorando escondido de mim e não me conta nada?

— Ela realmente é sua amiga. — Falei, e Milena me mostrou a língua. — Não era você que estava escondendo o namoro com o Brandon?

— Grosso. — Milena disse, e, de repente, ouvimos um grito vindo do Gabriel, que segurava Élio fortemente e o balançava violentamente.

— ME DIGA, O SEU FILHO É MEU OU NÃO É? — Gabriel gritava, enquanto Élio mantinha uma expressão neutra.

Todos os clientes e pessoas que passavam olhavam para a cena em choque, alguns pegando seus celulares para gravar.

— Sabia que meu pai estava tramando algo quando teve a ideia de vir para cá logo depois que a Lúcia mandou uma mensagem. — Connor confidenciou, e eu olhei para minha amiga, que sorria amplamente.

— Eu tive uma ideia quando esses dois vieram até nós. — Lúcia disse. — Só mandei uma mensagem e o Élio pensou no resto.

— Claro que ele iria fazer isso, afinal esperou vinte e dois anos para se vingar dessas pessoas. — Milena falou, estalando a língua. — Realmente ele não sente mais nada.