Capitulo Vinte e Seis

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Luís Collins:

O silêncio que se seguiu foi carregado de emoção e significado. Connor e eu permanecemos ali, de pé, lado a lado, com uma compreensão tácita de que estávamos entrando em uma nova fase de nossas vidas.

— Acho que devemos voltar para a mansão — disse Connor, quebrando o silêncio com uma leve hesitação na voz. — Temos muito a planejar.

Assenti, sentindo um peso sair dos meus ombros. Caminhamos de volta para o carro, cada passo mais leve que o anterior. Durante o trajeto de volta, a cidade parecia diferente, menos opressiva e mais cheia de oportunidades.

— Antes disso, pode me ajudar com uma coisa? — falei, apontando discretamente com os olhos. Connor pareceu entender imediatamente e viu o homem atrás de nós, tirando algumas fotos.

Connor se virou e saiu correndo em direção ao homem, surpreendendo-o com um pulo que o desequilibrou e o prendeu no chão.

— Incrível — murmurei, seguindo em direção a eles.

O homem se debatia, tentando escapar do aperto de Connor, mas estava claramente em desvantagem.

— Então, como está sendo me espionar para a Rafaela? — perguntei calmamente, olhando diretamente nos olhos do homem.

Ele se contorceu, tentando evitar meu olhar, mas a expressão de medo e pânico era evidente. Connor manteve uma pressão firme, garantindo que ele não tivesse chance de escapar.

— Eu... eu só estava seguindo ordens — gaguejou o homem, claramente nervoso.

— E quais ordens exatamente? — perguntei, mantendo minha voz fria e controlada.

— Para observar você, saber onde vai, com quem fala... Rafaela quer informações sobre tudo — ele respondeu, suando e tremendo.

— Bom, agora você vai dar uma mensagem para ela — disse, inclinando-me mais perto. — Diga a Rafaela que estamos prontos para ela. E que não estamos mais sozinhos. Além do mais, sei do que ela tem medo.

O homem assentiu freneticamente, desesperado para sair daquela situação.

— Pode soltar ele, Connor — disse, dando um passo para trás. — Ele já entendeu o recado.

Connor liberou o homem, que se levantou rapidamente e saiu correndo, sem olhar para trás. Observei-o desaparecer na distância, sentindo uma mistura de satisfação e determinação.

— O que você sabe sobre ela? — Connor perguntou, curioso.

— Nada específico, mas para ela mandar alguém me observar durante dias, deve estar desesperada por algo que eu possa descobrir. E temos uma dessas pessoas — falei, apontando para a casa da mãe biológica da Milena. — Vou pedir para a Megan mandar alguém para ficar de olho e garantir que não se livrem dela.

Connor assobiou.

— Posso dizer que isso foi meio maluco — Connor disse, soltando uma risada.

— Eu que digo que maluco foi você por pular no cara daquele jeito se ele estivesse armado — falei, e ele deu de ombros com um sorriso imenso.

— Faço aulas de defesa pessoal desde a infância, por insistência dos meus avós e do meu pai. Eles me fizeram praticar cada luta. Além disso, dava para ver que ele só tirava fotos e nem sabia lutar — Connor disse, apertando meu ombro. — Mas valeu por ter se preocupado comigo.

Sorrimos um para o outro, compartilhando um momento de cumplicidade. A adrenalina do confronto ainda corria em nossas veias, mas a sensação de segurança e apoio mútuo era inegável.

Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados Onde histórias criam vida. Descubra agora