Luís Collins:
Lúcia e eu subimos no food truck, prontos para preparar os ingredientes que trouxemos de casa. Megan havia comprado a casa para que tivéssemos um teto sobre nossas cabeças durante o tempo que moraríamos aqui.
— O que vamos fazer para tantas pessoas comerem? — Lúcia perguntou, colocando a touca de cabelo e o avental. — Ainda nem escolhemos o cardápio.
— Pode ser aquilo que mais vende no restaurante — sugeri, e Lúcia ponderou.
— Pode até ser, mas será que os sanduíches veganos vão resolver? Ou talvez algo gourmet? — Lúcia falou, pegando a lista de ingredientes que havíamos colocado no food truck. — Bem, temos todos os ingredientes para fazer, mas não temos o creme de cebola para dar liga na carne do hambúrguer.
— Sério? Jurei que tinha pegado o creme de cebola! — falei, quando ouvimos uma batida na porta.
Lúcia abriu a porta e a amiga de Milena, Noella, colocou a cabeça para dentro.
— Desculpa incomodar, mas acabei esquecendo de dizer que pedi para meu pai ajudar com uns ingredientes e o caminhão acabou de chegar! — Noella falou. Olhamos para trás dela e vimos um caminhão com vários tipos de ingredientes. — Ele chegou agora, acabei esquecendo. Podem usar tudo que tem ali!
— Eles têm creme de cebola? — perguntei, e Noella assentiu.
— Tem, meu pai falou que comprou tudo do melhor que a cidade tem — Noella disse. — Meu pai gosta de usar isso para dar liga na carne moída dos hambúrgueres caseiros.
— É verdade, isso resolve bastante — Lúcia confirmou. — Muito obrigada, Noella.
— Que isso, vocês vieram de longe só para ajudar a Milena, a mim e ao Adam. É o mínimo que posso fazer — Noella disse sorrindo e se virou. — Vou lá ajudar o pessoal. Boa sorte com a comida.
Ela fechou a porta e me virei para Lúcia.
— Mãos à obra — dissemos juntos, colocando as luvas. — Hora de cozinhar e criar!
Começamos nosso trabalho entre risos e conversas divertidas. Fiquei surpreso ao perceber o quanto nos divertimos enquanto preparávamos tudo. Quando terminamos, fui abrir a janela do food truck e me deparei com uma grande fila de pessoas de todas as idades, todas olhando curiosas na nossa direção.
O aroma delicioso que emanava do food truck atraía todos, e a empolgação no ar era palpável. Senti uma onda de satisfação e orgulho ao ver o interesse das pessoas. Era mais do que apenas cozinhar; era sobre compartilhar algo especial e criar memórias.
— Vamos lá — falei para Lúcia, enquanto nos preparávamos para servir. — Hora de mostrar o que sabemos fazer.
Enquanto começávamos a atender os primeiros clientes, senti uma mistura de nervosismo e empolgação. Cada prato servido era um passo mais perto de transformar aquele dia em algo inesquecível, não apenas para nós, mas para todos que estavam ali.
Minutos depois, um rapaz de óculos veio confiante até mim, com uma expressão de surpresa.
— Luiz Collins? — perguntou o rapaz. — Sou eu, Jonah Hatch, da escola.
— Aquele garoto que era meu amigo até começar a namorar o garoto mais popular da escola? — perguntei calmamente, e Jonah assentiu, um pouco sem graça. — Ainda estão juntos? Mesmo tendo me abandonado daquele jeito, posso dizer que eu realmente torcia por vocês.
— Sim, estamos namorando até hoje — Jonah respondeu e apontou para um cara grandalhão que estava vindo na nossa direção. — Luke, aqui! Luiz, o azul combina com você, amei esse cabelo todo azul.
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Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados
Roman d'amourLuis sempre foi aquele garoto que só se machucou e sofreu desilusões na vida. A primeira dessas desilusões ocorreu quando sua família o expulsou de casa ao descobrir que ele é gay. Foi como uma facada em seu coração. A segunda veio quando o homem qu...