Luís Collins:
Ficamos mais de uma hora e meia na estrada, mas foi divertido, já que Lúcia e Brandon ficaram fazendo suas palhaçadas.
Isso aliviou um pouco meus pensamentos sobre o que me espera na antiga cidade. As risadas e brincadeiras deles ajudaram a afastar a ansiedade e o medo que insistiam em me acompanhar. Era bom sentir um pouco de leveza em meio à tensão crescente. Olhei para fora da janela e vi as paisagens passarem rapidamente, lembrando-me de que, apesar das incertezas, tinha amigos ao meu lado. Isso, de certa forma, me dava forças para enfrentar o que estava por vir.
— Então, Luiz — chamou Brandon. — Sua irmã ao menos especificou o que precisa da sua ajuda?
— Ela e uma amiga rica abriram uma loja de roupas — respondi, lembrando as palavras da carta. — Mas nenhuma das duas contratou ninguém para ajudar na manutenção da comida, organização da decoração e na distribuição dos setores feminino e masculino. O pior é que a inauguração é hoje às duas da tarde, e até agora nada está pronto.
— Então, no que vamos ajudar? — perguntou Brandon.
— Fechar um contrato para fornecer a comida da loja — falei, apontando para mim e Lúcia. — Por isso Bill pediu para trazer o food truck que ele tem! Megan e você vão ajudar na organização e decoração. Aaron e seu irmão cuidarão da segurança, porque o pessoal da cidade, que conhecia bem meus pais e gostava de menosprezar tudo que eu fazia, assim como minha irmã, provavelmente vai tentar encontrar defeitos de imediato.
— Então está tudo resolvido! — disse Megan, olhando para a estrada, que estava sem nenhum trânsito.
Se me lembro bem, a entrada de Nashville sempre era congestionada. Estranho...
Mesmo não querendo voltar para essa cidade, gosto de saber as notícias do lugar. Vai que meus pais tenham sofrido um acidente; tenho que rir das desgraças deles.
— Também falta um lugar para ficarmos! — lembrou Lúcia. — Ou todos vamos dormir no food truck? Sei que sua irmã nos ofereceria a casa dela, mas não ficaria apertado para nós quatro!
— E os irmãos Fronttenele, onde vão ficar? — perguntou Brandon.
— Eles vão ficar na casa da mãe deles, que se mudou para a cidade há um ano. Mas a casa também é pequena para todos nós e nossas bagagens — falei, e Megan riu.
— Vocês acham que eu não pensei nisso? — perguntou Megan, com um tom debochado. — Assim que soube que viríamos para Nashville, já procurei uma casa onde vamos ficar.
— Ou seja, comprou — falei junto com Brandon, e Lúcia riu.
— Claro, menino, tem que se preparar para tudo — disse Megan. — Brandon, pega a pasta no porta-luvas, tem as fotos da casa.
Abrindo o porta-luvas, Brandon arregalou os olhos.
— Mãe, sei que somos bilionários — disse Brandon, passando a foto para mim. — Mas para que uma casa tão grande? Quer dizer, um castelo? Só seremos nós quatro.
Lúcia e eu olhamos para a foto, e nossos olhos saltaram das órbitas. A casa, ou melhor, o castelo, claramente ficava na parte mais rica da cidade.
— Querido, somos bilionários — corrigiu Megan. — Por que ficam surpresos? Até parece que esqueceram da casa de praia. Aquela sim é um castelo. Esta é até básica. Seu pai disse que, depois de voltar dos negócios dele, vai nos encontrar.
— Como você é uma mulher humilde — brincou Brandon. — Mas ainda não explicou por que comprou essa casa. Só íamos ficar um tempo para ajudar a irmã do Luiz. O pai sabe muito bem disso.
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Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados
RomanceLuis sempre foi aquele garoto que só se machucou e sofreu desilusões na vida. A primeira dessas desilusões ocorreu quando sua família o expulsou de casa ao descobrir que ele é gay. Foi como uma facada em seu coração. A segunda veio quando o homem qu...