Capítulo Oito

1.5K 169 35
                                    

Luís Collins:

No dia seguinte, acordei ouvindo os gritos histéricos de uma mulher.

— Mas que porra é essa? Quem grita logo pela manhã? — resmunguei, levantando da cama e indo direto para o banheiro. Após fazer minha higiene matinal e ainda usando meu pijama, desci as escadas para ver que diabos estava acontecendo naquela casa.

Ao chegar ao andar de baixo, encontrei Luci e Brandon, ambos no mesmo estado de confusão que eu, mas fixados em algo.

— Que droga está acontecendo? — perguntei, tentando entender a situação.

Eles me mandaram ficar calado, apontando para a sala de estar. A curiosidade e o medo começaram a se misturar dentro de mim enquanto me aproximava.

— Senhora Adams, por que acha que eu ajudaria alguém como você? — ouvi a voz fria de Megan. — Não adianta se fazer de coitada. Conheço seu tipo: se importa com a classe social das pessoas e é preconceituosa com os que pensam diferente.

— Claro que não! — retrucou a mãe de Ruan com uma voz azeda. — Só peço que ajude com uma quantia razoável para a empresa da minha família. Pelo Luiz, eu o adorava e fiquei realmente triste pelo que aconteceu.

Mentirosa desgraçada.

— Essa filha da mãe... — resmunguei, mas Lucia colocou os dedos contra meus lábios para que eu ficasse calado.

— Quero ouvir a situação — sussurrou Lucia, enquanto eu a cutucava na costela. — Para com isso, seu corno.

— Fiquem calados, vocês dois — disse Brandon, segurando-nos e colocando as mãos sobre nossas bocas enquanto olhávamos para a sala de estar.

— Calada! — gritou Megan, e aposto que Aurora estava tremendo diante da mulher à sua frente. — Primeiramente, senhora Adams, sua atuação não é tão ruim.

— Hã? — respondeu Aurora, confusa.

— É realmente uma pena desperdiçar essas excelentes habilidades de atuação para enganar alguém. Você sabe analisar perfeitamente e poderia ser uma ótima atriz! — disse Megan, com um tom sarcástico.

— O que... O que você vai fazer? — perguntou Aurora, com medo na voz.

— Não tenha medo, senhorita Aurora. Já que você ama tanto Luiz, naturalmente vou tratá-la bem, se ele pedir — respondeu Megan calmamente. — Sabe, ouvi alguns rumores antes de vir para a cidade. Dizem que sua família deve muito dinheiro aos bancos. Acredito que os cobradores de dívidas farão uma visita muito em breve, especialmente se eu pedir ajuda aos meus contatos!

— NÃO, NÃO, NÃO, ELES NÃO PODEM, ELES NÃO PODEM... — Aurora gritou, saindo da sala, e eu revirei os olhos diante de todo aquele drama.

Megan veio em nossa direção, e reparei que ela usava uma camiseta branca, calça jeans e tinha os cabelos soltos.

— Como eu suspeitava, ela viria até mim se me pesquisasse após o evento de ontem — disse Megan calmamente, olhando para as próprias unhas. — Ela começou com grandes mentiras, mas quando mentiu diretamente para mim, não aguentei e gritei — suspirou. — Mas Aurora me contou algumas coisas bem interessantes que eu já sabia.

— Como você sabia? — perguntei junto com Lucia.

— Você pediu ajuda para a tia Gisele — respondeu Brandon, sorrindo.

— Você conhece os Alves? — mais uma vez, eu e Lucia olhamos para Megan com descrença.

Megan riu, divertida.

— Gisele é minha melhor amiga, claro que ela me ajudaria numa vingança pessoal — explicou Megan. — Ela pesquisou tudo sobre a cidade e sobre as famílias Collins e Adams. Mas voltando ao assunto, Aurora confirmou o que eu já sabia: a empresa dela está falindo e ela está desesperadamente procurando pessoas que possam ajudar com uma alta quantia em dinheiro.

Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados Onde histórias criam vida. Descubra agora