Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados

Capitulo Seis

Aaron fronttenelle:

Fico observando Luiz se aproximar lentamente de nós, com uma expressão pensativa. Sinto uma cutucada no ombro e olho para meu irmão, que solta uma risadinha.

— Então, que tal irmos para casa dormir? — sugere Luiz, e ouço um murmúrio cético vindo da irmã dele.

Tenho que dizer que quando descobri que ele tinha uma irmã, foi um grande choque para mim. Nem sei como agir corretamente, afinal, nem o irmão dela se aproximou para conversar comigo, além de parecer querer me ignorar a qualquer custo.

— Você acabou de voltar para a cidade, por que não aproveitamos para conversar ou ir a uma balada? — sugere Milena, com um enorme sorriso. Luiz olha para ela, espantado.

— O quê? — pergunta ele.

— Você não está cansada de tanto trabalhar? — Luiz questiona.

— Hoje foi um ótimo dia e posso garantir que você não precisa se preocupar. Sei muito bem me cuidar — Milena responde, enquanto sua amiga aparece ao lado.

— Ela está brincando, nunca foi a uma balada em todos esses anos, muito menos a um clube para dançar — comenta Noele, rindo.

— Agora nisso eu acredito — disse Luiz com um enorme sorriso que me deixou hipnotizado. Senti novamente a cutucada do meu irmão, dessa vez com mais força, e dei um tapa na mão dele.

— Vou para casa — disse Megan, passando por nós. — Quem quiser vir comigo, pode vir?

— Eu tenho que ir — Luiz disse, beijando a bochecha da irmã.

Ele se aproximou de mim e estendi a mão. Ele apertou-a antes de se afastar com o restante da família. Então, ficaram apenas eu, meu irmão, Milena e os amigos dela.

— O que vocês são do meu irmão? — Milena perguntou, curiosa.

— Eu sou apenas amigo do Luiz — meu irmão respondeu. — Pode-se dizer que namoro a melhor amiga dele, a Lúcia. — Ele deu um tapinha no meu ombro. — Já a relação do meu irmão com o Luiz é complicada de definir. Eles já saíram um monte de vezes, mas...

Belisquei o braço dele com força.

— Pode calar essa boca — falei ríspido.

Meu irmão soltou um gemido de dor e recuou, esfregando o braço onde eu o tinha beliscado. Milena levantou uma sobrancelha, claramente intrigada.

— Complicada de definir? — Milena repetiu, olhando de mim para meu irmão, esperando uma explicação.

— É, algo assim — eu respondi, tentando não parecer desconfortável. — A gente se dá bem, mas as coisas são... complexas.

Milena deu um sorriso que não alcançou os olhos. Era evidente que ela queria saber mais, mas, felizmente, Noele interveio, quebrando o clima tenso.

— Então, vamos fazer alguma coisa divertida ou cada um vai para o seu canto? — Noele sugeriu, olhando para todos nós.

— Eu topo fazer algo divertido — meu irmão respondeu rapidamente, tentando desviar a atenção da conversa anterior.

Milena olhou para mim, esperando minha resposta. Havia um brilho curioso em seus olhos, como se ela estivesse determinada a descobrir mais sobre minha relação com Luiz. Eu sabia que a noite ainda não tinha terminado e que, de alguma forma, ela encontraria uma oportunidade para me pressionar por mais detalhes.

— Claro, vamos fazer algo — concordei, tentando soar animado.

Enquanto nos afastávamos do local, a tensão entre nós começou a diminuir. A conversa mudou para tópicos mais leves e engraçados, e, por um momento, consegui esquecer o turbilhão de emoções que Luiz tinha deixado para trás.