Luís Collins:
Élio se afastou um pouco e segurou meu rosto com as mãos, seus olhos brilhando de emoção.
De repente, sua expressão mudou drasticamente para raiva.
— Eles vão me pagar por terem maltratado você e ainda usarem violência — disse Élio, me fazendo encará-lo. — Eu juro, vou fazer com que eles sofram.
Coloquei minha mão sobre as dele e a tirei lentamente, soltando um suspiro.
— Sinto muito, mas já estou trabalhando em um jeito de destruir aqueles dois — falei calmamente. — Não precisa me ajudar em nada. Concentre-se nos seus assuntos, na sua empresa e na do Coop. Não quero que você fique em maus lençóis por minha causa nessa vingança. Sei que ainda tem sentimentos conflitantes em relação ao Gabriel.
Me virei para ir até o lado de Lúcia, que me olhava com pena, mas não disse nada. Apenas seguimos em frente, deixando a clínica o mais rápido possível.
Enquanto caminhávamos, senti a tensão começar a diminuir. Lúcia apertou minha mão novamente, oferecendo seu silencioso apoio.
— Vai ficar tudo bem — ela sussurrou, tentando me confortar.
Eu sabia que o caminho à frente seria difícil, mas com a minha família ao meu lado, sentia que poderia enfrentar qualquer coisa.
— Obrigado por estar comigo — respondi, a voz cheia de gratidão.
Ela sorriu, um sorriso cheio de compreensão e força.
— Sempre estarei aqui para você — Lúcia disse, e eu soube que ela falava a verdade.
Ao sair da clínica, o sol brilhou intensamente, como um símbolo de esperança e novos começos. E com minha família ao meu lado, sabia que, apesar dos desafios, finalmente estávamos no caminho certo para a felicidade.
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No carro, Lúcia não disse mais nada, respeitando meu silêncio. Quando chegamos na loja da Milena, comecei a preparar as coisas para nossas receitas, tentando me distrair.
— Já sei que sua mente está mais calma agora — ela disse, segurando meu braço. — Quer conversar sobre tudo isso?
— Lu, eu estou bem — respondi, mas ela apontou para o que eu estava fazendo. Arregalei os olhos ao perceber que, sem querer, havia apertado um pouco de molho picante em um pano e estava prestes a fritá-lo. — Merda.
Limpei minhas mãos na roupa e joguei o pano fora.
— Vejo que está ótimo — ela disse, revirando os olhos. — Eu sei que está em choque por descobrir que você não é filho da Rafaela, que destruiu a chance de que crescesse em um lar bondoso. Pode se abrir comigo, sempre vou ficar ao seu lado, sendo o seu ombro amigo.
Sorri fracamente para ela.
— Não sei o que estou sentindo em meu coração ou até na minha própria mente. Parte de mim acredita que o Élio é uma boa pessoa, ou até mesmo um pai incrível que qualquer um desejaria ter — falei, encostando-me contra o balcão. — Mas tem uma pequena parte que pensa que ele é igualzinho ao Gabriel ou à Rafaela e pode me machucar. E, para piorar, até mesmo a Sam pode se ferir em toda essa situação.
Nesses últimos dias, até a Sam ficou próxima do Connor e do Élio. Tenho medo do que possa acontecer se, em algum momento, tudo isso desmoronar como um castelo de cartas derrubado pelo vento ou por alguém desastrado.
— Você não precisa se preocupar com isso. Sei que você vai saber o que fazer com tudo isso, mas posso dizer minha opinião — Lúcia disse, e olhei para ela. — Do jeito que o Élio e o Connor agiram nesses últimos dias e depois do que o teste revelou, te ferir é algo que eles nunca irão fazer. Se alguém fizer isso, ainda vai sofrer nas mãos deles.
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Reencontrando o Amor (Mpreg) | Livro 2.5 - Amores perdidos e encontrados
RomanceLuis sempre foi aquele garoto que só se machucou e sofreu desilusões na vida. A primeira dessas desilusões ocorreu quando sua família o expulsou de casa ao descobrir que ele é gay. Foi como uma facada em seu coração. A segunda veio quando o homem qu...