Ayla Velasquez 👮🏻♀️
Daniella: Levanta dessa cadeira mona! Vem dançar.— me puxou.
Ayla: Eu nem sei dançar funk direito Dani kkk. Sou toda dura.
Daniella: Então você vai aprender agora!!! Ninguém vem pro baile comigo e fica igual uma estátua não.— eu rir negando.— É só rebolar e descer até o chão devagarinho.— ela falou e desceu no ritmo da música.— Vai mona, faz igual!
Ayla: Aí Dani...
Daniella: Vai logo Ayla!!
Eu nunca vi um ser humano ser tão insistente igual essa garota, sério! Ela vence todo mundo pela persistência e cansaço.
Me levantei e comecei a dançar junto com ela no ritmo da música que estava tocando.
Daniella: Tu é mentirosa né mona?— me encarou.— Como tu tem coragem de dizer que não sabe dançar e rebola desse jeito? Sonsa abeça.
Ayla: Eu falei que não sabia dançar direito.— ela riu.
Eu já tinha conseguido me soltar um pouquinho, aquela sensação de tensão já tinha passado, sabe??
Continuei dançando com a Dani e eu estava me divertindo e também curtindo o baile.Eu tinha outra opinião sobre esses bailes de favela e agora eu vejo que estava completamente errada. Aqui também é um lugar onde às pessoas que moram aqui tem a oportunidade de curtir um pouco, sabe? Ter uma pausa da vida difícil. É realmente o único lazer que eles tem.
Daniella: Tá gostando mana?
Ayla: Tô sim.— falei sorrindo.
Daniella: É a primeira vez que você frequenta um baile no morro né?— assenti.— Deu pra perceber.— falou rindo.
Ayla: Porque???
Daniella: Tu ficou admirando tudo igual uma criança.— dei risada.
Pior que é verdade. Quando chegamos eu fiquei observando cada detalhe igual uma criança quando fica impressionada com alguma coisa.
E eu estava realmente impressionada, pois eu tinha uma visão e me enganei completamente.Ayla: Às pessoas de fora julgam muito sem saber como são às coisas aqui dentro.— ela concordou.— Eu tinha uma visão sobre esse lugar e hoje em dia eu tenho outra completamente diferente.
Daniella: Para algumas pessoas tudo que vem da favela é sinônimo de coisa ruim.
E ela não estava mentindo. O preconceito das pessoas é horroroso, ridículo! Aqui dentro tem muita gente boa e de um coração incrível e depois que eu morei aqui, consegui enxergar isso e mudar minha visão sobre várias coisas.
Daniella: Quer mais cerveja?— concordei.
Ayla: Toma o dinheiro.— ela negou.
Daniella: Tudo na conta do pai do teu baby.— falou rindo e eu neguei balançando a cabeça.
Ela saiu para ir até a barraca de bebidas e eu fiquei encostada na grade observando o movimento do baile e pensando em várias coisas, inclusive no pai do meu bebê.
Kako: Ayla????
Me virei de costas e encarei o Kako, que me olhava com uma cara de pura surpresa ao me ver.
Kako: Tu tá fazendo o quê aqui pô? Tá perdida?
Daniella: Ela tá comigo.— chegou falando e colocou um balde de cerveja na mesa.
Kako: O Mike sabe disso Daniella?— falou sério.
Daniella: Sabe. Eu falei com ele.— ele encarou ela desconfiado.
Kako: Porque eu tenho certeza que tu tá mentindo pô? Tu é muito sem noção, papo reto! Não pensa nos bagulhos não caralho?
Daniella: Aí Kako, não começa! Vem me perturbar não, tendeu??? A Ayla está aqui curtindo comigo e isso não tem mal algum. Qual o problema?
Kako: Tu tá ligada que isso vai dá um b.o do caralho né pô?— dessa vez ele me encarou.
Ayla: É, eu sei... Eu não queria vim mas a sua prima praticamente me obrigou.— suspirei e encarei a Dani.
Kako: Eu tô ligado como ela consegue ser insistente e manipuladora.— encarou ela.
Daniella: Aí gente, esquece o Mike!!!— revirou os olhos.
Kako: E o meu sobrinho ou sobrinha??? Tá tranquilo?
Ayla: Está sim.— sorrir.— Na próxima semana eu já vou fazer a segunda ultrassom.
Kako: Dahora pô. Será que já vai dá pra descobrir o que é??
Ayla: Acho que não, ainda é muito cedo.— ele assentiu.
Kako: Eu acho que é um moleque pô.— falou sorrindo.
Ayla: Eu ainda não sei dizer o que eu acho... Tem horas que eu acho que é menina, outras eu acho que é menino. Tô confusa ainda.— ele riu.
Kako: Pode botar fé pô. Tenho certeza que vai ser um moleque, tá ligado? E se prepara mamãe, porque o titio aqui vai levar ele pra aprontar todas e te deixar doida.— disse rindo.
Daniella: Eu também acho que é menininho mana. Vai ser o príncipe da prima! Vou mimar e estragar muito.— falou sorrindo
Eu gosto de ouvir eles falando essas coisas porque me mostra o amor e carinho que eles já tem pelo meu bebê, mas ao mesmo tempo é estranho, porque eu ainda não consigo me imaginar convivendo com eles no dia-a-dia e tendo esses momentos em família, sabe?
Xxx: UM SALVE PRO NOSSO PATRÃO CARALHO! ELE TÁ PRESENTE PORRA.— o dj falou no microfone.
Naquele momento eu senti um frio na barriga e juro que comecei a suor frio novamente de nervoso. Não que eu tenha medo dele mas agora eu tenho o meu baby, né? Não posso pensar só em mim.
Daniella: Calma mana. Relaxa! Ele não vai fazer nada contigo.
Ayla: E eu vou confiar Dani?? Você esqueceu que ele quase me matou de porrada há um mês atrás? Seu primo não presta e ele é capaz de tudo! Não confio nele.
Daniella: Mas agora é diferente Ayla. Você está esperando um filho dele.— me encarou.— Meu primo é bandido mas ele jamais faria qualquer coisa contigo estando grávida dele ou de qualquer outra pessoa. Ele tem essa vida mas também tem os princípios dele.
Nesse momento eu me senti mal pelo o que eu tinha acabado de falar. Independente da vida que ele leva e das coisas que ele faz, ele é família dela né? Não é certo eu ficar falando mal dele pra ela.
Ayla: Desculpa, eu não quis te ofender.
Daniella: Tudo bem. Eu entendo sua raiva e no seu lugar eu teria o mesmo sentimento sobre ele depois de tudo.— me encarou.— É que eu não enxergo ele dessa forma, entende? Pra mim ele é só o Maycon. O menino que cresceu comigo e sempre cuidou de mim e me protegeu de tudo e todos.
Ayla: Entendo e por isso te peço desculpas.
Daniella: Relaxa.— sorriu.— Quer outra cerveja?— assenti e ela pegou no balde e me entregou.
Ayla: Obrigada.
Daniella: Ele acabou de entrar no camarote.— falou baixinho.— Não precisa ficar nervosa, tá?— assenti.
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-VOTEM E COMENTEM MEUS AMORES, ISSO ME INCENTIVA À CONTINUAR.
CONTO COM VOCÊS!!! ❤️
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PROIBIDO PRA MIM - EM ANDAMENTO.
FanficSe amar você for crime, qual será minha sentença?