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Ayla Velasquez. 👮🏻‍♀️

Leblon, Rio de Janeiro.
04 de fevereiro, de 2025.

Ayla: Sério isso??— encarei o pneu do meu carro.— Não acredito.— bufei.— Que ódio!— bati o pé no chão igual uma criança.

Quando vi aquele pneu mucho, me deu uma enorme vontade de sentar na calçada e chorar. Só comigo que acontece essas coisas cara, não é possível!

E pra piorar minha situação, estou sem o estepe no carro. Deixei na borracharia semana passada pra arrumar e acabei esquecendo de ir buscar.

O que eu vou fazer agora? Que borracheiro vai me socorrer quatro horas da manhã em plena terça-feira? Nenhum né!

Observei um carro preto se aproximando de mim, parou ao meu lado e abaixou meio vidro. Na mesma hora enfiei minha mão dentro da minha bolsa, mas aí lembrei que minha arma estava dentro do meu carro. Maldita hora que fui dar ouvidos pra Amanda!

Xxx: Precisa se assustar não morena.— escutei a voz e tive a impressão que já tinha ouvido ela em algum lugar.— Vai tirar o quê de dentro dessa bolsa aí? Uma arma?— brincou.

Mal sabe ele que era exatamente isso que eu ia tirar de dentro da minha bolsa, caso minha arma estivesse aqui dentro né...

Quando o vidro foi totalmente abaixado e eu consegui ver melhor o rosto da pessoa, nem acreditei, era o mesmo cara que tinha esbarrado em mim lá dentro da balada e de quebra me dado um banho de bebida.

Acaso ou mera coincidência???? Eis a questão.

Na hora que ele esbarrou em mim, não consegui prestar atenção direito nele, porque ele praticamente saiu correndo, só tinha observado a cor da sua roupa, que ele era moreno e muito alto, porém agora consegui olhar ele com calma, e o homem é um gato!

Ele é moreno, dos olhos castanhos escuros e bem puxados, tem uma carinha de marrento, um cavanhaque bem desenhado e algumas tatuagens no rosto e também notei que tinha uma no pescoço e seu olhar era tão profundo e frio que eu jamais esqueceria.

Xxx: Quer ajuda aí?— olhou para o pneu mucho e me encarou em seguida.

Ayla: Não, não precisa. Obrigada!— saí dos meus pensamentos, peguei meu celular e disquei o número da Amanda.

Xxx: Certeza pô? Não me leve a mal não, mas tu não tem cara de quem sabe trocar um pneu não morena.— deu uma risadinha.

Pior que eu sei trocar, só não tinha o maldito estepe! Que ódio!

Ayla: Tirou essa conclusão da onde?— encarei ele séria.— Agora pra trocar pneu tem cara?

Xxx: Marrenta.— ele sussurou.— Você tem maior cara e jeito de patricinha pô. Duvido que tu sabe trocar um pneu.— riu.

Já estava estressada e esse cara estava me deixando ainda mais estressada! Quando o diabo não atenta, ele manda o secretário né? Não é possível!

Ayla: Se enganou duas vezes então amigo.— sorrir forçada.— Sei trocar o pneu e não sou nenhuma patricinha.— encarei ele, que deu um sorrisinho sem mostrar os dentes.— Muito pelo ao contrário se você quer saber.

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