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MARATONA.
4/4.

Maycon|Mike.

A Ayla desmaiou nos meus braços e eu entrei em desespero, papo reto! Fiquei sem reação parceiro, eu não sabia o que fazer, fiquei paralisado por uns segundos até cair a minha ficha do que estava acontecendo com ela.

Peguei ela no colo e saí gritando igual um maluco e pedindo ajuda para os meus seguranças que estavam ao lado de fora fazendo a minha contenção. Ainda bem que os moleques agiram rápido no bagulho, tá ligado??? Chegaram logo com um carro, entrei com a Ayla no banco de trás e nós meteu o pé direto pra UPA.

Cheguei lá gritando pra caralho e pedindo ajuda. A upa estava um verdadeiro caos por causa da invasão. Tinha gente machucada para tudo que é lado e um monte de gente chorando. Bagulho louco!

Mike: Alguém ajuda aqui caralho... A mina tá grávida porra! Tá sangrando, caralho.— falei nervoso.

Xxx: Pega a maca.— uma mulher toda de branco gritou pra outra pessoa.— O que houve com ela??

Mike: Não sei porra, não sei.— falei nervoso.— Ela falou que estava tonta no bagulho, começou a sangrar aí e desmaiou logo em seguida. Ela tá grávida caralho! Tá esperando um filho meu.

Eles trouxeram uma maca, eu coloquei a Ayla em cima e eles saíram correndo, empurrando e levaram ela pra dentro da UPA.

Xxx: O senhor vai ter que esperar aqui.— me encarou.

Mike: Não pô... Eu quero entrar no bagulho. É o meu filho, tendeu? Meu filho!

Xxx: O senhor não pode entrar. São regras da nossa unidade. Lá dentro é somente funcionários.

Mike: Tu sabe com quem tá falando caralho?— encarei ela.— Tu sabe porra? Eu vou entrar nesse caralho sim. Quero ver quem vai me impedir no bagulho.— falei cheio de ódio.

Daniella: Que isso Mike? O que você tá fazendo aqui?— minha prima surgiu das cinzas.— Que gritaria é essa?? O que tá acontecendo?

Mike: A Ayla porra. A Ayla.— ela me olhou sem entender.

Daniella: O que tem a Ayla? Explica isso direito. Não tô entendendo nada Mike!

Mike: Ela tá aqui no morro porra!!!

Daniella: Como assim ela tá aqui no morro??? Que papo de maluco é esse?

Mike: Um dos meus vapor brotou com ela lá na boca. Ele estava fazendo a ronda lá na parte alta no meio da mata e achoi ela lá e trouxe ela, tendeu? Nós começou a discutir, ela passou mal e eu trouxe ela pra cá.— falei aflito.— Ela estava sangrando porra... Sangrando.

Daniella: Moça, pode ir.— encarou a enfermeira que assentiu e saiu correndo.— Senta aqui, Mike.

Mike: Eu não quero sentar não porra. Não quero... Quero saber do meu filho!

Daniella: Você precisa se acalmar cara.

Mike: Como eu vou me acalmar Daniella? Diz aí, como?? É a vida do meu menor que tá em risco no bagulho. Tu tem noção disso? É a vida dele.

Daniella: Eu sei disso primo, e entendo o seu desespero.— suspirou.— Mas não vai adiantar nada você ficar nesse estado, entendeu? Agora você precisa manter a calma e orar por eles. Vai ficar tudo bem!

Expliquei como tudo tinha acontecido pra minha prima, e ela conseguiu me acalmar um pouco tá ligado??? O Kako também brotou aqui e estávamos todos aguardando por notícias.

Já fazia mais ou menos umas duas horas que a Ayla estava lá dentro e até agora ninguém tinha vindo dar nenhum tipo de notícia. Eu estou preocupado pra caralho com eles e também sentindo uma parada entranha dentro do meu peito. Acho que é medo, tá ligado??? Medo de perder essa criança que eu nem se quer conheci ainda.

Não conheci mas já amo mais que qualquer coisa nesse mundo. É um sentimento que eu não sei explicar, só sei dizer que é maior do que tudo que eu já senti nessa vida.

Essa criança é tudo que eu tenho de mais precioso no mundo, e eu nem sei o quê eu faço da minha vida se qualquer bagulho acontecer com ela, tá ligado? Nunca vou me perdoar no bagulho... Nunca mesmo. Não vou saber viver com essa parada.

Tô tentando não ficar pensando nessas paradas ruins mas é praticamente impossível estando nesse situação aqui... Minha mente tá a milhão parceiro. Passando várias paradas por segundo.

Mike: Eu vou entrar lá dentro nessa porra. Que isso??? Estamos aqui esperando já faz mais de duas horas pô.— levantei da cadeira.

Daniella: Fica aqui. Eu vou lá na recepção perguntar.— concordei.

Kako: Tá foda né?— me encarou.

Mike: Pra caralho pô... Vários bagulhos acontecendo tudo de uma vez. Que isso!? Preciso de uma oração, papo reto!— ele riu sem ânimo.

Kako: Fica tranquila irmão. Vai dar tudo certo... Eles vão ficar bem.

Mike: Porque essa filha da puta tinha que brotar aqui, irmão? Mandada pra caralho!— falei bolado.

Kako: Pior que eu entendo o lado dela.— ele suspirou.— É a mãe dela né irmão?? A gente faz qualquer parada por quem a gente ama.

Daniella: A moça da recepção disse que a médica já está vindo conversar com a gente.

Mike: Será que aconteceu alguma parada, pô?— falei aflito.

Daniella: Tenho certeza que não. A Ayla é forte!— me encarou.— Vai dá tudo certo!— segurou minha mão e falou confiante.

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