Viviane Velasquez.
Diniz: Mais uma vez você falhou delegada Velasquez.— me encarou.
Viviane: Eu falhei??????— encarei ele incrédula.— Eu te avisei que essa operação era precipitada Diniz. Avisei que a gente precisava de um novo planejamento e você não me escutou.
Diniz: Não foi você mesma que disse que é a responsável pela operação delegada?— me encarou com deboche.— Então é você a responsável pela falha.
Viviane: Diniz se retire da minha sala por favor.— falei com raiva.— Eu quero ficar sozinha.
Diniz: Eu acho bom você arrumar um motivo bem plausível pra se justificar para o secretário de segurança, ele está curioso pra saber o motivo do cancelamento da operação, e também é bom você preparar um ótimo discurso para a entrevista que está marcada para amanhã às 10h no gabinete de segurança dele.— sorriu com deboche.
Viviane: SAÍ AGORA DINIZ!— gritei e ele saiu batendo a porta.— Desgraçado!— falei pra mim mesma.
Nunca mais eu acato nenhuma ordem se eu não estiver cem por cento segura para seguir. Se eu tivesse me negado a realizar essa operação, isso não estaria acontecendo agora. Que arrependimento!
Mas agora é tarde, né?? Agora não adianta chorar e muito menos se lamentar. Vou ter que arcar com às consequências dessa operação falha sozinha e bola pra frente. Já passei por coisas piores, não vai ser isso que vai me derrubar não.
Eu já tinha chegado na delegacia fazia algumas horas e estava resolvendo a parte burocrática da operação... Resumindo, a papelada!
Todo mundo queria que eu tivesse indo embora pra casa descansar, depois do trauma de ter sido mantida como refém e jogada em uma estrada deserta pelos bandidos da Rocinha.
Mas eu não quis, me recusei a ir embora. Bati o pé e fiquei aqui na delegacia. Estou com sangue nos olhos e tudo que eu quero agora é me entregar de corpo e alma na investigação contra o filho da puta do Maycon.Desta vez eu e a Amanda tivemos muita sorte. Saímos de dentro daquele morro com vida e sem nenhum arranhão. Confesso que isso me intrigou um pouco, eu esperava ser morta mas pelo visto o Maycon é um traficante muito esperto. Ele sabe que às consequências da minha morte seriam severas e ele sairia muito prejudicado. Tiro o chapéu pra ele. Ele não é desses bandidos emocionados e muito menos burro.
Fiquei morrendo de dó da Amanda, ela ficou muito abatida e eu liberei ela pra ir embora e também dei uns dias de folga pra ela poder se recuperar e descansar. Confesso que não é nada fácil passar pelo o que passamos porém é a vida que escolhemos, né? Estamos sujeitas a esses tipos de riscos.
Ódio, ódio e ódio. Essa é a única palavra que resume completamente o que eu estou sentindo nesse momento. Muito ódio mesmo!
Fiquei de frente com aquele filho da puta do Maycon, cara a cara e eu não pude fazer nada. Estava simplesmente de mãos atadas. Que ódio!
Mas isso não vai ficar assim, não vai mesmo. Não vou deixar isso barato. Eu não vou sossegar enquanto não colocar aquele traficante de merda atrás das grades. Isso agora virou uma questão de honra pra mim. Eu quero ver ele mofando dentro de uma cela, igual um rato de esgoto. Desgraçado!
Só de lembrar dele debochando de mim, eu sinto raiva e me dá vontade de subir aquele morro e meter um monte de tiro naquela cara miserável dele.
Estou até agora tentando entender o que ele quis dizer em relação a minha filha. Porque ele envolveu ela no meio disso tudo?? Isso pra mim não está fazendo sentido nenhum.
Como assim ele não quer problema com a Ayla???? O que ele quis dizer com isso?? Estou matutando isso na minha cabeça e não consigo achar nenhum tipo de respostas.
Ele sabe que a minha filha é o meu ponto fraco, talvez ele só quis mexer comigo, né?? Ele sabe o quanto ela me deixaria vulnerável. Só poder ser isso. Não tem outra lógica nessa situação.
Falando na Ayla, desde ontem que eu não falo com ela e até estranhei o fato dela não ter me mandado nenhuma mensagem ou até mesmo me ligado para ter notícias.
Todo mundo já estava sabendo o que aconteceu na Rocinha e sem sombra de dúvidas ela também já deve saber. Está em todos os jornais possíveis e também na internet.
Resolvi ligar pra ela e caiu direto na caixa postal. Estranhei logo, a Ayla nunca deixa de atender o celular. Ela vive com aquele celular grudado nas mãos, eu até brigo com ela por causa disso.
Decidi ligar para o Mendonça, meu investigador que está vigiando ela e também fazendo a sua segurança, com certeza ele tem alguma informação sobre ela.
Observei que tinha várias chamadas perdidas dele e me preocupei. Será que aconteceu alguma coisa?? Aí, meu Deus!!! Retornei a ligação na mesma hora e ele atendeu no primeiro toque.
Ligação.
Viviane: O que aconteceu Mendonça?? Só vi suas ligações agora. Está tudo bem com a minha filha?
Mendonça: Eu estava indo pra delegacia te encontrar agora delegada.
Viviane: Fala logo de uma vez Mendonça. O que houve?
Mendonça: Ontem a Ayla saiu de casa no final do dia delegada.
Viviane: E o que tem? Pra onde ela foi?
Mendonça: Esse é o problema delegada. Sua filha saiu de carro em alta velocidade e eu não consegui alcançar ela.— suspirou.— E até o momento ela ainda não voltou.
Viviane: Como assim ela não voltou Mendonça? Você tem certeza disso???— falei nervosa.
Mendonça: Tenho delegada. Confirmei com o porteiro do prédio.
Viviane: Continua aí na vigia, ok? Qualquer informação você me liga.
Mendonça: Positivo.— desliguei.Sabe quando começa a passar um monte de coisas na sua cabeça mas nada faz sentido? Eu estava desse jeitinho.
Eu estava tentando imaginar o que pode ter acontecido pra Ayla sair de casa dessa forma e pra onde ela poderia ter indo. E porque ela ainda não voltou? O que pode aconteceu???
Não é possível... Será que aquele filho da puta tem alguma coisa haver com isso? Ele falou sobre ela ontem na hora da invasão. Meu Deus... Não pode ser. Esse pesadelo de novo não.
Eu juro que se dessa vez ele estiver envolvido no sumiço da minha filha, eu mato ele sem nem pensar duas vezes!!!
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PROIBIDO PRA MIM - EM ANDAMENTO.
FanfictionSe amar você for crime, qual será minha sentença?